O Chefe de Estado guineense e actual Presidente em Exercício da CEDEAO ao receber esta tarde em audiência os Chefes Militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental que se encontram em Bissau para estudar e propor as estruturas políticas competentes da CEDEAO a ativação rápida de uma força de restauração de ordem constitucional que também combaterá o terrorismo.
Acontece que o cenário do terrorismo na África Ocidental tem conhecido dados preocupantes, sobretudo nos últimos anos. Inicialmente localizado na Nigéria com o Boko Haram, e nos países do Sahel, Mali e Níger, nomeadamente, com ataques terroristas, eles começaram a espalhar-se ao Burkina Faso, à Costa do Marfim, ao Togo e até ao Benim.
A Cimeira da CEDEAO reunida em Abuja-Nigéria a 4 de Dezembro mostraram preocupação com esta situação e decidiram encarregar o Comité dos Chefes Militares da nossa organização regional para estudar e propor com urgência as modalidades de ativação de uma força de luta conjunta contra o terrorismo e de restauração da ordem constitucional na sub-região.
As decisões e recomendações do encontro de Chefes Militares da CEDEAO realizada em Bissau de 17 a 19 de Dezembro serão encaminhadas para o Conselho de Mediação e Segurança da organização para análise e aprovação.
A Cimeira da Cedeao de 4 de Dezembro manifestou preocupação pelo facto de se estarem a registar na nossa sub-região fenómenos graves de terrorismo e extremismo violento e pelo surgimento de uma vaga de golpes de Estado e de tomadas de poder anticonstitucionais e por transições demonstrativas das nossas fragilidades, agravadas ainda pela pobreza, alterações climáticas, desertificação que têm constituídos factos que têm vindo a contribuir para aumentar as tensões nas comunidades de países da CEDEAO.
Recorde-se que o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, que atualmente preside ao Comité de Chefes de Estado-Maior da CEDEAO, defendeu que, “de facto, o terrorismo constitui uma série ameaça à segurança coletiva” da sub-região e que é urgente criar uma força conjunta “que atue de forma rápida e eficiente” para repor à ordem constitucional.
O General Úmaro Sissoco Embaló, agradeceu os resultados da reunião de Bissau e elogiou o profissionalismo, competência e patriotismo e o profundo respeito pelos valores republicanos demonstrados pelos Chefes Militares da CEDEAO.
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