sábado, 30 de abril de 2016

«GUINÉ-BISSAU VAI SER DEBATIDA ATÉ AO EXAUSTÃO EM COIMBRA - 06 DE MAIO» CONFERÊNCIA "GUINÉ-BISSAU EM PERSPETIVA" - CASA DA LUSOFONIA

Organização: Associação dos Estudantes da Guiné-Bissau em Coimbra 

Programa:



Moderador: Pate Cabral Djob, Editor do Blogue Conosaba do Porto e Conselheiro da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau no Porto 



Orador Principal: Prof. Doutor Julião Soares Sousa


Oradora: Alanso Fati, Estudante em Coimbra


Oradora: Jacenira Nhaga, Mestre



sexta-feira, 29 de abril de 2016

Opinião : A PROPÓSITO DOS “CONSELHOS” DE MIGUEL TROVOADA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINE-BISSAU



Por : Fernando Casimiro

O Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, em final de mandato, Sr. Miguel Trovoada, até pode estar coberto de todas as razões sobre as afirmações que fez, em forma de “aconselhamento”, no meu entender, ao Presidente da República da Guiné-Bissau, Dr. José Mário Vaz.

Porém, ao fazer esse “aconselhamento” perante órgãos de comunicação social, cometeu um gravíssimo erro político e diplomático.

As verdades, também têm as suas sedes próprias de abordagem, quando o objectivo é, de facto, aconselhar positivamente, construtivamente, visando colher resultados positivos e não promover mais conflitos, quando o momento de crise na Guiné-Bissau impõe compromissos e responsabilidades, não só aos políticos guineenses, mas também, aos parceiros internacionais da Guiné-Bissau, particularmente às Nações Unidas, sobre o que cada um diz, como diz e onde diz o que pode ou não, ser útil para a solução da crise política.

O Sr. Miguel Trovoada, a meu ver, foi infeliz, uma vez mais, de tantas infelicidades registadas a cada vez que se pronuncia sobre a Guiné-Bissau e as suas declarações, ao invés de contribuírem para a busca da concórdia face às divergências do conhecimento de todos, só vai promover mais discórdia, porquanto servir de referência para mais acusações ao Presidente da República da Guiné-Bissau, por partes interessadas no assunto.

Espero bem que o Presidente da República da Guiné-Bissau não confunda os desabafos do Sr. Miguel Trovoada, com a Missão da ONU no Mundo e, particularmente, na Guiné-Bissau.

Espero e apelo ao Presidente da República da Guiné-Bissau, que não reaja aos desabafos do Sr. Miguel Trovoada, com atitudes de antipatia a quem brevemente irá substitui-lo na função de Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau.

A Guiné-Bissau precisa da ONU independentemente dos seus múltiplos falhanços tendo em conta os objectivos de suas Missões na Guiné-Bissau.

Honra seja feita ao período em que o Dr. Ramos-Horta liderou a Missão na Guiné-Bissau!

Ao longo de 20 meses de Missão enquanto Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, o Sr. Miguel Trovoada não foi capaz de dar continuidade à obra iniciada pelo seu antecessor, Dr. José Ramos-Horta que, perante uma ruptura constitucional, consequente de um golpe de Estado e de um processo de transição política e governativa, difíceis, conseguiu promover, na Guiné-Bissau, a Paz e a Estabilidade, mas sobretudo a confiança entre os guineenses, e entre a Comunidade Internacional e a Guiné-Bissau, que culminaram na organização e realização de eleições presidenciais e legislativas consideradas exemplares!

A crise por que passa a Guiné-Bissau também é consequência do “desleixo” da Missão da UNIOGBIS na Guiné-Bissau e, da sua liderança, através do Sr. Miguel Trovoada!

Quando um Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau resume a sua missão ao seu gabinete de trabalho e aos encontros oficiais devidamente agendados, obviamente que não será estranho o seu posicionamento sobre questões que têm a ver com a Missão que lhe foi confiada.

Recordo aqui o que disse o Sr. Miguel Trovoada em Dezembro de 2015

“Não somos nós as Nações Unidas ou a comunidade internacional que irá trazer a paz na Guiné-Bissau. É o povo guineense, são os seus dirigentes que devem perceber que é primeiro do interesse deles criar as condições de desenvolvimento em relação à Guiné”. In http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/12/miguel-trovoada-lembra-responsabilidades-para-avancos-na-guine-bissau/#.VyJoczHYXSc

Ora, se as Nações Unidas sobretudo, não têm nada a ver com a Paz na Guiné-Bissau, como erradamente afirmou o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau, o Sr. Miguel Trovoada, mas sim o povo guineense, então o que está a fazer a ONU na Guiné-Bissau?

Se um dos principais propósitos das Nações Unidas – e parte central de seu mandato – é promover e manter a paz e a segurança internacionais, de que vale a presença da UNIOGBIS na Guiné-Bissau, e segundo a perspectiva do Sr. Miguel Trovoada?

O que é que esteve o Sr. Miguel Trovoada a fazer em Bissau, não na Guiné-Bissau, ao longo de 20 meses, senão, desfrutar dos benefícios, das regalias de um honroso e pomposo cargo?

Quando é que saiu do seu Gabinete de trabalho para se misturar com as populações, para avaliar in loco a realidade política, social e militar na Guiné-Bissau, conversando com o cidadão comum, de todo o país e não apenas de Bissau; com os políticos, governantes, militares etc., etc., como tão bem e regularmente fazia o seu antecessor, Dr. Ramos-Horta?

O Sr. Miguel Trovoada chegou e viu uma Guiné-Bissau estabilizada, em paz e a dar sinais de mudanças positivas, graças ao trabalho que outros fizeram, particularmente o seu antecessor, Dr. Ramos-Horta.

Desde então, acomodou-se porque o seu objectivo era apenas um: cumprir o seu mandato, sem ter que se envolver, chatear com os problemas dos guineenses, ah, eles que resolvam os seus problemas, só faltava agora eu, com esta idade, vir complicar a minha vida e a minha reforma por causa da Guiné e dos guineenses… Julgo que era essa a visão do Sr. Miguel Trovoada.

Findo o mandato, regresse em paz a São Tomé e Príncipe, Sr. Miguel Trovoada e não deixe de aconselhar os políticos e os governantes do seu país, pois os guineenses não terão saudades suas, certamente!

A Guiné-Bissau não tem que lhe agradecer por nada, pelo contrário, o Sr. Miguel Trovoada pelo seu desleixo, permitiu que as pequenas mas importantes conquistas alcançadas ao longo do período de transição, que culminaram no retorno da normalidade constitucional e na estabilidade política e governativa pós-eleições de 2014 sofressem um duro revés, que temos estado a assistir, sem solução à vista.

Nunca soube promover a prevenção de conflitos na Guiné-Bissau, daí o actual estado de crise política e social.

Ao longo de 20 meses não foi capaz de traduzir na prática, os objectivos fixados para a sua missão na Guiné-Bissau, mas pior do que isso, ignorou um dos principais propósitos da Missão da ONU no Mundo, que é a promoção e a manutenção da Paz e da Segurança Internacionais!

“As regras são pré-estabelecidas e se há algo a modificar” terá que o ser “antes de se iniciar a partida”. Miguel Trovoada referindo-se ao Presidente da República da Guiné-Bissau.

As regras que ditam a organização e o funcionamento do poder político do Estado, são as estabelecidas na Constituição e nas Leis da República e não podem nunca ser modificadas pelo Presidente da República, nem antes, nem a meio e muito menos no fim da partida.

O Presidente da República é o Garante da Constituição, por isso, deve zelar pelo seu cumprimento por todos os demais órgãos de soberania.

Não lhe compete mudar nada na Constituição, pois isso, também é tarefa de um outro órgão de soberania, que é a Assembleia Nacional Popular.

O Sr. Miguel Trovoada foi infeliz, pois que, a sua neutralidade, face ao cargo que ainda ocupa, deveria ser mantida até final do seu mandato, mas também, a ética deveria caracterizar o seu estatuto de diplomata ao serviço da ONU na Guiné-Bissau.

Positiva e construtivamente.

Didinho 28.04.2016

GUINÉ-BISSAU: ONG RECEBEM APOIO DA UE PARA PROMOVER PANOS (DI PINTI) TÍPICOS


Bissau - Duas organizações não-governamentais guineenses (ONG) vão ser apoiadas pela União Europeia (UE) durante mais dois anos para promover a cultura de tingimento tradicional de panos típicos da Guiné-Bissau, anunciou nesta sexta-feira a delegação europeia em Bissau.

A segunda fase do projecto "Tchossan Soninké" prevê "a consolidação das actividades de venda internacional, geridas pelas jovens, para reforço dos circuitos de comercialização da Associação das Mulheres Tintureiras de Panos do Bairro de Ponte Nova (AMPN)", que reúne as beneficiárias.

Os panos vão chegar a outros pontos do mundo com a criação de uma "identidade de marca, desenho de colecções e de um catálogo para o mercado regional e europeu", refere a UE em comunicado.

Está prevista a divulgação através de eventos promocionais e a realização de um fórum regional sobre as potencialidades do património cultural e artístico para a criação de rendimentos e desenvolvimento da economia local.

As mulheres que trabalham os panos vão beneficiar de um "acompanhamento contínuo" para reforço "de gestão, cooperativismo e liderança participativa" na AMPN.

Os panos artesanais, como o "pano de pente", são umas das mais típicas formas de manufactura da Guiné-Bissau.

Servem de traje tradicional e estão associados a vários momentos da vida comunitária: tanto servem de prenda para distinguir visitantes, como cobrem urnas em funerais.

portalangop/conosaba

«PREVENÇÃO» FORÇAS ARMADAS DE CABO VERDE DEVEM SOFRER UMA REFORMA PROFUNDA


Forças Armadas, Cabo Verde


Major na reforma e autor de obras sobre as FA defende que CEMFA deve colocar o cargo à disposição, mas não demitir-se.


Cinco dias depois do massacre de Monte Tchota, em Cabo Verde, em que um soldado matou oito colegas e três civis, a sociedade cabo-verdiana continua a aguardar pelas investigações em curso, ao mesmo tempo que levanta várias questões, entre elas o facto de o comando das Forças Armadas (FA), a 25 quilómetros do local, ter tido informação do caso mais de 24 horas depois e através de um empregado do hotel onde se hospedavam os três civis.

Em determinados círculos, questiona-se também o silêncio dos responsáveis das FA, entre os quais o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.

O ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares, hoje emitiu um comunicado a anunciar a abertura de um inquérito ao ocorrido.

O debate sobre uma profunda reforma das FA também começa a ganhar espaço.

Em conversa com a VOA, major na reforma Adriano Pires, autor de livros sobre as FA, numa análise aos acontecimentos que estão sob investigação, considera que “quando um exército não se consegue defender é muito grave”.

Adriano Pires, Major das FA na reforma

E é taxativo ao afirmar que falhou a comunicação.

“É inadmissível que um destacamento militar, a 25 quilómetros do Comando, seja agredido, porque foi uma agressão, passadas mais de 24 horas não tenha sido informado”, afirma Pires.

Aquele major na reforma diz não entender também como um sentinela tinha tantas munições na sua posse, quando devia possuir apenas uma “arma para salvas de alerta para chamar o corpo da guarda em caso de necessidade”, e questiona ainda como teve acesso às armas dos colegas “que deviam estar guardadas e na posse do chefe do destacamento militar”.

Ao contrário do que tem sido especulado “de forma sensacionalista”, nas palavras de Adriano Pires, ele não defende a demissão agora do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, mas considera que deve colocar o cargo à disposição.

“Nas democracias avançadas, o Chefe de Estado Maior deve pôr o cargo à disposição e compete a quem de direito, e neste caso o Governo, analisar e ver de acordo com a investigação que se está a fazer, e que eu não conheço, e se chegar à conclusão que o que aconteceu é por culpa do chefe máximo das FA deve ser demitido, sem qualquer animosidade em relação à pessoa”, alega Pires que também estende a eventual demissão ao responsável do Comando da 3ª. região, que tem a seu cargo o destacamento militar de Monte Tchota.

Reforma das FA

O caso abriu um debate em Cabo Verde sobre a reforma das FA, no momento em que o arquipélago é apontado como plataforma de transbordo de droga da América Latina para o continente africano e Europa e em que se registam movimentos extremistas em países vizinhos.
Manuel Silva Ribeiro, acusado de matar 11 pessoas em Cabo Verde

Para aquele militar na reforma, é chegado o momento de “uma reforma profunda das Forças Armadas, que devem deixar de ficar à espera da guerra e preparar para defender o país, de olhos para o presente e futuro, e não olhando para o passado”.

Inquérito

Por agora, o ministro da Defesa anunciou a abertura de inquérito para averiguar as eventuais irregularidades no funcionamento do destacamento militar de Monte Tchota.

Num curto comunicado, Luís Filipe Tavares defendeu, que perante a “gravidade dos factos ocorridos”, impõem-se o “efectivo apuramento” de responsabilidades e anunciou que “medidas serão tomadas”.

As Forças Armadas, enquanto instituição de referência nacional, têm a disciplina e o cumprimento de normas e procedimentos como imperativo”, disse o ministro, reiterando a firme determinação do Governo em garantir o “efectivo funcionamento” das instituições da Segurança e da Defesa Nacional.

PR pede reflexão tranquila

Entretanto, o Presidente cabo-verdiano pediu uma reflexão tranquila e serena sobre o massacre de Monte Tchota, em que um soldado matou sete colegas e três civis, entre eles dois estrangeiros.

Em declarações aos jornalistas nesta sexta-feira, 29, depois de assinar o livro de condolências aberto na Embaixada de Espanha na cidade da Praia, Jorge Carlos Fonseca disse que deve-se distinguir dois momentos.

“Estamos muito em cima dos acontecimentos, o momento é de tristeza e consternação. Decorreram ontem as cerimónias fúnebres das vítimas cabo-verdianas, as pessoas estão enlutadas e haverá um momento posterior para se se possa fazer com tranquilidade e serenidade uma reflexão sobre os acontecimentos", disse Fonseca, que considerou normal o silêncio das chefias militares, embora estejam presentes nas cerimónias fúnebres.

O soldado Manuel da Silva Ribeiro, autor confesso do massacre, já foi entregue à justiça militar.

Conosaba

«BÊS-MOONHA» NOVO ACORDO DE PARCERIA ONU/GUINÉ-BISSAU ESTIMADO EM 300 MILHÕES DE EUROS



A Guiné-Bissau e as Nações Unidas assinaram esta quinta-feira um novo acordo de parceria estimado em cerca de 300 milhões de euros, que estará centrado nas áreas da defesa, segurança e justiça, estabilidade e Estado de direito, participação democrática e acesso equitativo a oportunidades para todos. A mesma parceria, que reflecte as prioridades estabelecidas no programa do Governo, consigna ainda os sectores da governação política e a promoção e protecção dos direitos humanos como eixos de intervenção até 2020.

As Nações Unidas e o Governo concordam também em privilegiar a promoção do crescimento económico inclusivo e sustentável, promoção da redução da pobreza, emprego decente, a segurança alimentar, e a transformação estrutural da economia. Até 2020, o programa perspectiva linhas de acesso equitativo e sustentável ao programa de saúde, nutrição, HIV/SIDA, água, saneamento e higiene, educação e serviços de protecção de qualidade para todos os cidadãos, especialmente os mais marginalizados e vulneráveis.

Ainda neste novo quadro de parceria, as autoridades governamentais e o escritório da ONU, em Bissau, privilegiam promover a gestão sustentável do ambiente e dos recursos naturais, gestão de riscos e prevenção de desastres pelas instituições públicas, organizações da sociedade civil e do sector privado.

Para o Representante do Secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, Miguel Trovoada, tudo agora vai depender da colaboração entre o Governo e o as agências do Sistema da ONU em Bissau.

Fonte da ONU disse também que “o quadro de parceria exprime igualmente o empenho do Governo e da equipa das Nações Unidas em reforçar progressivamente a operacionalização da abordagem «Unidos na Acção», capitalizando assim as lições aprendidas e as boas práticas com a execução do Plano-Quadro das Nações Unidas para Ajuda ao Desenvolvimento 2008-2012”.

© e-Global/Conosaba

«MENSAGEM/1º DE MAIO» FILOMENO CABRAL PEDE FIM DA INSTABILIDADE NA GUINÉ-BISSAU


Bissau, 29 Abr 16 (ANG) – O secretário-geral da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) deplorou a situação da vida dos trabalhadores guineenses em consequência da crise que abala o pais, pelo que exortou aos governantes a encontrarem uma solução para por cobro a instabilidade reinante. 

Na sua mensagem alusiva ao primeiro de Maio, Dia Mundial dos trabalhadores, Filomeno Cabral acrescenta que os trabalhadores guineenses têm que estar cada vez mais unidos, vigilantes, firmes e determinados para dizer basta a instabilidade porque o sacrifício já atingiu níveis intoleráveis.

Disse que a instabilidade política que o país atravessa torna mais difícil a vida dos trabalhadores com a perda do poder de compra, aumento de riscos nos locais de serviço e o aumento galopante de preço dos produtos da primeira necessidade, num período em que a campanha de castanha de cajú, responsável por mais de 80 por cento das receitas públicas, corre o risco de ser um fracasso. 

O secretário-geral da CGSI-GB sublinhou que a luta dos trabalhadores consiste em definir novas estratégias capazes de melhorar as suas condições de vida, a segurança laboral e a inscrição no sistema de protecção social.

Basta de instabilidade porque é preciso valorizar os funcionários que apesar de enormes sacrifícios e sem salário, trabalham com dedicação e abnegação dia e noite, para fazer deste país, um lugar deferente pela positiva”, afirmou Filomeno Cabral.

Aquele líder sindical afirmou que o momento é de acção, porque o país precisa de uma Administração Pública despartidarizada para dar primazia ao mérito e a competência. 

Adiantou que todos os guineenses devem unir-se à volta dos valores republicanos, enterrando o ódio do passado para semear a paz rumo a verdadeira reconciliação.

Filomeno Cabral informou que a Guiné-Bissau em virtude da instabilidade permanente continua a situar-se na lista dos países com piores indicadores no domínio de emprego, acrescentando que este cenário ganhou amplitude após o derrube do primeiro governo, dificultando assim o desbloqueamento das verbas prometidas na mesa redonda de Bruxelas. 

Revelou que o elevado nível de pobreza que situa em 69,3 por cento em 2010 em relação aos 64,7 por cento em 2002, o baixo rendimento de 189 dólares por habitante e a fraca cobertura dos serviços sociais são entre outros indicadores referentes a situação económica e social do país.

Estes dados, de acordo com Cabral, mostra que a estabilidade é indispensável para a criação, não só de condições mínimas de trabalho e consequentemente aumento de salário que é uma obrigação de empregador, assim como de atingir performances iguais à dos países vizinhos da sub-região em termos do desenvolvimento humano.

Apesar da instabilidade que assola o país, Filomeno Cabral acredita nos melhores dias para a classe trabalhadora. 

ANG/LPG/SG/Conosaba

«1º DE MAIO» CERCA DE 300 AGENTES NAS RUAS DE BISSAU PARA GARANTIR SEGURANÇA


Bissau,29 Abr 16(ANG) - Duzentos e setenta e três agentes de Polícia de Ordem Pública incluindo as forças da Guarda Nacional, Trânsito, Investigação Criminal, técnicos da saúde, Bombeiros, e efectivos da Ecomib, serão desdobrados em todo o território nacional para assegurarem a manutenção da ordem durante as celebrações do 1º de Maio.

O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa pelo Comissário Adjunto Nacional para Área de Operação e Segurança, do Ministério da Administração Interna que recomendou aos automobilistas, condutores de transportes mistos e inter-urbanos a condução com muita prudência.

"Normalmente, durante qualquer acontecimento, as pessoas têm tendência de optar por fazer as coisas incorrectas. Por exemplo, quando estamos embriagados devemos evitar de pegar no volante do carroe, se estamos a conduzir e recebemos chamadas telefónica devemos estacionar para atender", aconselhou Celso de Carvalho .

"Portanto, as pessoas devem andar nas estradas com a máxima prudência de forma a evitar acidentes de viação e consequente perdas humanas e ferimentos que podem ser graves", disse.

Celso de Carvalho aconselhou as pessoas a comemorarem a festa com o espírito de tolerância e para não exagerarem, acrescentando que um velho ditado diz que mais vale perder um minuto na vida do que perder a vida num minuto.

"Não vamos cansar de chamar atenção às pessoas que vão para as praias para evitarem de objectos cortantes porque tê-los em posse demonstra que têm a intenção de fazer mal", aconselhou.

O Adjunto Comissário da POP sublinhou que as pessoas devem igualmente evitar de desentendimentos e que em muitas ocasiões quando estamos embriagados excedemos com os companheiros e se isso acontecer a outra parte deve manter-se calma.

Disse que deve-se tomar todas as precauções para que que 1º de Maio passe à semelhança dos festejos comemorados anteriormente, sem casos de acidentes, feridos ou mortes.

"A POP vai tomar todas as medidas necessárias para que o 1º de Maio decorra dentro do espírito de tranquilidade, de forma ordeira e para que não haja acidentes que possam por em causa a vida humana", avisou a concluir. 

AMG/ÂC/SG/Conosaba

PROCURA PELOS TÍTULOS DA GUINÉ-BISSAU FOI DE QUASE O DOBRO DA OFERTA - TESOURO PÚBLICO



A procura pelos títulos do tesouro da Guiné-Bissau emitidos foi de quase o dobro da oferta, anunciou o Governo guineense.

Bissau, 29 abr (Lusa) - A procura pelos títulos do tesouro da Guiné-Bissau emitidos hoje foi de quase o dobro da oferta, anunciou o Governo guineense. 

A Guiné-Bissau colocou junto da banca comercial um total de 12 mil milhões de francos CFA (18,3 milhões de euros) com o apoio do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e da agência de apoio à emissão sub-regional. 

Os títulos, com uma maturidade de seis meses, foram entregues a uma taxa de juro média ponderada de 4,6% para o prazo, detalhou em comunicado a Direção Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública da Guiné-Bissau. 

A procura ascendeu a 23,5 mil milhões de francos CFA (35,8 milhões de euros). 

Wilson Cardoso, diretor-geral do Tesouro guineense, explicou à Lusa que a operação destinou-se a suprir um défice na tesouraria pública que deverá ser compensado com as receitas fiscais da campanha de comercialização de caju, principal produto de exportação do país. 

Lusa/Conosaba

«PRS- Nota à Imprensa» RESPOSTA AOS COMUNICADOS DO PAIGC


O Partido da Renovação Social, na linha das boas práticas do exercício da democracia, vem esclarecer a opinião pública nacional e internacional, que algumas informações de carácter soez, veiculadas em alguns órgãos da comunicação social e redes sociais, pelo senhor Cipriano Cassamá, o Presidente da ANP, sob ordens da atual Direção do PAIGC, que na ausência de argumentos que sustentem um debate contraditório, enveredam pela via do acometimento, que, aliás, é a única, com que se têm mais feito notar, de forma pública, de há nove meses a esta parte – veja-se o ilustrativo exemplo da afronta e o desrespeito ao senhor Presidente da República, à frente da comunidade internacional, e demais personalidades, aquando das audiências, por eles solicitadas, para solucionar a crise política. Infelizmente, lamentável é de constatar que todas estas atitudes estão em linha com uma estratégia e hábitos ainda eivados de pensamento e ação totalitárias. 

Esta maneira de fazer política que o atual diretório do PAIGC quer fazer vingar entre nós, não só, não fará escola, porque o Partido da Renovação Social lutará contra ela, mas, sobretudo porque uma certa miopia política não lhe permite entender que a cultura da democracia, e os seus valores, já se instalaram, definitivamente, e por livre opção, no ideário e práticas coletivas do nosso povo.

Posto isto, vamos expor o essencial do senhor Cipriano Cassamá, o grande perturbador, de ambição desmedida, que ao invés de assumir pessoalmente as acusações que lhe foram imputadas pelo PRS, escuda-se atrás da uma suposta assessoria de imprensa, que mais não faz do que cumprir as ordens daquele que se julga, “Imperador da Assembleia Nacional Popular", mas que também responde, epistolarmente, pelo acrónimo de PANP.
É preciso notar, que ao contrário dos métodos do atual Presidente da ANP, que acobertado pela suposta assessoria, se arroga distanciar-se de práticas injuriosas relativamente aos seus adversários, os quadros do Partido da Renovação Social assumem-se no debate público, com toda a responsabilidade e liberdade que lhe advêm da conformidade com os dispositivos da lei-quadro dos partidos políticos. Todas as comunicações políticas, não só são produzidas com responsabilidade, como também, são difundidas com a anuência e assunção plena dos órgãos, e nunca, individualmente, nem pelo líder da bancada, e nem pelo seu respetivo porta-voz. O que o Partido da Renovação Social põe em causa não são as pessoas enquanto tal. O que o PRS traz para o debate público é a verdade sobre a probidade no exercicio das funções públicas, e não a ofensa gratuita e desnecessária. O PAIGC bem pode continuar pela via das diatribes bacocas que não terá a nossa resposta. Não foi por essa via que merecemos a confiança do povo, para estar de cabeça erguida nos fóruns públicos.

E não se preocupem com as assinaturas dos documentos produzidos nos nossos órgãos, como se não bastassem os logotipos a encimar os cabeçalhos, porque em fórum devido, se, e quando for chamado, o Partido saberá, como sempre, estar à altura das suas responsabilidades. Portanto, desenganem-se com a vossa estratégia divisionista de querer calar as vozes dos senhores Certório Biote e Victor Pereira, porque enquanto forem líder e porta-voz, respetivamente, do nosso partido, continuarão a desempenhar os papéis para que foram eleitos e designados, e terão a nossa inteira solidariedade.

O Partido da Renovação Social quer ainda esclarecer o nosso povo, sobre esta figura do senhor Cipriano Cassamá, que de simples técnico agrícola, ascendeu a vários cargos públicos, arvorando-se de engenheiro agrónomo. Na realidade, o Cipriano Cassamá que toda a gente conhece, não passa de um mestre na arte da bajulação (barri padja).

Contudo, o PRS também se reserva ao direito de questionar a probidade deste senhor, na medida em que, assim o denotam, vários dos seus comportamentos, nomeadamente, insultos aos funcionários da ANP, ao seu staff, ao ministro de finanças, Dr. Geraldo Martins, e, em particular, numa atitude de tamanha grosseria, envolveu-se em cenas de pugilato, com o Presidente do PAIGC, num passado recente, tanto na sede do PAIGC, como na própria Assembleia Nacional Popular.
Recordamos ainda, que este Presidente da Assembleia Nacional Popular, devido à sua ambição, sem precedentes, pelo poder e pelo dinheiro, é capaz de tudo. Não olhando a meios para atingir os seus fins, é capaz de arrasar tudo e todos que se lhe opõem. Quem não se lembra da triste memória que foi, a desajustada, desastrosa e delirante experiência da Presidência Aberta promovida por este senhor, numa atitude desafiadora da regra de separação de poderes consagrada na nossa Constituição? Quem não se lembra, deste senhor ter questionado, o então comandante do batalhão do Palácio da República, António Indjai, sobre a presença e a possibilidade da remoção dos balantas nesse destacamento militar? Quem não se lembra, ainda, deste senhor ter afirmado que se devia juntar os balantas num contentor e deitá-los ao mar? 

É este Presidente da ANP que disse que quer assumir a postura de facilitador de diálogo, entre os partidos políticos, com vista à obtenção de um acordo de incidência parlamentar e à formação de um governo inclusivo. Perguntamos: na base de quê, e na qualidade de quê? Mas quem é este senhor para assumir tal postura, conhecido que é de possuir um espírito odioso, e ainda de mais uma obsessão: o ser Presidente da República deste País. Nada mais nos espanta, depois da tamanha borrada que andou a fazer, todo este tempo, com a criação de todo este imbróglio, é natural que esteja de consciência pesada. "Devemos andar depressa, mas não correr. Sem oportunismos e nem entusiasmos, que nos façam perder de vista a realidade concreta. (Amílcar Cabral)".

O senhor Presidente da ANP e o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, afinal sabem que num Estado de Direito democrático o que ordena são as leis. Mesmo assim, insistentemente, continuam a confundir e a manipular a opinião pública, chegando ao ponto de pôr em causa o acórdão com pedidos de esclarecimentos e concretizações sobre o mesmo? Mais perguntamos: afinal, quem é que está em estado de desespero com mentiras e falsidades previamente concebidas e criminosamente executadas? O que o povo não sabia, é que o atual Presidente do PAIGC também é doutorado em Ciências Jurídicas, o que a ser verdade, aproveitamos para lhe endereçar um convite para concorrer ao cargo de Juiz Conselheiro. A este propósito, quem não se lembra da eloquente e delirante interpretação pública, deste Presidente do PAIGC, que pretendia a todo o custo, que 45 votos fossem suficientes para aprovar o Programa do Governo?
Lembramos por isso, e a este propósito, que apesar da soberania que assiste a Assembleia Nacional Popular, que é um órgão legislativo, por excelência, não lhe cabe, contudo, o exercício da interpretação das leis, que é tarefa do Supremo Tribunal de Justiça, no nosso ordenamento jurídico. O Partido da Renovação Social entende que o estatuído no n. 1 do art.º 82. º da Constituição da República, que diz que, "nenhum deputado pode ser incomodado, perseguido, detido, preso, julgado ou condenado pelos votos e opiniões que emitir no exercício do seu mandato", vem, definitivamente, sanar a questão do estatuto de deputado independente. E que aliás, é fixado, no acórdão n.º 3/2016 do Supremo Tribunal de Justiça.

Relativamente à atribuição da responsabilidade pela morte do Presidente Nino, a criação dos "aguentas", a queda do governo de Carlos Gomes Júnior e da agudização da tensão entre o Presidente José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira, que aludimos nosso comunicado de imprensa, consubstanciam, de resto, fatos de notório conhecimento público nacional e internacional.
Por outro lado, queremos lembrar ao povo guineenses que o PRS ganhou as eleições livres e democráticas de 2000, em cujo governo participaram algumas figuras do PAIGC, nomeadamente, o atual Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, o atual Secretário da Juventude e Desportos, Conduto de Pina, e várias outras figuras do PAIGC, com um denominador comum, todos eles em flagrante violação da disciplina partidária do PAIGC.

Que tipo de moralidade nos pedem, o PAIGC? Quem deve ser questionado sobre problemas de moral, é o próprio PAIGC. Vejamos:

Quem assassinou Amílcar Cabral, Domingos Ramos e Osvaldo Vieira, ainda durante a gloriosa luta de libertação?
Quem provocou a guerra fratricida de 7 de junho de 1998?

Quem deu o golpe ao PRS a 14 de setembro de 2003, senão o PAIGC com cumplicidade externa;
Não foi no governo do PAIGC que figuras públicas como Helder Proença, Baciro Dabó, Sambá Djaló, Roberto Cacheu, Iaia Dabó foram humilhados e barbaramente assassinados por agentes ao seu serviço?

De que moralidade falam Domingos Simões Pereira e Cipriano Cassamá, quando, num ato de desespero, para que o PRS regressasse ao governo de inclusão, o primeiro, não hesitou, em implorar desculpas ao Presidente Nambeia, e o segundo, em deplorar, de joelhos, ao Presidente Nambeia, perante testemunhas, a insensatez das múltiplas bravatas e arrogâncias por eles manifestadas durante as negociações com o PRS?
Com que moral, anda o Domingos Simões Pereira, a aliciar deputados do PRS a troco de avultadas somas pecuniárias, a fim de os subtrair para a sua bancada na contagem aritmética dos votos. A este propósito esclareça-se que o PRS nunca castigará os seus dois deputados que se recusaram a alinhar na abstenção decidida pelo partido, preferindo não votar, na aprovação que, no entanto, acabaria por chumbar o programa do governo do PAIGC. 

Este é um bom exemplo, que desmente categoricamente, a ideia subjacente na comunicação do PAIGC, de que o PRS, porque não ganha eleições, se serve de arranjos eleitorais para passar boa parte do tempo na governação. Ora, os factos relatados no parágrafo anterior contrariam essa ideia. O Partido da Renovação não anda atrás de arranjos. E se os quisesse, teria integrado o governo do PAIGC. Contudo, não o fez pensando numa estratégia mais abrangente, mais inclusiva, e que nos permita uma saída mais duradoura para estas cíclicas crises políticas que assolam o País, a fim de garantir a paz e a estabilidade.
Por outro lado, quando se vem afirmar que o PRS não consegue ganhar eleições através das urnas, e vai buscar arranjos pós-eleitorais, e pós-golpes de estado, recordamos o seguinte: em 2006, o PRS integrou o governo do Fórum de Convergência Democrática liderado pelo Dr. Aristides Gomes, a convite do próprio PAIGC, e novamente, em 2008 integrou o governo de Pacto de Estabilidade liderado pelo eng. Martinho Indafa Cabi, a convite do PAIGC. Este caso não é um crime, prova apenas o mérito e competência dos nossos quadros, que ficou patente no governo de Domingos Simões Pereira. Facto corrente na experiência de muitas democracias do mundo contemporâneo.

É lamentável, mas é ainda deste PAIGC, com um recente passado tenebroso, de que estamos a falar, porque ainda agora, nos nossos dias, pelos seus atos e ações denota no seu DNA, resquícios totalitários. Portanto, ainda estamos a falar de um PAIGC, de insurreição, de centralismo democrático, que na falta do inimigo colonialista, inventa outros. Enfim, de um PAIGC incapaz de se quedar ao charme da democracia. 
Para que vale o PAIGC ganhar tantas eleições, se, em 40 anos de independência, o povo guineense ainda não colheu frutos da paz, estabilidade e desenvolvimento que tanto almeja e merece? Povo este, que se resume, há décadas, a um mártir de esperanças falhadas. É caso para dizer, que se no passado o PAIGC nos libertou do jugo colonial, hoje, quem está no direito de se libertar do PAIGC, é o povo guineense.

Como é possível, o PAIGC se proclamar de vencedor de 4, em 5 eleições legislativas na nossa história democrática, se bem que foi no cômputo geral desta macabra e antipatriótica governação, é que o próprio conduziu a pátria de Amílcar Cabral à ruína. Com um vasto rol de corrupções, matanças de camaradas, ódios, vinganças, golpes, contragolpes, tentativas de limpeza étnica, desunião, incompetência, e mendicidade do próprio Estado, o Partido da Renovação Social fica sem saber de que se orgulha o PAIGC. Factos que com toda a segurança, podemos hoje, afirmar, que não passariam pela cabeça do fundador da nossa nacionalidade.
Lamentavelmente, o PAIGC, agora dirigido por Domingos Simões Pereira, transformou-se num partido de matriz anti-Combatente da liberdade da Pátria, e podemos mesmo afirmar, que é destrutivo, e é apático em apresentar propostas de solução à crise, que ele criou, e que a perdurar, este estado de coisas, certamente, trará consequências imprevisíveis e desastrosas para a Nação guineense.

Por último, o Partido da Renovação Social reitera as acusações tornadas públicas, e não recua um milímetro, pelo que aguarda por ações do senhor Cipriano Cassamá e do PAIGC para as devidas e adequadas respostas para o atual momento.
Guardamos para o nosso próximo comunicado notícias que darão conta dos bilhões em gastos sumptuosos nas mais de 50 supérfluas viagens realizadas por Cipriano Cassamá, e pela compra por este governo ilegal de mais 35,2 bilhões de Fcfa de crédito mal parado da dívida de privados, que já foi posta em causa pelo Programa de Assistência Financeira assinado com o Fundo Monetário Internacional. Por este motivo apelamos ao senhor Presidente da República, que tome medidas tendentes a sustar esta operação.

Nesta esteira apelamos a todos os militantes, simpatizantes e dirigentes e a população em geral para se manterem calmos e firmes perante as manobras maquiavélicas e desestabilizadoras de Domingos Simões Pereira e de Cipriano Cassamá.

Viva a PAZ e Liberdade

Viva o Povo Guineense

Bissau, 27 de abril de 2016

Domingos Broksa (Antonio NDjale)

MOVIMENTO DOS CIDADÃOS CONSCIENTES E INCONFORMADOS


Conferência de imprensa

Queridos irmãos guineenses

É com muita tristeza que assistimos a cada dia uma palhaçada dos atores políticos nacionais, investidos em ódios cegos e estratégias maldosas com o fito único e exclusivo de prejudicar esta Nação sob auspícios dos interesses mesquinhos e de pequenos grupos.

Já estamos fartos de assistir esta dita telenovela, que a cada dia vem comprovando a incapacidade dos implicados na busca de soluções através do diálogo.

Como podemos ficar calados vendo os nossos irmãos a morrerem por causa da greve nos hospitais em resultado desta crise?

Como podemos conformar vendo os nossos irmãos a perderem o ano letivo por causa da greve na educação devido a crise que paralisou o país?

Como podemos bater palmas se a nossa população vive desesperada, cheia de pobreza, come uma vez por dia e outros ainda morrem paulatinamente de fome?

Como podemos dizer viva a Guiné-Bissau se estamos num país onde a população não sente a presença do Estado, onde o governo não consegue garantir os serviços mais elementares?

Como? Como podemos sonhar se os nossos sonhos são alienados por ambições políticas perversas aos interesses do povo?

Irmãos Guineense

O Movimento recebeu na audiência o responsável da Associação dos pais e encarregados da educação, solicitando a nossa intervenção relativamente as paralisias nos sectores da educação e saúde. Facto que agradecemos pela merecida confiança depositada em nós. Isso nos faz sentir que realmente estamos a representar os reais interesses da população.

Em relação as greves o que temos a dizer é o seguinte:

Compreendemos que não se pode exigir uma pessoa que não vá a greve se esta pessoa não tem como subsistir, não podemos negar que estamos numa situação difícil pois todos nós estamos. A causa que os Sindicatos dos Professores e dos Médicos e Técnicos da Saúde estão a reivindicar é justa e é do conhecimento geral! Por isso, aceitem a nossa solidariedade…

Porque sempre estiveram ao lado do povo;

Porque sempre lutaram na defesa dos interesses da nação;

Porque, na verdade, ao contrário dos políticos, vocês são heróis! Sempre estiveram a altura das crises mais profundas e acreditamos que vencerão esta que actualmente se vive…

Queremos relembra-los apenas que as consequências das greves são sentidas única e exclusivamente por nós, seus irmãos, sem recursos para recorrer outros serviços alternativos. Já vários de nós morreram na sequência da greve e centenas sem cuidados de saúde. Quase todos nós estamos em risco de perder o ano lectivo que trarão consequências graves para o país num futuro breve. Chamando a colação o facto de ainda a nossa política ser dominada por analfabetos na sua maioria. Pessoas que agora se exige uma solução dos problemas do país.

Portanto, nós enquanto defensores das causas do povo, apelamos aos sindicatos do sector da educação e saúde uma trégua nas greves para estancar o sofrimento deste sofrido povo. Não queremos com isto dizer que se conformem, mas pedimos apenas uma trégua, que o povo agradece e aprecia com modéstia.

Ao mesmo tempo, exigimos do Governo uma maior seriedade e celeridade na resolução desta questão. A Saúde e a Educação são sectores chaves para o desenvolvimento socioeconómico de qualquer país, devendo para o efeito merecer sempre privilégio e prioridade. Consideramos que tem sido feito pouco esforço para a sua resolução. Se no entanto, as Ministras de Educação e da Saúde, não conseguirem encontrar soluções imediata, que ponham os seus cargos a disposição.

Excelências,

Continuamos acreditar neste país, mas ao mesmo tempo continuamos desesperados com a postura do nosso primeiro magistrado da Nação.

O último discurso do PR proferida na ANP foi um discurso de guerra e de afronta, o PR deveria aproveitar oportunidade histórica para fazer um discurso a altura do homem do Estado e não um discurso a favor da intriga e traição.

Quem ganhará com esta Guerra?

Se o Presidente da República, que deveria ser um arbitro, imparcial, unificador, é parte no conflito?

Aos políticos, gostaríamos de deixar bem claro que o povo guineense não permitirá que os interesses mesquinhos alterem o quadro, parlamentar, resultante da sua vontade expressa nas urnas, capaz descredibilizar o nosso sistema democrático que assenta na existência dos partidos políticos.

Está claro que o PAIGC venceu as eleições então o PAIGC deve governar, se não estaremos abrindo uma precedência grave.

Digníssimos,

Aproveitamos elogiar e encorajar o poder judicial. Existe um caminho limpo para que este sector, vital na vida duma sociedade moderna, se credibilize. Nós enquanto povo acreditamos conscientemente na justiça.

Caros irmãos,

Para terminarmos,

Por falta de uma solução democrática e legal para a actual crise politica, o Movimento reafirma exigindo, mais uma vez, eleições gerais, legislativas e Presidenciais. Devendo o PR dissolver a ANP e pôr o seu cargo a disposição… Que o poder seja devolvido ao povo, já que não estão a fazer nada com ele.

Em democracia o povo é quem Ordena!

Casa dos Direitos, 28 de Abril de 2016.

O Movimento

quinta-feira, 28 de abril de 2016

ANTIGO PR DA NIGÉRIA CHEGA AMANHÃ, SEXTA-FEIRA PARA AJUDAR O NOSSO PAÍS ULTRAPASSAR CRISE

OLUSENGUN OBASANJO - ANTIGO PRESIDENTE DA NIGÉRIA


Bissau - O antigo Presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo, deve chegar à Guiné-Bissau entre sexta e segunda-feira para ajudar a ultrapassar a crise política no país.

A informação foi terça-feira avançada pelo embaixador nigeriano na Guiné-Bissau, Ahmed Majida, a saída de uma audiência com o Procurador-Geral da República (PGR) guineense, António Sedja Man.

Fonte da procuradoria guineense disse à Lusa que Sedja Man convocou os representantes da comunidade internacional para lhes dar conta da situação processual relativa a alguns membros do actual Governo.

À reunião comparecerem os embaixadores do Senegal e da Nigéria, tendo este último, à saída, informado os jornalistas sobre a viagem de Obasanjo à Bissau.

O diplomata nigeriano disse ainda que o seu país está empenhado em ajudar a encontrar paz na Guiné-Bissau, mas exortou os guineenses a se empenharem também nesse sentido.

"Toda a gente deve contribuir, a classe política, a população em geral, todo o mundo, deve contribuir para a resolução desta crise o mais rápido possível, senão pode custar caro ao país sair dela", afirmou Ahmed Majida.

Mandatado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Obasanjo já tentou solucionar a crise política na Guiné-Bissau noutras duas ocasiões, só este ano.


GUINÉ-BISSAU: CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS PROMOVE LÍNGUA E PROCURA TALENTOS GUINEENSES


Bissau - O Centro Cultural Português promove a partir de terça-feira na Guiné-Bissau a terceira edição da Oficina de Escrita e de Produção Literária, para promover o gosto pelas letras e descobrir novos talentos, anunciou a organização em comunicado.

No final, o centro espera encontrar "12 escritores da nova geração e potenciais novos escritores capacitados em escrita e produção literária em português".

A iniciativa vai ser conduzida pelos escritores Abdulai Silá e Miguel Gullander.

O guineense Abdulai Silá, 58 anos, é engenheiro de profissão, mas dedica-se também à escrita e à análise social, sendo hoje um dos principais escritores do país.

Lançou o primeiro romance "Eterna Paixão", em 1994, que é considerado o primeiro romance guineense.

O luso-escandinavo Miguel Gullander, que viveu na Suécia e tem dado aulas em África, é apontado pela crítica como um autor que mistura os dois mundos e que quebra fronteiras e regras literárias.

Os interessados em participar na actividade devem ter o 12º ano de escolaridade e podem inscrever-se até segunda-feira apresentando um texto com o máximo de 200 palavras.

portalangop/Conosaba

« NAÇÕES UNIDAS CU FALA!» PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU NÃO PODE SER ÁRBITRO E JOGADOR AO MESMO TEMPO -- ONU

O representante da ONU na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada com PR da Guiné-Bissau
 
O representante da ONU na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, recomendou ao chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, que não seja árbitro e jogador ao mesmo tempo, defendendo que tem que estar equidistante da política.

Bissau, 28 abr (Lusa) - O representante da ONU na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, recomendou hoje ao chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, que não seja árbitro e jogador ao mesmo tempo, defendendo que tem que estar equidistante da política.

"Ser presidente não é uma tarefa fácil. Como chefe da nação (?), o senhor tem o papel de árbitro, o árbitro é aquele que está equidistante em relação às equipas que estão a jogar, é aquele que é o garante da aplicação das regras do jogo", defendeu.

Miguel Trovoada despediu-se hoje de José Mário Vaz após 20 meses de missão na Guiné-Bissau enquanto representante do secretário-geral das Nações Unidas.

Perante os jornalistas, Miguel Trovoada afirmou ainda que "é papel do árbitro exigir que as regras sejam cumpridas sem serem modificadas durante o jogo", sublinhou.

"As regras são pré-estabelecidas e se há algo a modificar" terá que o ser "antes de se iniciar a partida", observou o representante da ONU, para quem o Presidente tem que fazer sempre "o que for possível", dependendo dos momentos, mas sempre na perspetiva do futuro.

Tal como é hábitual neste tipo de audiências, os jornalistas foram convidados a sair da sala após os primeiros minutos do encontro, e saíram quando José Mário Vaz começou a responder ao representante da ONU.

Sob o patrocínio do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), coordenado por Trovoada, termina esta tarde em Bissau um encontro de dois dias visando elaborar os termos de um pacto de estabilidade entre os atores políticos guineenses. 
 
Conosaba

«ANP» AGENDADO DEBATE DO ORÇAMENTO-GERAL DE ESTADO GUINEENSE PARA PRÓXIMA SESSÃO DE MAIO

Bissau,28 Abr 16 (ANG) - A Assembleia Nacional Popular ANP agendou para a próxima Sessão Ordinária, a ter lugar de 3 Maio à 14 de Junho, o debate sobre o Estado da Nação, a proposta do Plano Nacional de Desenvolvimento e a lei de Orçamento Geral de Estado para o presente ano.

De acordo com o projecto de Ordem do Dia à que ANG teve acesso, os deputados vão analisar ainda a proposta de lei que define o Estatuto remuneratório dos magistrados Judiciais e do Ministério Público.

Os deputados irão debater as propostas de lei que aprova o Código da Justiça Militar, da subvenção vitalícia dos titulares de cargos políticos,do Estatuto de ex-Titulares dos Órgãos da Soberania.

Será igualmente analisada o pedido de levantamento da imunidade aos titulares de cargos públicos, e votados o relatório da Comissão de Inquérito às denúncias do Presidente da República, a Proposta do Código de Trabalho e os acordos Internacionais e Convenções.

Entretanto, a Comissão Permanente da ANP manifestou a sua solidariedade institucional com Cipriano Cassamá por se limitar a cumprir com os preceituados da Constituição e das leis da República e sobretudo do regimento da ANP.

Em comunicado final da reunião da Comissão Permanente reafirmaram a sua confiança política ao Presidente da ANP pela forma como tem vindo a conduzir os destinos do hemiciclo, optando por uma postura de isenção, equidistância e consentania com os dispostos da Constituição da República da Guiné-Bissau.

Apelou à contenção dos partidos políticos e o respeito escrupuloso das normas que regulam a organização e o funcionamento da ANP.

ANG/LPG/SG/Conosaba

«CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU» PARTIDO DA UNIDADE NACIONAL SUGERE ACORDO PARLAMENTAR OU ELEIÇÕES GERAIS COMO SOLUÇÃO


Bissau 28 Abr 16 (ANG) – O Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN), defendeu hoje que a solução para a crise vigente no país passa pelo entendimento entre os partidos com assento no parlamento, caso contrario, o Presidente da Republica deve dissolver o parlamento e convocar eleições gerais.

Idrissa Djalo que falava em conferência de imprensa, na qual analisou a situação política vigente no país, argumenta que até a exoneração do Governo dirigido por Domingos Simões Pereira não existia nenhuma crise politica, contrariamente a justificação do chefe do Estado que sustentou a demissão do então executivo.

“Todos os partidos presentes na Assembleia Nacional Popular faziam parte daquele governo de inclusão e em varias ocasiões o parlamento votou Moções de Confiança ao governo. Isto mostra que politicamente tudo estava bem, Apenas o Presidente da República pensava o contrario”, acusou.

O líder do PUN disse que o chefe de Estado proferiu, na altura, graves acusações de desvio de fundos e corrupção contra a equipa dirigida por Simões Pereira, mas que , estranhamente, até hoje, nenhuma prova sobre essas acusações vieram ao publico.

Idrissa Djalo adiantou que o Presidente da República em vez de buscar saídas viáveis para a crise que ele próprio criou, optou pela defesa de uma facção bloqueando o país.

Perante o actual cenário, o Presidente do PUN acusa José Mário Vaz de estar com receio de dissolver a ANP e consequentemente marcar, como seria sua obrigação, eleições gerais.

“Não o vai fazer porque eu Idrissa quero ou exijo. Mas a dissolução da Assembleia Nacional e as eleições gerais vai ser a consequência natural do desenrolar de acontecimentos criados pelo próprio Presidente José Mário Vaz. Isto é a grande realidade e não sei como é que o Presidente não está a enxergar está realidade visível a olho nú” , disse o líder do PUN.

Para Idrissa Djalo, a crise vigente não é comparável com o que se vivia antes de 12 de Agosto de 2015 porque todos os partidos que faziam parte do executivo estavam unidos e solidários principalmente os dois maiores, o PAIGC e o PRS, o que não se verifica hoje porque estão em pé de guerra e sem solução a vista no parlamento.

O político exortou aos partidos com assento parlamentar a assumirem as suas responsabilidades buscando soluções com o objectivo de salvar a legislatura em curso,”porque, caso contrário, serão julgados pelo povo nas urnas”.

ANG/MSC/JAM/SG/Conosaba

«EDUCAÇÃO/SAÚDE» LGDH APELA GOVERNO PARA PÔR COBRO AS GREVES


Bissau, 28 Abr 16-(ANG)- A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) exortou ao governo no sentido de assumir as suas responsabilidades pondo cobro as ondas de greves nos sectores de Educação e Saúde através da promoção de diálogo com as organizações sindicais.

Em Comunicado de Imprensa à que à ANG teve hoje acesso, a Liga Guineense dos Direitos Humanos alertou as autoridades nacionais pelos prejuízos que a greve está a causar às famílias guineenses sobretudo, aos cidadãos mais vulneráveis e desprovidos de recursos financeiros.

A nota informa ainda que a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) tem acompanhado com enorme preocupação as ondas de greves nos sectores sociais nomeadamente, saúde e educação, acrescentando que, em consequência destas paralisações, os cidadãos viram-se privados do gozo e do exercício dos seus direitos fundamentais.

A liga considera que as paralisações nesses sectores põem em riscos o ano lectivo em curso e o funcionamento regular do sistema de saúde.

O documento explica que no quadro da sua acção proactiva de monitorização da situação dos direitos humanos, a LGDH recebeu denúncias que dão conta de que, nos últimos dias foram registadas, mais de uma dezena de mortes inadmissíveis e evitáveis nos hospitais nacionais como causas directas da greve no sector da saúde.

O comunicado refere que esta situação “grave e lamentável” se deve essencialmente a instabilidade política prevalecente no país, que tem provocado disfuncionamento das instituições públicas, com maior impacto para os sectores já estruturalmente deficitários.

Para tal, a nota avisa que em face dos efeitos prejudicais das paralisações que se assistem nos sectores sociais, é fundamental uma abertura incondicional dos actores envolvidos, principalmente dos sindicatos e do Governo para se encontrar uma saída que passa necessariamente pela concertação social, tendo em vista os superiores interesses dos cidadãos.

Por essa razão, a liga apela as partes desavindas, em particular aos sindicatos e representantes do Governo para elegerem o diálogo, a moderação , contenção e cedência, como instrumentos indispensáveis para salvar o ano lectivo em causa e poupar a vida dos cidadãos que diariamente se perdem nos estabelecimentos hospitalares .

ANG/ PFC/JAM/SG/Conosaba