O representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento na Guiné-Bissau, Tjark Engehoff, instou hoje o país a adotar o modelo de economia verde e a envolver a sociedade civil e os jovens
O responsável da ONU falava na abertura de um seminário para restituição nacional dos compromissos assumidos na 27.ª sessão da conferência das partes da convenção das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, ocorrida no Egito, no passado mês de novembro.
O encontro, promovido pelo Ministério do Ambiente e da Biodiversidade, juntou membros do Governo, representantes de organizações da sociedade civil e parceiros internacionais da Guiné-Bissau.
Tjark Engenhoff considerou que a Guiné-Bissau e todos os países da sub-região africana deviam apostar num novo modelo económico-social, “com base na economia verde/azul” a partir de algumas vantagens que possuem, disse.
O representante do PNUD afirmou que a meta pode ser atingida se a Guiné-Bissau apostar num diálogo permanente sobre os compromissos assumidos pelo país no Acordo de Paris, envolvendo a sociedade civil e os jovens.
Também sugeriu a melhoria da coleta e produção de dados sobre metas e ganhos alcançados pelo país em questões de adaptação e mitigação das alterações climáticas, nomeadamente no âmbito das áreas protegidas e ainda propôs a utilização de meios tecnológicos para controlo das florestas e corte de madeiras.
Tjark Engehoff vê a Guiné-Bissau a angariar recursos para fazer face à mitigação e adaptação às alterações climáticas a partir do mercado do carbono, mas instou o país a abrir um “debate profundo para forjar uma agenda verde”.
O vice-primeiro-ministro guineense, Soares Sambu, anunciou que o país eleva como “prioridades imediatas a implementação das recomendações e compromissos assumidos na COP27”.
Sambu anunciou para 2023 a realização de um diálogo nacional sobre as áreas protegidas para auscultar da população sobre quais os caminhos a seguir em questões de conservação e valorização dos recursos naturais, disse.
Conosaba/Lusa
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