sábado, 19 de julho de 2025

MÉDICO APONTA CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E CHUVAS INTENSAS COMO FATORES QUE AUMENTAM OS MOSQUITOS NO PAÍS


O médico guineense considera que o aumento de mosquitos no país se deve às chuvas e as condições climáticas que se registam atualmente no Guiné-Bissau.

As considerações deste médico clínico-geral igualmente diretor-adjunto dos serviços de Maternidade do Hospital Nacional "Simão Mendes" foram feitas, esta sexta-feira, numa entrevista à Rádio Sol Mansi, perante a proliferação dos mosquitos no país.

Grómico Quadé aponta ainda a condição climática, como intensidade das chuvas, o aumento de ervas e dos lixos, como fatores de crescimento de mosquitos na Guiné-Bissau, provocando assim o paludismo.

“A tendência é de aumentar o índice dos mosquitos nas casas devido às condições climáticas perante as intensas chuvas que se regista no país que está a provocar o aumento de ervas e dos lixos são uns dos fatores”, acrescentou o médico e diretor-adjunto dos serviços de Maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes.

A malária, que é paludismo transmitida por mosquitos, é endêmica no país, e representa um grande problema de saúde pública, com milhares de casos e óbitos anualmente.

Neste caso, o médico clínico-geral considera preocupante as constantes picadas de mosquitos que provocam o aumento dos casos de paludismo.

“Perigo de picada dos mosquitos é de contrair a malária uma preocupação enorme da saúde pública, dado que o paludismo sem tratamento ou tardio no tratamento agrava o quadro clínico”, alertou Grómico Quadé.

A malária afeta significativamente a saúde pública e a economia do país, com altos custos de tratamento e perda de produtividade.

A propósito, Quadé lembra que a malária é uma das mais altas causas das taxas de mortalidade na Guiné-Bissau, uma vez que é considerado um país endémico.

No que se refere a prevenção do paludismo, Grómico Quadé, disse que é fundamental que todos os guineenses usem mosquiteiros e adotem outras medidas de prevenção, para reduzir o risco de contrair malária e outras doenças transmitidas por mosquitos.

“Uso de redes mosquiteiras, eliminação de águas paradas assim como remover recipientes que possam acumular água parada e utilizar repelentes de mosquitos nas áreas expostas ou camisas das mangas compridas”, aconselhou o médico.

Com a plena época da chuva, o país enfrenta um aumento significativo na proliferação de mosquitos, a qual por este período é crucial redobrar os esforços na prevenção da malária, uma doença que ainda afeta muitas vidas no país e é uma grave ameaça, mas que com ações simples e coordenadas, se pode proteger as comunidades.

Por: Marcelino Iambi

CPLP acaba com cisão entre PALOP e restantes países na escolha da próxima presidência


A Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP terminou hoje sem uma decisão sobre quem irá suceder na presidência à Guiné-Bissau, com os Estados-membros divididos em dois blocos, disseram à Lusa fontes da organização.

Segundo as mesmas fontes, na discussão do ponto, que decorreu à porta fechada, a Guiné-Equatorial reclamou para si a presidência da CPLP entre 2027 e 2029, afirmando ser a sua vez. Do outro lado, o Brasil assumiu-se como candidato.

Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) apoiaram a pretensão da Guiné-Equatorial, enquanto Lisboa, Brasília e Díli mantiveram-se juntos na ideia de entregar ao Brasil a presidência pós-Guiné-Bissau.

O impasse manteve-se durante horas – sem que os Estados-membros consensualizassem uma solução – com o ponto que esteve agendado para o Conselho Ministros, mas que não chegou sequer a ser discutido na sessão que os chefes das diplomacias dos Estados-membros realizaram na quinta-feira.

A decisão foi adiada para uma próxima reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adiantaram fontes da organização à Lusa, mas nem isso foi comunicado no final dos trabalhos que se atrasaram mais de duas horas, com a conferência de imprensa final agendada a ser trocada por uma declaração breve, sem direito a perguntas e sem que este assunto fosse sequer mencionado.

A XV Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP ficou marcada pela ausência do Presidente e do primeiro-ministro portugueses. Ou seja, pela primeira vez, Portugal não se fez representar ao mais alto nível. A representação ficou a cargo do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

O presidente da República terá decidido recusar participar na XV Conferência dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devido a este ponto – o único a não ser discutido – perante a possibilidade da presidência ser atribuída em 2027-2029 à Guiné Equatorial, que tem sido acusada da violação sistemática de direitos humanos, noticiou na quinta-feira o Expresso.

Apesar de os estatutos não definirem que a rotatividade da presidência segue uma ordem alfabética, esta tem sido uma prática normalmente adotada entre os Estados-membros, mas com algumas exceções.

Numa resposta à Lusa, noticiada na quinta-feira, um responsável da diplomacia brasileira já afirmava a ambição do Brasil em assumir a presidência da CPLP após a Guiné-Bissau.

“Tencionamos apresentar candidatura [e] contar com o apoio dos demais Estados-membros”, apontou o embaixador brasileiro Carlos Sérgio Sobral, Secretário de África e do Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, que representou o Brasil no encontro de Bissau.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Angolana Maria de Fátima Jardim eleita secretária-executiva da CPLP

Maria de Fátima Jardim sucede ao timorense Zacarias da Costa, que completou dois mandatos (desde 2021) no cargo.

A diplomata e antiga ministra angolana Maria de Fátima Jardim é a nova secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), foi hoje anunciado após a Conferência de chefes de Estado e de Governo.

Maria de Fátima Jardim sucede ao timorense Zacarias da Costa, que completou dois mandatos (desde 2021) no cargo.

A nova secretária-executiva é licenciada em biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que foi vice-presidente do Conselho da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), em representação de África, cargo que assumiu em 2021.

A diplomata angolana foi diretora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha (INIPM) na cidade angolana do Lobito, e depois assumiu as funções de Diretora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (INIP) em Luanda.

Além de ministra das Pescas entre 1992 e 1996, no Governo de Unidade e Reconciliação Nacional de Angola, foi ministra das Pescas e Ambiente de 1996 a 2002 e de 2008 a 2015, foi ministra do Ambiente.

Em 2015, foi enviada para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 21), representando Angola e os Países Menos Desenvolvidos nas negociações que levaram ao Acordo de Paris.

Entre 2003 a 2008 Maria de Fátima Jardim foi deputada na Assembleia Nacional de Angola.

Até março deste ano era embaixadora de Angola em Itália.

O secretariado-executivo da CPLP é o principal órgão executivo da organização e tem a competência de pôr em prática as decisões da Conferência de chefes de Estado e de Governo, do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e do Comité de Concertação Permanente.

Compete-lhe ainda planear e assegurar a execução dos programas da organização, organizar e participar nas reuniões dos vários órgãos da comunidade e acompanhar a execução das decisões das reuniões ministeriais e outras iniciativas da organização.

Além de Angola, são Estados-membros da CPLP Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Lusa

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Dra. Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, foi granjeada com o Pano de Pente da Guiné-Bissau, pela Associação de Amizade Matosinhos/Mansoa



Esta quinta-feira, dia 17 de julho de 2025, no salão nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, a excelentíssima Dra. Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, e também, Presidente do Conselho Diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses, foi granjeada com o Pano de Pente da Guiné-Bissau, pela Associação de Amizade Matosinhos/Mansoa, na presença de várias personalidades do Norte de Portugal.

"O Pano de Pente ( “panu di pinti”) é feito num tear, de forma artesanal, e tem um valor inestimável na comunidade guineense. Oferecê-lo, é visto como uma honra e uma forma de expressar sentimentos como gratidão, amizade e amor. Ele ultrapassa a ideia de um simples tecido, bastante valorizado como algo que dignifica a posição social de um individuo e possui um caráter quase sagrado, A sua utilização é vasta, abrangendo eventos políticos, moda, cerimonias fúnebres, a decoração e nos casamentos tradicionais", disse o Pate Cabral Djob, Presidente da Associação de Amizade Matosinhos/Mansoa

Nesta justa homenagem, estiveram presentes: o Prof, Henrique Calisto, Administrador Executivo Matosinhos Sport, Presidente da Mesa da Assembleia da Associação de Amizade Matosinhos Mansoa - Joaquim Sousa Almeida (padrinho do evento) Cônsul honorário da república da Guiné-Bissau — Espinho, Distrito de Aveiro - Dr. José Luís empresário, - Mamadu Bobó Djalo, o antigo internacional guineense - O guineense, Prof. Adérito (fotografo) - Dr. António Costa "OIT" Moçambique, - Dr. António Bessa Carvalho, Presidente do Rancho Folclórico de Macieira da Lixa, - Dr. Luiz Silva "flash house", - Dr. Luís Bessa psicólogo, - Guerra da Fonseca, vice presidente da UGT, - Sr. Rui Sousa empresário, - Sr. Pedro Veloso empresário, - Dr. Bruno Andrade, Conselheiro para área do desporto no Consulado da república da Guiné-Bissau — Espinho, Distrito de Aveiro - Sr. Vítor Andrade dirigente do sindicato dos bancários do norte, - Dr. António Braz, Presidente da União de Freguesias S, Cosme, Jovim e Valbom, - Cônsul do Equador Dr. Pedro Pimentel

Conosaba do Porto



























«Óbito/Mansoa de Luto!» Faleceu hoje, em Bissau, a nossa sobrinha Sónia Odete Baio, filha do Prof. Victor Baio, o antigo jogador dos Balantas de Mansoa e da N´námina Sanhá


Inna lillahi wa inna illahi radjiun

Diante da morte, não há nada a fazer a não ser rezar e orar ao Allah swbana watalla/Deus, para que lhe dê um bom canto no seu Reino!

Os nossos sentimentos e condolências a toda à família (aos filhos) pela terrível perda que acabam de sofrer.

22/07/2025
Pate Cabral Djob

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, abriu oficialmente os trabalhos da XV Cimeira da CPLP, que decorre em Bissau com a participação dos Chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros, países observadores, associados e convidados especiais.


Na sua intervenção, o Chefe de Estado destacou a honra que representa para a Guiné-Bissau acolher esta Cimeira e sublinhou os valores fundamentais da CPLP: amizade sincera, respeito mútuo, solidariedade fraterna e cooperação. Enalteceu ainda os laços históricos, culturais e linguísticos que unem os povos da Comunidade.
Referindo-se aos desafios globais, Umaro Sissoco Embaló apelou à concertação e à solidariedade entre os nove Estados-membros, reafirmando o papel da CPLP enquanto espaço de diálogo e cooperação. A Cimeira decorre sob o lema: “A CPLP e a Soberania Alimentar: um Caminho para o Desenvolvimento Sustentável”.
A presença do Presidente da República do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, enquanto convidado especial, reflecte o prestígio e a crescente relevância da CPLP no panorama internacional.



















A ideia da mobilidade dentro da CPLP é uma prioridade deste Governo



Bissau, 17 jul 2025 (Lusa) – O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português garantiu hoje que a mobilidade dentro da CPLP é uma prioridade do Governo e que a ideia de que está a existir uma restrição é “falsa ou parcial”.

Paulo Rangel, que participa na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Bissau, onde a mobilidade entre cidadãos dos países lusófonos tem sido discutida, afirmou que, “mesmo no pacote de leis que estão a ser aprovadas e que foram aprovadas e até promulgadas, os cidadãos da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] têm sempre um tratamento preferencial que, aliás, resulta da Constituição”.

À margem de uma visita ao Hospital Militar da Guiné-Bissau, Rangel disse que em Portugal fez-se “uma mudança muito importante porque os vistos CPLP que existiam fechavam os cidadãos CPLP no território nacional [português]”.

Hoje, “estão já habilitados a ter outra vez vistos Schengen”, ou seja, acesso a uma área de livre circulação na Europa, acrescentou.

“Tenho a certeza de que qualquer problema que possa existir ou surgir, ou qualquer preocupação - algumas delas, sinceramente, julgo não terem razão de ser -, mas, se houver qualquer problema, nós cá estamos para o tratar”, afirmou, para concluir: “A ideia da mobilidade CPLP é uma ideia que é uma prioridade deste Governo e do Estado português. Aí não vejo que existam nuvens no horizonte”.

A lei de estrangeiros, aprovada na quarta-feira, altera a entrada em Portugal de cidadãos lusófonos, que passam a ter de pedir na origem um visto de trabalho ou de residência para obterem autorização de residência.

Atualmente, no caso dos timorenses e brasileiros, podem entrar em Portugal como turistas sem visto e depois requererem a autorização de residência. Em relação aos restantes cidadãos da comunidade, devem apresentar vistos de turismo na entrada do país e depois pedir as autorizações de residência.

Caso esta lei venha a ser promulgada pelo Presidente da República, todos os cidadãos da CPLP necessitam de visto para entrar em Portugal, mesmo para turismo (com a exceção de timorenses e brasileiros).

O ministro da Justiça brasileiro afirmou, no início do mês, que eventuais medidas de restrições de vistos para cidadãos brasileiros por parte de Portugal serão adotadas também pelo Brasil para cidadãos portugueses.

E o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, Secretário de África e de Médio Oriente do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, que chefia a delegação brasileira na Cimeira da CPLP, afirmou à Lusa que o “Governo brasileiro acompanha com atenção as mudanças normativas empreendidas por Portugal na área migratória”, já que “Portugal abriga a segunda maior comunidade de brasileiros no exterior”.

Paulo Rangel participa igualmente na Cimeira da CPLP, que decorre na capital da Guiné-Bissau, país que assume agora a presidência da organização durante dois anos, sucedendo a São Tomé e Príncipe.

A Cimeira dos chefes de Estado e de Governo está agendada para esta sexta-feira e foi antecedida por outras iniciativas, como a reunião dos pontos focais, do Conselho de Segurança Alimentar, do Comité de Concertação Permanente, ao nível dos embaixadores, e do Conselho de Ministros, que reúne os chefes da diplomacia.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, concedeu, em nome do Estado da Guiné-Bissau, duas condecorações durante a Cimeira da CPLP, reconhecendo personalidades que se distinguiram no reforço da cooperação e integração no espaço lusófono.

Sua Excelência José Ramos-Horta, Presidente da República Democrática de Timor-Leste, foi agraciado com a Medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção honorífica do Estado guineense, em reconhecimento pela sua valiosa contribuição para o aprofundamento das relações bilaterais.

Sua Excelência Zacarias da Costa, Secretário Executivo da CPLP, foi distinguido com a Medalha da Ordem Nacional de Mérito Cooperação e Desenvolvimento, pelo elevado profissionalismo e dedicação na preparação da Cimeira de Bissau.