Bissau, 23 dez 2022 (Lusa) – O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Ilídio Vieira Té, defendeu hoje que os parceiros internacionais “acreditam muito” nos atuais dirigentes do país, o que se prova com os apoios financeiros já recebidos e prometidos para 2023.
O governante falava aos jornalistas quando procedia ao balanço do desempenho macroeconómico da Guiné-Bissau em 2022 que disse ser “muito positivo”.
“Vamos dizer que o balanço do desempenho macroeconómico do país é muito positivo tendo em conta a conjuntura global devido à guerra da Rússia e Ucrânia e também o impacto da covid-19” declarou Vieira Té.
O ministro das Finanças sublinhou que embora seja um país economicamente frágil, a Guiné-Bissau conseguiu honrar todos os seus compromissos internos e externos em 2022 o que permitiu retomar o acordo de acompanhamento do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ilídio Vieira Té assinalou que há seis anos que a Guiné-Bissau não tinha um acordo com o FMI, facto que disse ter permitido que o Governo recebesse “de forma imediata” apoios orçamentais de países como Portugal e França.
“Desde 1998 que a França não apoiava financeiramente a Guiné-Bissau”, notou o governante guineense, destacando ainda os apoios do Banco Europeu de Desenvolvimento, do Banco Mundial e de outras instituições.
Os recursos em questão, frisou Ilídio Vieira Té, estão a ser canalizados para a construção ou reabilitação de infraestruturas como estradas, escolas e hospitais.
“Tudo isso demonstra que os parceiros acreditam nas pessoas que estão a dirigir o país neste momento, o que é graças ao empenho do Presidente da República e do primeiro-ministro”, sublinhou Vieira Té.
O ministro das Finanças afirmou que em 2023 as reformas em curso irão continuar, prometeu melhorias na condição de vida da população, mas apelou a que haja mais “respeito pelas infraestruturas publicas”.
Ilídio Vieira Té deu os exemplos de postos de semáforos que estão a ser derrubados em Bissau por motoristas, “mal são colocados” e ainda tanques de lixo que disse estarem a ser roubados.
“Temos de ter amor ao nosso país. A Guiné-Bissau deve estar acima de tudo e de todos”, observou o ministro das Finanças.
Conosaba/Lusa
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