segunda-feira, 29 de abril de 2024

 




Vice-Presidente do PAIGC incentiva a juventude africana Amílcar Cabral JAAC a adotar as resoluções e recomendações da universidade aberta, reforçando a unidade entre os jovens e promover a divulgação até às últimas aldeias da Guiné-Bissau, fortalecer as energias para implementar o seu programa em benefício do povo. Aba Sera falava durante a cerimónia de encerramento das atividades da Universidade Aberta da Juventude Africana JAAC e do centenário de Amílcar Cabral realizada de 26 a 28 de abril de 2024, na localidade de Lugajol Sector de Boé.

 

Presidente do Senegal visita Bissau para encontro com homólogo guineense


O novo Presidente do Senegal desloca-se na terça-feira à Guiné-Bissau, numa curta visita de algumas horas, para encontros entre os dois chefes de Estado e as delegações dos dois países.

A chegada de Bassirou Diomaye Faye está prevista para as 11:00 (12:00 em Lisboa) e o regresso para cerca das 15:00 (16:00 em Lisboa), de acordo com o programa provisório da visita divulgado hoje pelo Gabinete da Presidência guineense.

O Presidente do Senegal será recebido pelo homólogo Umaro Sissico Embaló, no aeroporto de Bissau, com honras militares e uma hora depois desloca-se para o Palácio da Presidência da República da Guiné-Bissau.

Na sede da presidência guineense terá lugar um encontro restrito entre os dois chefes de Estado, seguido de um encontro bilateral alargado às delegações dos dois países.

No final dos encontros está agendada uma declaração conjunta à imprensa.

A visita termina com um almoço oficial oferecido pelo Presidente da Guiné-Bissau e o regresso ao Senegal de Bassirou Diomaye Faye está previsto para pouco depois das 15:00 (16:00 em Lisboa).

O novo presidente do Senegal, com 44 anos, tomou posse a 02 de abril, tendo sido escolhido como candidato às presidenciais pelo líder da oposição Ousmane Sonko, impedido de concorrer e que viu o partido ilegalizado pelo regime do então Presidente, Macky Sall.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, referia frequentemente as boas relações com o anterior homólogo senegalês, a quem tratava por "irmão mais velho".

Depois de conhecidos os resultados eleitorais, o chefe de Estado guineense felicitou Bassirou Diomaye Faye pela vitória e garantiu que "a Guiné-Bissau continuará a investir na relação bilateral, em benefício dos cidadãos dos dois países, reforçando os laços de amizade e de cooperação" que os unem "enquanto dois povos irmãos".

Conosaba/Lusa

"Maus tratos e violência da colonização não estão resolvidos"


Carlos Manuel Vila Nova, chefe de Estado de São Tomé e Príncipe. REUTERS - HANNAH MCKAY

O Presidente de São Tomé e Príncipe afirmou que os actos de maus tratos e violência da colonização não estão resolvidos. Carlos Vila Nova considerou relevante que Portugal tenha abordado o assunto, a propósito dos 50 anos do 25 de Abril.

O chefe de Estado são-tomense falava no aeroporto de São Tomé, após ter participado, em Portugal, nas comemorações dos 50 anos do derrube da ditadura colonial portuguesa. Carlos Vila Nova afirmou que os actos de maus tratos e violência da colonização não estão resolvidos.

“Houve colonizadores e houve países colonizados. No nosso caso, Portugal colonizou cinco países em África e essa colonização hoje é parte da nossa história. A descolonização pode estar resolvida, mas os actos de maus tratos e de violência e outros que aconteceram não está resolvido”, explicou.


O Presidente são-tomense considerou as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa pertinentes, sublinhado que outras potências colonizadoras fizeram o mesmo.

“Eu vejo isso com normalidade, até porque, ao nível de outras potências colonizadoras, este processo já está um bocado mais avançado e já está em discussão. Portanto, se Portugal traz ao quotidiano este assunto, acho que é de todo relevante para que se discuta e que se revejam também esses aspectos e nós continuarmos a nos aproximarmos cada vez mais, porque isso não nos vai separar. Isso vai ser de forma transparente e clara, nós olharmos para aquilo tudo que foi benéfico ou que prejudicou os outros países, analisarmos e tirarmos ilações e resolvemos a situação”, reconheceu.

Na semana passada, à margem da inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche, oPresidente da República português defendeu que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento.

Questionado pela imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o actual Governo deveria continuar com o processo de levantamento dos bens patrimoniais das ex-colónias em Portugal, iniciado pelo anterior executivo, para posteriormente devolvê-los.

Entre precariedade e resiliência: “BIDEIRAS”SENEGALESAS DE PEIXES DO PORTO DE SOUMBÉDIOUNE “ASPIRAM” MERCADO EUROPEU

As mulheres senegalesas vendedeiras de peixes no porto artesanal de Soumbédioune, em Dacar, capital do Senegal, reivindicam o acesso ao crédito bancário para a expansão das suas atividades e para que possam criar a resiliência e a sustentabilidade das suas atividades, ter uma autonomia financeira e exportar o produto para os mercados europeu e asiático.

Soumbédioune é um porto de pesca artesanal situado no coração de Dacar. Uma antiga vila de pescadores que continua a ser ensombrada pela atividade da pesca artesanal e que se transformou num santuário de pescadores, de vendedores e de escamadores de peixes, provenientes de diferentes bairros periféricos da grande cidade de Dacar para ganhar a vida na corrida contra relógio para a sobrevivência. Havendo peixe ou não, o porto é um destino obrigatório para os seus utentes, pescadores, antigos pescadores em reforma, vendedores e escamadores de peixe, para passar o dia e espreitar o mar de forma monólogo com os peixes.

MAIS DE MIL PESSOAS INUNDAM O PORTO À PROCURA DE ALGUNS FRANCOS CFA PARA SUSTENTO FAMILIAR
O Democrata constatou, na chegada ao porto, cerca de 100 canoas de pesca ancoradas na área. Algumas estavam em reparação técnica, enquanto outras aguardavam o anoitecer para se fazerem ao mar para mais uma jornada de pesca na costa e outras iriam até ao alto mar a procura do pescado, que está a ser difícil nas zonas mais próximas do porto.

Diariamente, de acordo com os pescadores abordados, cerca de 70 canoas desembarcam no porto com pescado, correspondendo entre 50 a 65 toneladas de diferentes espécies de pescado vendidos naquele porto e outras são exportadas para a Europa. O pequeno porto alberga mais de 1000 pessoas que trabalham todos os dias neste pequeno empreendimento, entre pescadores, vendedores do pescado e os escamadores de peixes que também procuram melhorar a sua vida com alguns francos cfa que ganham nesse serviço.

A reportagem de O Democrata foi feita no âmbito de uma formação destinada aos jornalistas de diferentes países da África Ocidental sobre a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada com o intuito de saber do impacto das ações de pesca ilícita nas atividades de pescadores e de vendedores do pescado.

A formação foi realizada por Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC), com o apoio do Departamento da Embaixada dos Estados Unidos da América para a Guiné-Bissau e o Senegal. No caso específico no porto artesanal de Soumbédioune, O Democrata concentrou-se nas atividades de vendedores do pescado e escamadores de peixe.

A associação de vendedores do peixe criada em 2010, de acordo com o seu presidente, conta com 320 membros na sua maioria mulheres e que cada associado é obrigado a ter uma carteira profissional emitida pelas autoridades em colaboração com a associação. A carteira é uma peça que autoriza e habilita quem a tem para exercer a atividade da venda do pescado a nível local, como também para exportar para o estrangeiro, conforme a sua capacidade.

Os escamadores de peixes, um grupo constituído por mulheres e jovens que também procuram ganhar alguns francos cfa para pagar as contas de casa e os cursos profissionais, estimam-seem cerca de 100 pessoas. Os preços praticados nesta atividade dependem essencialmente da quantidade de peixe que o cliente entrega para ser escamado, contudo informam que às vezes numa operação conseguem arrecadar entre cinco ou sete mil francos cfa.

O maior handicap de utentes do porto era um local confortável para exercer as suas atividades, dado que o pequeno mercado estava totalmente degradado, razão pela qual improvisam barracas para a venda do pescado, enquanto outros vendem os seus peixes debaixo do sol, em pequenas mesas de madeira.

A ONU-MULHER respondeu à solicitação da associação, reabilitando o mercado do porto e aumentando a sua capacidade para 100 lugares que serão distribuídos aos vendedores do pescado e escamadores de peixes.

PESCA – UMA HERANÇA DE FAMÍLIA TRANSFORMADA EM NEGÓCIO PARA A SOBREVIVÊNCIA

Sokhna Saouf, uma vendedeira de peixe há 15 anos no porto de Soumbédioune, vem de uma família de pescadores e casadacom um pescador, fez um retrato da atual situação da precariedade das mulheres vendedeiras de peixe.

“Há dias difíceis para nós aqui. Se não há peixe, não trabalhamos e ficamos aqui de manhã à noite sem fazer nada. Levantamo-nos cedo das nossas casas para virmos ao porto à espera das pirogas. Organizamos tudo para entregar aos grandes clientes que vão vender noutros mercados”, disse, acrescentando que precisam de apoio das autoridades para que possam ter mais capacidade de conservação do pescado, sobretudo que se criem as condições para os pescadores terem maior capacidade de pesca.

A vendedora explicou que recebe peixes do seu marido para vender aos seus clientes, na sua maioria pequenos vendedores que compram o pescado para vender noutros mercados.

Sokhna Saouf explicou que, no porto onde operam, não fazem a transformação do pescado por causa do espaço, por isso fazem todo o esforço para vendê-los no mesmo dia e uma das estratégias é entregar o pescado aos pequenos vendedores para venderem ou fazer um contrato com grandes clientes que compram grande quantidade de peixes.

“O que imploramos sempre ao governo é que sirva de garantia junto dos bancos ou de outros parceiros para que possam financiar a nossa atividade. Isso pode ajudar-nos a criar as condições, ter a capacidade técnica e meios de conservação do pescado para exportar o nosso produto para o mercado europeu, asiático e para alguns países africanos desta nossa zona”, contou, afirmando que alguns dos seus colegas conseguem exportar para a Europa, mas precisam de apoios para exportar diretamente sem um intermediário, pois só assim conseguem ganhar mais dinheiro.

“BARCOS DE PESCA NÃO RESPEITAM O REPOUSO BIOLÓGICO E PERTURBAM OS PESCADORES ARTESANAIS”

O presidente da associação de vendedores de peixe no Porto Artesanal de Soumbédioune, Hamidou Siye, disse que as suas atividades são sustentadas pelos pescadores artesanais, por isso “sentimos na nossa pele qualquer dificuldade enfrentada pelos pescadores no alto mar”. Acrescentou que se os pescadores não conseguem peixes, todas as consequências são sentidas, porque “isso paralisa todas as nossas atividades”.

“Os pescadores deparam-se com muitas dificuldades no alto mar. Os barcos da pesca industrial pescam até a 40 milhas das nossas costas, zonas onde se pratica a pesca artesanal. Quando isso acontece, os pescadores artesanais são obrigados a irem até 90 milhas à procura de peixe, porque se continuarem nas zonas onde os barcos pescam não conseguem fazer nada”, disse, denunciando que os barcos industriais não respeitam o repouso biológico e bombardeiam tudo com as suas redes capazes de arrastar tudo o que encontram no seu caminho.

Enfatizou que a associação que dirige conseguiu reunir-se com o ministro das pescas sobre este assunto e pediu ao governo que a prática de pesca industrial na costa seja, pelo menos, até 90 milhas da costa.

Questionado sobre o impacto que esta ação da pesca industrial causa na atividade de vendedores de peixe, respondeu que um dos impactos imediatos é que não podem emprestar dinheiro ao banco para desenvolver as suas atividades de venda, porque “os pescadores que nos fornecem os peixes têm dificuldades em conseguir o pescado”.

“Como podemos trabalhar assim? Por isso estamos a implorar ao governo no sentido de regular a ação da pesca industrial”, insistiu.

“O nosso trabalho é simplesmente comprar o pescado dos pescadores e revende-lo ao consumidor final. Se não há pescado, não conseguimos pagar o dinheiro emprestado ao banco. Essa situação tem grande impacto nas nossas vidas, porque somos obrigados a pagar o dinheiro emprestado ao banco, caso contrário não vamos conseguir empréstimos, nem trabalhar”, relatou.

Assegurou que os vendedores estão habituados a esta situação, tendo afirmado que não podem fazer mais nada, se não venderem o pescado. Lembrou, neste particular, que desde 1996 que começou a exercer a atividade da venda de peixes.

Questionado sobre os mecanismos que a organização pretende utilizar para fazer face às dificuldades enfrentadas e, consequentemente, ajudar os seus associados a desenvolverem as suas atividades, explicou que neste momento encontraram um parceiro que apoia as iniciativas de desenvolvimento do empreendedorismo, através do qual conseguiram um financiamento para capitalizar as atividades dos associados.

“Eu pessoalmente, recebi um financiamento desta entidade num valor de três milhões de francos cfa. Utilizei este fundo para financiar alguns vendedores de peixes e manipuladores de peixes. Eu escrevi à organização solicitando um fundo e felizmente decidiram apoiar o projeto. Colocaram o dinheiro na conta num banco e o pessoal do banco informou-me do dinheiro depositado na conta”, sublinhou.

Informou que ajudou também os seus colegas, grandes vendedores, a obterem fundos dessa entidade para desenvolverem as suas atividades, porque “o mercado está a cada dia mais difícil e o pescado cada vez mais carro”.

“O financiamento permite-nos trabalhar sem grandes constrangimentos e sossegados. Atualmente, consigo comprar peixes de qualidade para vender no mercado Europeu, de acordo com as solicitações dos clientes. Recebo as solicitações dos clientes, por exemplo, trabalho com uma empresa na Europa que me envia a lista das espécies que quer. Compro essas espécies, de acordo com os quilogramas indicados e levo-as para o aeroporto. Fazemos a reserva no aeroporto. Primeiro, o pescado é observado pelos especialistas antes de emitirem todos os documentos necessários para a exportação “, narrou.

“ESCAMADORES DE PEIXES RELATAM SUAS DIFICULDADES E A LUTA ENFRENTADA PARA A SOBREVIVÊNCIA”

A escamação de peixes é um negócio com pouco rendimento, mas algumas mulheres com parcos meios financeiros para comprar os peixes e revender, optaram por este negócio de escamar peixes e ganhar um pouco para sobreviverem.

As escamadoras cobram em função do volume de peixe disponibilizado para escamar e cortar em pedaços, mas deacordo com as informações recolhidas o preço indicativo começa em mil francos e pode subir até aos cinco mil francos cfa.

Sohna Joof, uma mulher de 40 anos de idade, que está entre as cerca de 100 mulheres que ganham a vida escamando peixes no pequeno porto artesanal de Soumbédioune, explicou que nos últimos tempos tem-se registado um declínio nas suas atividades e que às vezes nem sequer conseguem pagar o transporte para voltar as suas casas no fim de tarde.

“Porque nem sempre conseguimos peixes. Se os pescadores não conseguem peixes, não trabalhamos. Quando acontece essa situação, ficamos aqui sentadas ou a dormitar até à tarde, com esperança que apareça uma canoa com peixes para podermos trabalhar ou conseguir alguma coisa para o nosso consumo”, lamentou Sohna, moradora de Medina, um dos maiores bairros de Dacar, em representação das mulheres escamadoras de peixes.

Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb.

17 a 19 de Maio de 2024 - UCCLA organiza Mercado da Língua Portuguesa em Cascais

 

A sexta edição do Mercado da Língua Portuguesa, que irá decorrer de 17 a 19 de maio, está de volta ao Mercado da Vila, em Cascais. Organizado pela UCCLA, o evento conta com a parceria da Câmara Municipal de Cascais e o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa.


Com uma programação diversificada, que inclui cerca de 40 bancas, palestras, gastronomia, música e muitas atividades extra, o Mercado da Língua Portuguesa reafirma, mais uma vez, o potencial e a importância da língua portuguesa como um elo de união dos países lusófonos.


No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a UCCLA apostou em proporcionar a todos várias surpresas. Haverá momentos lúdicos e espaço para crianças, tertúlia literária subordinada ao tema “A Liberdade também se escreve”, gastronomia e artesanato representativo dos diferentes países, e na música vamos contar com a participação especial de Eddy Tussa, um dos maiores artistas atuais da música tradicional urbana de

Angola, o Semba. 


Não pode faltar a esta grande festa de homenagem à língua portuguesa!


Horário do mercado:

Dia 17 de maio - 18 às 23 horas

Dia 18 de maio - 10 às 23 horas

Dia 19 de maio - 10 às 20 horas

Todas as informações sobre o Mercado estão disponíveis através do link https://www.uccla.pt/noticias/uccla-organiza-mercado-da-lingua-portuguesa-em-cascais


Material de divulgação - https://we.tl/t-EjJKXQv3rh 


Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook | Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter | ISSUU | Sapo Vídeos

domingo, 28 de abril de 2024

27/04/2024 - Intervenções de militantes do Madem-G15, em Gabu


                                                         Vídeo: Terminador Terminador


PR, Umaro Sissoco Embaló, no ato da comemoração 40° aniversário da Força Aérea Guineense

 

Restos mortais de um presumível aborto encontrado numa vala de lixo no Bairro Militar em Bissau

 

Figura da semana: MÉDICO GUINEENSE DISTINGUIDO COM O PRÉMIO “FUTURO MAIS BRILHANTE” EM ITÁLIA

O médico investigador e epidemiologista, Isaquel Barttomeu Silva, foi distinguido com o prémio “Futuro Mais Brilhante” da Fundação Penta em Itália. Entre os 17 finalistas, o jovem médico guineense figurou como um dos seis finalistas concorrentes de todos os continentes, recebendo o prémio e mais uma bolsa para apoiar os trabalhos em curso do cientista.

O Brighter Future Award da rede científica internacional independente (Penta) é uma iniciativa global para celebrar os campeões que trabalham para melhorar os resultados de saúde de grávidas e crianças que vivem com doenças infecciosas em todo o mundo.

BIOGRAFIA
Isaquel Bartomeu Silva nasceu no dia 05 de junho de 1989. É médico Investigador, Epidemiologista e Doutorando na Universidade Sul de Dinamarca com conhecimentos em vigilância epidemiológica, investigação de surtos e ensaios clínicos relacionados com a vacina em fase de implementação. Conta com dezasseis publicações em revistas científicas internacionais.

É Diretor do Centro de Estudos e Pesquisas do Instituto Nacional de Saúde Pública – Guiné-Bissau (INASA) e coordenador de ensaios clínicos e supervisores, “Efeitos específicos e inespecíficos das vacinas contra sarampo e BCG para mãe e filho”, Projeto Saúde Bandim. É tutor Internacional do Programa de Formação em Epidemiologia de Campo (FETP), Guiné-Bissau, Cabo-Verde e São Tomé e Príncipe.

Distinguido com o prémio de melhor apresentação oral e melhor resumo original da Primeira Conferência Nacional de Epidemiologia da Guiné-Bissau em 2017. Em 2020, recebeu o prêmio de Melhor Trabalho de conclusão em epidemiologia de Campo “Avaliação do Sistema de Vigilância da Tuberculose na Moda de crianças menores de 10 anos, Brasil, 2010-2018”.

Graduado com Certificado de estudante mais destacado na investigação científica e graduado com diploma de ouro em medicina geral de moda, ambos pela Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba. Como investigador recebeu vários prémios com destaque ao Prémio Jovem Investigador Brighter Future 2024 da Penta, Investigador na área da Saúde Materno-Infantil, em Itália.

Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb

Reino Unido inicia 2.ª-feira operação para deportar migrantes para Ruanda

O Governo do Reino Unido vai iniciar na segunda-feira uma operação que visa deter e deportar para o Ruanda os requerentes de asilo, segundo noticia hoje o jornal britânico The Guardian.

O plano do Governo britânico que permite deportar requerentes de asilo para o Ruanda tinha sido assinado na quinta-feira pelo rei Carlos III, o que permitirá a organização dos voos de repatriação, ainda que pendentes de possíveis recursos judiciais.

Este processo gerou um longo e turbulento debate parlamentar em que os 'conservadores' fizeram valer a sua maioria na Câmara dos Comuns para fazer cair alterações em assuntos chave.

Segundo a edição de hoje do jornal The Guardian, as autoridades britânicas pretendem, a partir de segunda-feira, deter refugiados que compareçam para reuniões de rotina em serviços de imigração ou para garantias de fiança.

Face a esta situação, organizações de defesa dos refugiados e também advogados perspetivaram que estas detenções podem originar prolongadas batalhas jurídicas, protestos comunitários e confrontos com a polícia.

"O Governo está determinado a prosseguir, de forma imprudente, o seu plano desumano em relação ao Ruanda, apesar do caos e da miséria humana que irá originar", afirmou o chefe executivo do Conselho de Refugiados, Enver Solomon, citado pelo The Guardian.

Os detidos vão ser imediatamente transferidos para centros de detenção, já preparados para este efeito, onde permanecerão até que sejam colocados em aviões com destino ao Ruanda.

O Ministério da Administração Interna britânico considera que esta nova lei, que classifica o Ruanda como um país seguro, será essencial para "combater a migração ilegal e parar os barcos" no Canal da Mancha, onde esta semana cinco pessoas perderam a vida.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, estimou esta semana que o primeiro voo ocorrerá dentro de 10 ou 12 semanas.

O início desta operação de detenção, que chega umas semanas antes do previsto, coincide com as eleições para as autarquias, que se realizam na quinta-feira, nas quais os conservadores correm o risco de perder até metade dos lugares que ocupam atualmente.

O Supremo Tribunal britânico já derrubou um plano anterior para realizar estas transferências e os ativistas anunciaram que irão recorrer novamente aos tribunais para bloqueá-las mais uma vez.

O caso provavelmente chegará ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos que, em junho de 2022, impediu 'in extremis' a primeira deportação para o Ruanda.

Entretanto, o Governo irlandês indicou hoje que quer legislar com urgência para poder enviar de volta migrantes para o Reino Unido, confrontado com um afluxo do país vizinho na sequência da política britânica de expulsões para o Ruanda.

Segundo o Governo irlandês, 80% das chegadas recentes de estrangeiros ilegais são feitas através da fronteira terrestre, aberta ao abrigo do acordo de paz de 1998, entre a província britânica da Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

Segundo o meio público irlandês RTE, citando um porta-voz do primeiro-ministro, Simon Harris (centrista), o governante terá pedido à sua ministra da Justiça que apresentasse propostas na próxima semana para alterar a lei atual relativa à designação de países terceiros seguros e permitir o reenvio para o Reino Unido de requerentes que não sejam elegíveis para proteção internacional.

O país de cinco milhões de habitantes, membro da União Europeia, tem sido atormentado nos últimos meses por tensões crescentes sobre o alojamento de migrantes, com um aumento de manifestações hostis, por vezes pontuadas por incidentes.

Conosaba/Lusa

PAICV avança com duas mulheres na corrida autárquica


Eleições Autárquicas em Cabo Verde. © RFI/Odair Santos

O PAICV apresenta 20 dos 22 candidatos do partido a presidentes de câmara para as eleições autárquicas de 2024, em Cabo Verde, a terem lugar no segundo semestre deste ano. Ao contrário do MpD, partido no poder, que não apresentou nenhuma mulher como cabeça de lista às câmaras municipais, o PAICV tem duas mulheres candidatas ao cargo.

O PAICV quer vencer pelo menos em 12 dos 22 municípios do país nas próximas eleições autárquicas, e tornar-se no maior partido do poder local em Cabo Verde. Esta é a meta do presidente do PAICV, Rui Semedo ao anunciar os candidatos autárquicos do partido que aposta em duas mulheres a presidentes de câmaras municipais.

“Nós já fizemos a nossa parte, pelo menos escolhendo duas mulheres que têm condições, têm capacidades e têm perfil. Esperamos também que os eleitores estejam sintonizados com este desafio de ter mais mulheres à frente das câmaras” afirmou o presidente do PAICV, Rui Semedo.

Recorda-se que a ausência de mulheres a encabeçar as listas autárquicas do MpD, partido no poder, em Cabo Verde tem gerado muitas críticas, obrigando o Presidente do MpD e actual primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, a reiterar inúmeras vezes que a escolha dos candidatos do partido foi feita através de sondagens e de uma avaliação política.

Por outro lado, o PAICV, não apresentou os candidatos do partido aos municípios de Santa Catarina do Fogo e da Brava. O líder da oposição, Rui Semedo, disse que o candidato de Santa Catarina do Fogo vai ser apresentado numa outra data “por causa de outros constrangimentos” e na Brava o PAICV tem dificuldades em encontrar um candidato.

“Na Brava temos ainda alguma dificuldade em consensualizar um candidato que seria, do nosso ponto de vista, um candidato ganhador” apontou Rui Semedo que espera conseguir ter um bom candidato na Brava, a menor ilha habitada em Cabo Verde.

As eleições autárquicas devem ocorrer em Novembro deste ano, como solicitou a Comissão Nacional de Eleições, mas cabe ao Governo fixar a data.

Por: Odair Santos
Conosaba/rfi.fr/pt/

sábado, 27 de abril de 2024

Villas-Boas destrona Pinto da Costa e é o novo presidente do FC Porto


Antigo treinador vence as eleições mais concorridas da história dos dragões.

Éo culminar de uma era. André Villas-Boas foi, ao final da noite deste sábado, eleito o 34.º presidente da história do FC Porto, colocando ponto final no 'reinado' de Jorge Nuno Pinto da Costa, que durava já desde 17 de abril de 1982.

A confirmação surgiu pela voz de Vítor Baía, candidato pela Lista A, que, ao jornalistas, felicitou "a Lista B pela vitória": "Os sócios falaram, são unânimes nesta decisão. É um momento de transição, de mudança. Os sócios são quem manda no clube e assim o desejaram. Agora, há que preparar o futuro e apelar à união".

"Termina um legado incrível, da pessoa mais importante da história do FC Porto, a quem devemos enaltecer, porque foi incrível o patamar de excelência em que colocou este clube, Teremos de estar eternamente gratos ao seu trabalho", afirmou.

"Sabemos que o senhor presidente tem um amor e uma paixão incríveis. Naturalmente, não é um momento de grande felicidade, porque sentia que ainda tinha muito para fazer, mas há que fazer uma reflexão sobre o que aconteceu", prosseguiu.

"Os sócios decidiram por esta mudança, aquilo que desejamos é que a próxima direção consiga fazer, pelo mesmo, o mesmo que nós fizemos. O FC Porto tem de permanecer unido, está acima de tudo e de todos, e este é o momento de união, para que o FC Porto continue a vencer", concluiu.

Já Jorge Costa, o eleito de André Villas-Boas para o cargo de diretor para o futebol (e ainda tranador do AVS), não escondeu que esta é uma noite de "grande alegria", sublinhando a "grande vontade de fazer as coisas bem feitas".

Estas, recorde-se, foram as eleições mais concorridas de toda a história do FC Porto. Feitas as contas, mais de 26.000 sócios exerceram o direito de voto, entre as 9h00 e as 20h00 (hora de Portugal Continental) no Estádio do Dragão, superando o recorde de 10.731, que remontava a 1988.

Conosaba/noticiasaominuto

Comunicação do presidente do Instituto de Defesa Nacional, Major General Braima Camará (Papa Camará), no ato da entrega de certificados de formação destinada a diferentes ramos das forças de defesa e segurança

 

Presidente do Senegal Bassirou Diomaye Faye, eleito nas últimas eleições presidenciais de 24 de março de 2024, estará na Guiné-Bissau, no dia 30 de Abril, para uma visita de Estado ao seu homólogo Guineense, afirmou o Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

 

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu uma visita de cortesia do líder do partido português Chega, André Ventura, em Lisboa.

 




ELEIÇÕES FC Porto: Villas-Boas à frente na contagem dos votos

André Villas-Boas nas eleições do FC Porto. Foto: Grafislab

André Villas-Boas está na frente enquanto ainda decorre a contagem dos votos. Segundo apurou A BOLA, há informações que dão conta de uma vitória de Villas-Boas a rondar os 70%.

Na sede de campanha da lista B já há apoiantes a celebrar a vitória. Os primeiros números a chegar dão conta que Villas-Boas venceu em todas as 44 mesas de voto.

Da parte do FC Porto, não há ainda qualquer divulgação de resultados, que se esperam para o final da noite de hoje.

André Villas-Boas chama PSP para assistir à contagem dos votos

Pedido foi aceite pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral do FC Porto.

André Villas-Boas avançou, ao início da noite deste sábado, com um requerimento tendo em vista a presença da Polícia de Segurança Pública (PSP) na contagem dos votos daquelas que foram as eleições mais concorridas de toda a história do FC Porto.

De acordo com o jornal A Bola, o pedido foi aceite pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral dos azuis e brancos, Lourenço Pinto, pelo que, instantes depois, foi dada ordem para o início da contagem das preferências depositadas pelos mais de 26.000 adeptos que se deslocaram ao Estádio do Dragão para exercer o seu direito.

O líder da Lista B, recorde-se, já tinha feito saber, na passada quinta-feira, no evento de encerramento da campanha, que considerava "fundamental" a presença das autoridades, no recinto, para que o processo decorresse "da melhor forma".

A Mesa da Assembleia-Geral fez saber, durante a tarde, que esperava conseguir contar todos os votos no espaço máximo de uma hora e meio, pelo que, feitas as contas, os resultados finais deverão surgir pelas 23h00 (hora de Portugal Continental).

Conosaba/noticiasaominuto

Urnas no FC Porto encerram com participação recorde


Mais de 26 mil associados do FC Porto votaram até ao fecho das urnas nas eleições aos órgãos sociais do clube, que estiveram perto de triplicar o anterior recorde de participação fixado em 1988, anunciaram hoje os 'dragões'.

Numa nota publicada no seu sítio oficial, o emblema 'azul e branco' especificou a estimativa de afluência total no sufrágio, que decorreu entre as 09:00 e as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto

Já durante a tarde, o FC Porto havia confirmado a ultrapassagem da marca registada em 1988, quando 10.731 associados votaram no primeiro de dois êxitos de Pinto da Costa sobre José Martins Soares.

Por volta das 20:00, o perímetro que demarcava o Estádio do Dragão foi encerrado, mas os sócios que ainda se encontravam na fila à hora de fecho puderam votar, levando as urnas a encerrarem em definitivo cerca de meia hora depois.

O recorde de afluência em eleições dos órgãos sociais de clubes portugueses continua a pertencer ao Benfica, que contabilizou 40.115 em 2021, aquando da primeira eleição do atual presidente 'encarnado' Rui Costa.

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, lideradas pelo atual presidente Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B), antigo treinador da equipa de futebol, e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).

Pinto da Costa é o 33.º líder máximo da história 'azul e branca' e tenta alcançar um 16.º mandato consecutivo, numa altura em que soma 42 anos seguidos de presidência, detendo o estatuto de dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.

Conosaba/noticiasaominuto

PR guineense lamenta detenção em Portugal do Procurador apanhado com droga


Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou hoje a detenção em Portugal de um Procurador da República alegadamente apanhado com droga - "caso é tratado entre as magistraturas dos dois países", disse ele.

Em declarações aos jornalistas à chegada à Bissau vindo de Portugal onde assistiu às comemorações do50º aniversário do 25 de Abril, Sissoco Embalo comentou a detenção no aeroporto de Lisboa do Procurador, Eduardo Mancanha, no passado dia 21, alegadamente na posse de haxixe.

"Lamento que tenha sido um magistrado a cair nesta situação. Quem deve julgar não pode cair nisso, mas como sabem o Presidente não julga, mas fiquei reconfortado com o comunicado do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público sobre o assunto", notou Embalo.

O Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público deliberou a suspensão de Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença para doutoramento em Portugal, e ainda ordenou a que seja instaurado um processo disciplinar.

O Presidente guineense afirmou que o caso "está a ter alarido" na Guiné-Bissau "mais do que em Portugal", onde, disse, o Procurador detido está a ter um tratamento "que coaduna com o seu estatuto".

O Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público deliberou a suspensão de Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença para doutoramento em Portugal, e ainda ordenou a que seja instaurado um processo disciplinar.

O Presidente guineense afirmou que o caso "está a ter alarido" na Guiné-Bissau "mais do que em Portugal", onde, disse, o Procurador detido está a ter um tratamento "que coaduna com o seu estatuto".
"Não é nada de outro mundo"

"Não é nada de outro mundo, muitos países do mundo tiveram magistrados que se envolveram numa coisa dessa", precisou Sissoco Embalo, realçando que não faz "claque" quando está em causa a imagem da Guiné-Bissau.

Embalo sublinhou que o caso está a ser tratado entre as magistraturas de Portugal e da Guiné-Bissau e aproveitou para lembrar que recentemente num país vizinho "foi apanhado um barco de droga, mas sem alarido", frisou.

Sobre o facto de um grupo de cidadãos guineenses se terem manifestado contra a sua presença nas comemorações do 25 de Abril, Sissoco Embalo disse que não se preocupa com isso e que o seu foco é a Guiné-Bissau.

Entre outros adjetivos, o grupo chamou Embalo de ditador.

"Eu não sou ditador, sou disciplinador. Eu me preocupo com pessoas falhadas. Eu me preocupo apenas com o povo da Guiné-Bissau a quem devolvi a autoestima. O meu foco é fazer o Estado da Guiné-Bissau ser respeitado", sublinhou Embalo.

A propósito, anunciou que no próximo dia 01 de maio vai assistir às comemorações do 50º aniversário da antiga prisão colonial de Tarrafal, em Cabo Verde, e no dia 30, receberá em Bissau, o novo Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye.

Conosaba/Lusa

Opinião: FAZER VOLTAR OS EXAMES NACIONAIS, É UMA PRIORIDADE DE MOMENTO⁈

Falando há semanas em Bissau, o Ministro da Educação, Henri Mane, anuncia que os alunos, quer das escolas públicas, quer das escolas privadas e outras configurações existentes, na nossa paisagem escolar, serão submetidos a partir de próximo ano letivo aos exames nacionais.

O governante sustenta, na mesma ocasião, que a retoma dessa avaliação deve-se às exigências da União Económica e Monetário Oeste Africano, cujos países por normativa na referida organização são obrigados a realizar os exames nacionais.

Até aqui tudo certo. Vamos, agora, por parte, podemos questionar a finalidade para qual se uma avaliação dessa natureza, é apenas uma operação de charme ou é para, mais uma vez, desperdiçar o esforço físico e dinheiro, que tanto falta faz nas nossas escolas ou é para diagnosticar os pontos francos, das políticas educativas, de nossos professores, de nossos alunos e do nosso próprio Ministério da Educação, que para alguns não nos educa em nada.

Sendo assim, questiona-se o resultado de diagnóstico, fruto de último exame nacional, realizado há dois anos. Quais são as novas políticas educativas adotadas depois de último exame? Pela lógica, um paciente depois de medicação volta ao médico para controlo.

Certamente, que nos restantes países da UEMOA, que mais ou menos podemos dizer que tenham o governo no lugar, adotam medidas corretivas, depois de exames nacionais.

Temos que ir buscar a coragem onde ela se encontra para dizer aos nossos parceiros que estamos desorganizados e atrasados em relação a outros e que o país precisa de um tempo para pôr tudo à ordem

Senhor Ministro, a solução, de momento, para o nosso sistema educativo não é exames nacionais mas sim é trabalhar, primeiro, para a sua estabilização e, depois, realizar as reformas necessárias, que vão permitir, antes de mais, e sobretudo, que a escola pública reconquiste a confiança da sociedade, caso, um dia, chegou de tê-la.

Qualquer cidadão médio, pondo de parte os especialistas ou estudiosos das ciências da educação, sabe que não é com os exames nacional é que se resolve a caótica situação das nossas escolas.

Há muito que a classe política de uma forma geral e os partidos governamentalizados, cada um ao seu estilo e a sua maneira, contribuíram para a degradação ou para arruinar a nossa educação.

Se concordar comigo, senhor Ministério, seria melhor que todos nós (governo, professores, investigadores, pais e parceiros) concentremos as nossas capacidades intelectuais, física e financeira para que seja combatida a desigualdade social e assimetrias, no sector educativo.

Todos sabemos e reconhecemos com graus de humildades diferentes, que a escola pública ( scola di stadu) é essencial e exclusivamente para os filhos de pessoas de voz e vez, isto é, zê povão, enquanto a escola privada de primeira categoria e as da europa são para filhos de gente fina.

Temos uma taxa de retenção escolar no ensino básico de 15,2 (Si,2022) e sem falar de abandono e resistência escolar.

As explicações encontradas pela sociologia da educação para insucesso escolar estão ancoradas no desencontro entre a cultural escolar e a cultural familiar dos alunos (Sarmento,2019).

Disso já falava as teorias de correspondência de Bowles & Gintis, teoria de reprodução de Pierre Bourdieu, Teoria dos códigos de Bernstein e teoria culturistas da Nova Escola da Sociologia.

Um estudo realizado pelo próprio ministério da educação com apoio financeiro de seus parceiros intitulado “Bases para uma Estratégia Sectorial da Educação” (2005) identificado três grupo de fatores pela queda de qualidade de nosso ensino dos quais passo a referenciar: “culturais e currículos, deficiência no campo pedagógico, défice generalizado de manual e materiais escolares”.

Não podemos tecer, como um artesão, uma verdadeira coesão social, geografia e económica e até politica se não formos capazes de combater esta injustiça alho estudado por sociólogos da educação.

Esta sim deveria ser uma aposta de momento e não exame nacional, que caso fosse realizada os resultados apontariam mais qualificação as escolas privadas.

Como é possível pensar se os alunos não partem do mesmo degrau da escada já que uns cumprem quase o calendário escolar, enquanto outros são fustigados com greves, cujo responsável é o governo.

Senhor Ministro, todos os caminhos, nesse momento, devem dar para seguintes soluções:

Primeiro: é pôr fim ao mar de greve que tem afetado o ensino público, permitindo assim aos encarregados de educação voltem a ganhar confiança no sector e em consequência disso fazer voltar os seus educandos arrancados para escolas privadas, que algumas delas funcionam como uma empresa.

Segundo: deve-se pensar em como dar mais autonomias as escolas sobretudo para que o currículo não só reflita a realidade global (dimensão nacional, mas também especificidade de cada escola (dimensão especifica), ainda é preciso um debate nacional sobre se vamos continuar a ter os diretores das escolas em função de cor partidária ou se serão escolhidos entre os seus pares, tendo um mandato temporal.

Não é menos verdade que o nosso ministério de educação é fortemente centralizado e concentrado, diretores regionais sem poderes, contratação e colocação de professores são processos tratados todos em Bissau.

A motivação de corpo docente, também, deve ter uma centralidade não só para melhorar as condições de trabalho, salário, como também o seu reconhecimento social, pois só assim o governo estaria em condições morais de exigir mais qualidade científica e pedagógica.

A mudança tão aclamada vai continuar longe de nós como o céu vai continuar longe da terra, e só chega quando fizemos uma verdadeira aposta na escola. Essa escola que temos forma súbditos e não os cidadãos e é para isso que Paulo Freire afirma que ” a cidadania e autonomia são duas categorias estratégicas de construção de uma sociedade melhor em torno das quais há frequentemente consenso. Essas categorias se constituem na base de uma identidade nacional desejada, num conceito novo de escola, a escola cidadã. Esta conceituação tão presente na pedagogia defendida por Paulo Freire é a autonomia pedagógica pretendida, já que tem como eixos centrais: a integração entre educação e cultura, escola e comunidade (educação multicultural e comunitária), a democratização das relações de poder dentro da escola, o enfrentamento das questões de repetências e avaliação, a visão interdisciplinar e transdisciplinar e a formação permanente dos educadores, (Freire, 1996),

Aposta na valorização de investigação científica é um imperativo tal como aconteceu em quase em toda a sociedade. O governo antes de avançar com qualquer política pública encomenda o estudo cénico.

O país não vencerá o fenómeno de insucesso escolar que não é só um problema das escolas, antes de mais é um problema da sociedade e, por isso, urge reformular no nosso currículo para que ele não expele unicamente o país no seu geral como também que reflete vários territórios educativos que temos, uma vez que cada escola na perspetiva sociológica e pedagógica é uma bolha, valorizar o professor, melhorar o nosso parque escolar e criar política de reforço escolar para os grupos socias mais atingidos pelo insucesso.

Para concluir mesmo, tenho consciência de que fazer algumas dessas loucuras, que eu pintei nessa paciente e tolerante folha de papel mais de muitos homens exige verbas, mas se se fizer alguma contenção em despesas ilógicos de ministério de interior, que “come” combustíveis, e no ministério da defesa, conter viagens de laser de governantes e de um pensamento mais estruturado, sonhar na criação de um fundo, EDUCACAO, que pode resultar de uma taxaa comprar indiretamente em produtos cosméticos, bebidas alcoolistas, contribuição de próprios num valor simbólico, bilhete de discotecas entre outros.

Por: Tiano Badjana
Mestrando em Sociologia da Educação e Politicas Educativas
Conosaba/odemocratagb