segunda-feira, 31 de outubro de 2016

«ELEIÇÕES» MOVIMENTO DA SOCIEDADE CIVIL NA GUINÉ-BISSAU, ELEGE NOVA DIRECÇÃO NO FIM DESTE MÊS



Bissau, 31 Out. 16 (ANG) – O Presidente em exercício do Movimento Nacional da Sociedade Civil (MNCS), disse hoje que a organização agendou para os dias 25 à 27 de Novembro a realização do seu congresso para eleger novos corpos directivos.

Em entrevista exclusiva à ANG, Jorge Gomes disse que agendaram para amanhã (terça-feira) o empossamento da Comissão Organizadora do referido evento magno da organização.

De acordo como o aquele responsável, cerca de 150 delegados vindos de todo o país vão tomar parte no Congresso para escolher entre os três candidatos, cujos nomes escusou-se a revelar, para dirigir os destinos da maior organização da sociedade civil no país.

O Presidente cessante do Movimento da Sociedade Civil disse que vai abandonar a liderança da organização e se dedicar a sua vida privada tendo afirmado que o seu primeiro mandato foi positivo principalmente no incremento do diálogo sobre a crise política que assola o país.

“Ser activista dos direitos humanos na Guiné-Bissau não é nada fácil, precisa-se de muita coragem e ponderação e o problema do país reflete negativamente na organização uma vez que os doadores não aprovam os projectos e os financiamentos são bloqueados em detrimento da situação política social vigente “, explicou.

Jorge Gomes disse que a direcção cessante foi infeliz no seu segundo mandato porque só trabalharam no quadro de realizações de algumas acções de formação, frisando que já tinham um plano estratégico para executar, mas que devido a situação do país não se concretizou.

“A nossa organização vive unicamente de projectos e na condição em que o nosso país se encontra, os políticos não apoiam a sociedade civil, eles consideram-na uma opositora ao regime”, explicou.

O líder do Movimento da Sociedade Civil aconselha o seu futuro sucessor a ter muita paciência e ponderação e que pactua pela defesa da população, tendo salientado que gostaria que o futuro Presidente da organização fizesse o que ele não conseguiu fazer e que o momento lhe proporcione mais meios para o fazer.

ANG/MSC/SG com Conosaba do Porto

ESTADOS DA CPLP DISCUTEM EM BRASÍLIA FORMAS PARA ULTRAPASSAR LIMITES NACIONAIS À LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO NO ESPAÇO LUSÓFONA



A livre circulação de pessoas entre os países da comunidade de língua portuguesa promete dominar a discussão entre os chefes de Estado e de Governo na XII Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que começa hoje, 31 de outubro, em Brasília.

Nesta cimeira, a CPLP prepara-se para adotar a Nova Visão Estratégica, com enfoque na vertente económica e empresarial e e tendo em consideração os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODM) traçados pelas Nações Unidas.

O secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, cujo mandato chega agora ao fim, adiantou em entrevista à DW que os temas que serão discutidos durante a reunião na capital brasileira ‘resultam de uma ampla reflexão em torno do que os nove Estados membros pretendem que seja a organização criada há 20 anos’.

Nesta entrevista, o diplomata moçambicano, Murade Murargy, considera, em jeito de balanço, que “Em 20 anos, nós não podemos esperar que [a CPLP] esteja igual a uma União Europeia, a uma União Africana, a uma CDEAO (Comunidade de Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental) ou a uma SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral). A CPLP ainda é muito jovem, ela ainda tem muitos passos que tem que dar para que nós possamos sentí-la”.

Na mesma entrevista, Murargy elege justamente o desafio da livre cirulação como o ponto chave para o futuro da organização: “O principal problema que se coloca é a questão da liberdade de circulação, que é um ponto que neste momento todo o mundo critica, porque não sentimos a CPLP porque não podemos circular. É evidente, tem razão. Eu também concordo com isso”.

A livre circulação de pessoas e bens entre os países lusófonos é o ‘cabo das tormentas’ da CPLP, pois existem barreiras em cada Estado membro inerentes à inserção na sua região geo-política e económica. Será necessário encontrar uma fórmula para ultrapassar os obstáculos, aconselha o diplomata, reconhecendo que o problema não se coloca apenas a Portugal que faz parte do Espaço Schengen.

O executivo insiste que se deve começar por facilitar a circulação de classes profissionais já identificadas, entre as quais os empresários, professores, estudantes, jornalistas e artistas. Além disso, reafirma, será necessário capacitar os serviços de controlo policial.

© e-Global Notícias em Português com Conosaba do Porto

NUNO NABIAN ACUSA PR DE MOTOR DA INSTABILIDADE POLÍTICA E FORJAR CRISE DESCESSÁRIA



O Líder da Assembleia do Povo Unido Partido Democrítico da Guiné-Bissau (APU-PDGB) exorta ao Presidente Mário Vaz que a solução real para a crise política é dissolução do Parlamento e convocação de eleições legislativas antecipadas. 

Nuno Gomes Nabian deixa claro que tudo aquilo que está a ser falado aí fora, não passa de invenção para agradar as pessoas que só alimentam em crises.

O presidente do APU-PDGB acusa o Presidente Mário Vaz de ser o motor da crise politica na Guiné-Bissau, forjando o impasse desnecessariamente, já que aprovou e comprovou aos guineenses que não dispõe de solução para a crise vigente.

“A crise que se vive atualmente na Guiné-Bissau é criada pelo Presidente da República. O PR já provou e comprovou que não há solução”, sublinhou Nuno Nabiam.

Nabian propõe criação de uma assembleia com vista a trabalhar na revisão da Constituição da República e lei eleitoral. O líder apuano deixa advertência, se prevalecer a crise politica, a APU-PDGB vai à rua numa marcha pacífica para exigir aquilo que se chama de “ abuso e má governação”. 

Notabanca/Conosaba do Porto

DIABETES CAUSA MAIS AMPUTAÇÕES QUE EXPLOSÃO DE MINAS NA GUINÉ-BISSAU -. MÉDICO



A amputação devido a diabetes suplantou o rebentamento de minas como principal causa de colocação de próteses em Bissau, disse à Lusa o diretor do único centro de tratamento na capital guineense.

Até agora, quem recebia próteses era geralmente vítima de minas terrestres abandonadas no solo em conflitos militares, mas a tendência está a mudar, ao mesmo tempo que o número de utentes cresce, alertou Kennedy Araujo, médico ortopedista e diretor do centro de no Bairro de Quelelé.

Aquele responsável acredita que o aumento de amputações devido a diabetes acontece a par do alastrar de doenças cardíacas no país.

Em 2015 o centro tratou 1929 pessoas e este ano, até final de agosto, já tinha cuidado de 1191 utentes, acrescentou.

Kenedy Araujo diz-se "bastante preocupado" com o aumento de casos de hipertensão e diabetes nos últimos anos e referiu que "o mais grave é que o centro atende crianças, jovens e adultos", ou seja, não há faixa etária que esteja imune.

O diretor do Centro de Próteses do Quelelé aponta "a alimentação, o sedentarismo e as dificuldades de vida" da população para o aumento de diabetes e hipertensão no país.

Kenedy Araújo recomenda "um reforço do controlo de qualidade" de arroz e óleo importados, que suspeita estarem entre as causas daqueles problemas de saúde.

Lusa com Conosaba

QUATRO PAÍSES ADMITIDOS COMO OBSERVADORES ASSOCIADOS NA CPLP



As candidaturas da Hungria, República Checa, Eslováquia e Uruguai foram aceites hoje, por aclamação, como observadores associados da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

Estes países juntam-se à ilha Maurícia, Namíbia, Senegal, Turquia, Japão e Geórgia.

O anúncio foi feito pelo Presidente do Brasil, Michel Temer, na sessão solene de abertura da XI conferência dos chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorre entre hoje e terça-feira em Brasília.

Pouco antes, Michel Temer recebeu do seu homólogo timorense a presidência rotativa bienal da comunidade.

A CPLP é constituída por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Lusa/Conosaba

BACIRO DJÁ REPRESENTA GUINÉ-BISSAU NA XIª CIMEIRA DA CPLP


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Baciro Djá, está a representar o país na XIª reunião dos chefes de Estado e de governo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) onde os recentes desenvolvimentos da crise políticas na Guiné-Bissau estrão também em discussão
Nesta cimeira, que decorre em Brasília (Brasil), na segunda e terça-feira, será realizada e aprovada uma nova missão estratégica da comunidade e ainda será analisada a ratificação dos estatutos da CPLP pela Guiné Equatorial.
Esta reunião marca a sucessão de Timor-Leste pelo Brasil na presidência da organização, e realiza-se os 20 anos da constituição da CPLP onde os nove membros da CPLP deverão designar a próxima secretária-executiva, Maria do Carmo Silveira, indicada por São Tomé e Príncipe, depois de um acordo, proposto por Lisboa, que prevê que, no final do mandato de dois anos, caberia a Portugal apontar o nome para este cargo.
Durante a reunião de dois dias deverá ser aprovada a entrada de cinco novos observadores associados e os nove Estados membros da comunidade dos falantes da língua portuguesa terão oportunidade de fazer uma discussão sobre temas da agenda política.
Integram a CPLP Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Brasil, Angola, Cabo-Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba


MOVIMENTO DOS CIDADÃOS INCONFORMADOS AMEAÇA REALIZAR MANIFESTAÇÃO EM FRENTE AO PALACIO DO GOVERNO

O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados ameaça realizar, no próximo dia sábado, uma vigília em frente ao palácio do governo, para exigir a dissolução do parlamento como única forma constitucional para resolver esta crise
Numa nota de imprensa enviada a RSM, o movimento pede ainda o cumprimento do acordo de Conacri e caso o impasse prevalecer exige do presidente da república a convocação imediata das eleições legislativas.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos com Conosaba do Porto
Imagem: Internet

LIONE BARAI, PADI FIDJUS NA GUINÉ-BISSAU, FIDJUS KATA SUPORTA N'UTRU


domingo, 30 de outubro de 2016

FÁBRICA DE OXIGÉNIO JÁ É REALIDADE NO HOSPITAL NACIONAL SIMÃO MENDES


O Hospital Nacional Simão Mendes dispõe uma fábrica de produção de oxigénio, com a capacidade de produzir seis garrafas em cada doze horas.

A pequena unidade fabril está incorporado do dentro das instalações do hospital com máquinas de última geração.

A cerimónia de inauguração deste centro foi presidida pelo ministro de Saúde pública, Domingos Malu, que na ocasião pediu um bom uso dessa infra-estrutura.


Orlando Lopes, Director do Hospital Nacional Simão Mendes, afirmou que a fábrica vai minimizar o sofrimento dos pacientes deste centro hospitalar de referência.

Recordamos que, o referido hospital confrontava constantemente com a falta de garrafas de oxigénio para o atendimento dos pacientes.

Conosaba do Porto com Notabanca





VOLUNTÁRIA VÊ 800 DENTES POR HORA NA GUINÉ-BISSAU. ESCOVAS E PASTA SÃO UM LUXO



Inês Silva, 30 anos, dentista no Porto, inspecionou a boca de 44 crianças de uma instituição pré-escolar na capital da Guiné-Bissau numa hora.

Foi na manhã mais movimentada da semana: examinou "entre 800 a 900 dentes" que de outra forma nunca teriam uma consulta porque na Guiné-Bissau faltam especialistas e há famílias que preferem remédios caseiros.

Lavar os dentes com carvão em pó e sal, com um dedo a fazer de escova, é um desses hábitos.

A sensação abrasiva dos grãos faz crer numa limpeza a fundo, mas o desgaste é tanto que a dentição perde esmalte e as gengivas ficam feridas, alerta Inês Silva.

No entanto, as cáries "são o principal problema", queixa-se a dentista, voluntária da organização portuguesa sem fins lucrativos Mundo a Sorrir, coordenadora da intervenção na Guiné-Bissau.

A situação parece melhor que noutros países lusófonos, mas ainda há "muitas crianças com menos de seis anos com os dentes completamente destruídos, abcessos e muitas dores que os obrigam a faltar à escola", descreve.

Este cenário é agravado no interior da Guiné-Bissau, onde há regiões com dificuldade em ter escovas, pastas com flúor ou médicos dentistas.

Lavar os dentes pode muito bem ser uma das receitas para desenvolver o país e é por isso que, antes de cada rastreio, Inês Silva e a enfermeira Dália Santos juntam miúdos e graúdos em ações de sensibilização.

"Um copo com água, uma escova e pasta, para lavar os dentes é o que me basta", é o refrão da música que todos cantam várias vezes até a rima ficar na cabeça.

Nisto de fazer rastreio aos dentes "algumas crianças assustam-se, mas depois aceitam com naturalidade" a consulta e os hábitos de escovagem, conta Adriana Justino, coordenadora do Programa de Educação Pré-Escolar (PEPE).

Este programa de missionários da Convenção Batista Brasileira é um dos parceiros da Mundo a Sorrir na Guiné-Bissau, com muita fé na capacidade preventiva destas intervenções.

Seis crianças que passaram pelo rastreio e receberam uma dose de flúor na dentição (dada a cada seis meses) precisam de tratamento e as famílias vão ser avisadas -- no caso mais grave já se perdeu metade dos dentes devido a açúcar em excesso e falta de escovagens.

No futuro, a Mundo a Sorrir espera poder atendê-las gratuitamente numa clínica que vai começar a construir em Bissau.

Uma clínica móvel está entretanto pronta a funcionar fora da capital.

O material cabe numa mala de viagem e vai ser operado pelos voluntários que estão regularmente a passar pelo país.

Tudo somado resulta em "realização pessoal e profissional" refere Dália Santos, 36 anos, enfermeira no Hospital de Santo António, no Porto, que abdicou das férias para estar na Guiné-Bissau, suportando parte das despesas.

"Em Portugal, tenho tudo à mão para fazer enfermagem. Aqui é um desafio conseguir ajudar outra pessoa" e capacitar novos profissionais, refere.

Um trabalho que é um "bem maior" sempre "gratificante", conclui Inês Silva.

As cáries que se cuidem porque nos próximos meses vai haver sempre voluntários da Mundo a Sorrir na Guiné-Bissau, que, além da capital, vão visitar as regiões, incluindo as ilhas.

Lusa com Conosaba do Porto


“AS CONDIÇÕES DAS CELAS DA PJ É O RAZOÁVEL PARA PRESERVAR A PAZ SOCIAL”-DIZ O PGR



O Procurador-geral da República (PGR) Admite que não é justo a situação em que se encontram os reclusos nas celas do Centro de Detenção da Policia Judiciaria (PJ) em frente do mercado de Bandin, mas conforme disse, “é o razoável para preservar a paz social”.

António Sedja Man que falava aos jornalistas após ter visitado as instalações prisionais da PJ, disse que as celas não têm condições para se albergar reclusos. “Agora fechar as celas e pôr os criminosos em liberdade para pôr em causa a sociedade, não estou de acordo”, observou PGR numa clara discordância com a exigência da Liga Guineense dos Direitos Humanos que exige o fecho das celas por falta de condições.

PGR ordenou a reposição de armamento ao corpo de Guarda Prisional que não detinha de nenhuma arma no local. “ Os bandidos estão armados até aos dentes, os Guardas Prisionais não estão armadas. Isto não é possível”, Indicou Sedja. 

Sedja Man sublinhou que os reclusos que se evadiram as celas da PJ, muitos são reincidentes de crimes de homicídios, assaltos a mãos armadas aos bancos, supermercados, armazéns, botequins e residências. Ordenou a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades dos autores que puseram os reclusos em fuga.

A PJ em colaboração com a PIR e POP conseguiram recuperar oito dos vinte e quatro fugitivos.

Notabanca com Conosaba


Papia son Menina Neia 2016

PARTIDO AFRICANO DA INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE


2ª Sessão Extraordinária do Comité Central do PAIGC


28 de outubro de 2016


RESOLUÇÕES FINAIS


(dos 203 Presentes 201 votaram SIM e duas abstenções)

O Comité Central do PAIGC reuniu em Sessão Extraordinária no dia 28 do mês de outubro de dois mil e dezasseis, no Salão Nobre “Amílcar Cabral”, Sede Nacional do Partido, em Bissau, sob a presidência do Camarada Eng.º Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido.
O Comité Central adotou por maioria a seguinte Ordem do dia:
1. Informações:

a) Teor e espírito do Acordo de Conakry;

b) Carta Aberta do Espaço de Concertação Política;
2. Implementação dos Acordos de Bissau e Conakry:

a) Escolha do Primeiro-Ministro;

b) Formação do Governo de Inclusão;
c) Reintegração dos 15;
d) Reformas estruturais;
e) Estabilidade governativa até ao final da presente legislatura.

Na abertura dos trabalhos, o camarada Presidente Eng.º Domingos Simões Pereira teceu algumas considerações sobre o momento político que o país enfrenta, o posicionamento político e estratégico do PAIGC perante ela à luz dos Acordos de Bissau e Conakry.
O Comité Central foi informado dos detalhes relacionados com a reunião de concertação promovida sob os auspícios da CEDEAO e sob a presidência de Sua Excelência Senhor Presidente da República da Guiné-Conakry, Professor Alpha Condé, acompanhado pelo Senhor Presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel de Souza e pelos Representantes do Secretario Geral das Nações Unidas, da União Africana, do Senegal, de Angola, da Serra Leoa, que redundaram na aprovação e assinatura de todos os participantes dos Acordos de Conakry.
De seguida, o Comité Central foi informado sobre o teor de uma Carta Aberta a propósito dos Acordos de Conakry e da observância e aplicação da Constituição da República, elaborada pelos partidos políticos que integram o Espaço de Concertação Democrática, nomeadamente, o PAIGC, PCD, UM, PUN, PST e MP e dirigida ao povo guineense e de todas as forças vivas da nação, ou seja, a sociedade civil, partidos políticos, sindicatos, autoridades locais e religiosas.

O Comité Central do PAIGC deliberou:
• Congratular-se com os resultados da Mesa Redonda de Conacri e felicitar a Delegação do PAIGC, chefiada pelo seu Presidente, Eng. Domingos Simões Pereira, pelo excelente trabalho levado a cabo no decorrer das negociações;
• Felicitar e agradecer à CEDEAO, na pessoa do seu Mediador, Sua Excelência Professor Alpha Condé, Presidente da República da Guiné, assim como a sua equipa internacional que o acompanhou e assistiu, pelos esforços e dedicação que vêm consentindo na procura de saída da profunda crise política e institucional em que a Guiné-Bissau foi forçada a mergulhar;
• Ratificar a posição e a decisão assumidas pela Delegação do Partido e pela Comissão Permanente do Bureau Político, relativamente aos pontos constantes do Acordo de Conacry;
• Exigir a implementação rápida e integral dos Acordos de Bissau e de Conacri, apelando a todos os seus subscritores, em particular aos Órgãos de Soberania, pelo seu escrupuloso cumprimento;
• Exortar o Senhor Presidente da República a aceitar e respeitar os compromissos assumidos em Conakry e permitir a nomeação do Primeiro-Ministro e o Governo, em conformidade com o Acordo de Conacry, o que a não acontecer configuraria uma flagrante violação da letra e espirito do acordo e um desperdício de uma oportunidade soberana de reaproximação e reconciliação;
• Reafirmar a firme determinação no respeito escrupuloso e incondicional aos princípios, orientações e valores do partido, fazendo aplicar sem reticências os seus estatutos e normas internas;
• Felicitar e encorajar o Presidente do Partido, a Comissão Permanente do Bureau Político e o Grupo Parlamentar do PAIGC a prosseguirem com os esforços de reconciliação interna, à luz das recomendações emanadas das comemorações do 60º aniversário do nosso Partido e do princípio plasmado no Acordo de Conacry;
• Encorajar os 15 militantes sancionados a alinharem-se com o espirito da reconciliação lançado no âmbito das comemorações do 60º aniversário, bem como do Acordo de Conacry, manifestando a sua sujeição aos ditames dos Estatutos do nosso Partido e não se deixarem instrumentalizar pelas estratégias individuais alheias ou de outras formações políticas adversárias;
• Remeter ao Conselho Nacional de Jurisdição o assunto relacionado com a reintegração dos 15 militantes sancionados, visando conformar o processo aos Estatutos do PAIGC, nomeadamente o seu artigo 46º, nºs 1 e 3, exortando-o a acompanhar e traduzir a materialização dos novos factos que configurem o novo ambiente de unidade e coesão interna no partido;
• Aprovar uma Moção de Louvor para com a delegação do PAIGC que se deslocou a Conacri chefiada pelo camarada Presidente Eng. Domingos Simões Pereira, e que nesse fórum de concertação defendeu os valores da democracia, da liberdade e da legalidade, bem como aos Presidentes e 1º Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular e extensiva à CEDEAO na pessoa do seu Mediador, Sua Excelência Presidente da República da Guiné, Professor Alpha Condé

O Comité Central se congratula pela forma como os trabalhos foram conduzidos e pelos resultados alcançados, num ambiente de grande e responsável militantismo.

O Comité Central do PAIGC registou com muito apreço o apelo à responsabilização e a pacificação do Partido em nome da verdade e da legalidade e exortou a todas as entidades e estruturas do partido a transformarem o espirito de Conacri numa oportunidade de pacificação e união do PAIGC.

Feito em Bissau aos vinte e nove dias do mês de outubro de 2016.
O Comité Central



OS NOVOS EQUIPAMENTOS DA SELECÇÃO GUINEENSE PARA O CAN 2017




EQUIPAMENTOS SÃO MAIS LEVES E ELÁSTICOS

A Selecção Nacional já tem novos equipamentos para o CAN 2017 que decorre no Gabão.

A marca francesa QELEMES, patrocinador, vai fornecer equipamentos à selecção nacional.

Uma fonte da Federação de Futebol da Guiné-Bissau explica à Rádio Jovem que os equipamentos são mais leves e têm uma maior elasticidade do que os anteriores, permitindo uma maior liberdade de movimentos dos jogadores.

Rádio Jovem Bissau com Conosaba









GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU OFERECE DUAS VIATURAS A EQUIPA TÉCNICA DA SELECÇÃO NACIONAL DE FUTEBOL


O governo da Guiné-Bissau, liderado por Baciro Djá, ofereceu, na sexta-feira, duas viaturas a equipa técnica que garantiu a primeira presença da selecção nacional de futebol na fase final de um CAN. Uma espécie de prenda pelo feito inédito.

Baciro Cande, selecionador principal, recebeu as chaves da Volkswagen Touareg, enquanto que a viatura ( Nissan Murano) fica à disposição de Romao Dos Santos e os restantes elementos da equipa técnica, disseram fontes do executivo.

A seleção nacional vai integrar o Grupo A do CAN-2017, juntamente com Gabão, Camarões e Burkina Faso.

A Guiné-Bissau estreia-se no torneio no dia 14 de janeiro, frente ao Gabão, país anfitrião da prova.

Rádio Jovem Bissau com Conosaba






«MÉNHER MÉNHER» GUINÉ-BISSAU: PARA QUANDO UM NOVO PRIMEIRO-MINISTRO?



José Mário Vaz parece estar longe de escolher o novo primeiro-ministro. Forças políticas do país dizem que Presidente da República está de mãos atadas. Parlamentares já falam em “eleições antecipadas”.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, terminou nesta quinta-feira (27.10) as auscultações às forças políticas sem anunciar o que irá fazer sobre o futuro do país. Os partidos com assento parlamentar e outras entidades continuam a fazer interpretações diferentes sobre o acordo assinado em Conacri a 14 de outubro para ultrapassar a crise política no país. Mas não há consenso quanto à figura que o Presidente deve nomear como novo primeiro-ministro.

O general Umaro Sissoko, o diretor do Banco Central, João Fadia, e um quadro do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Augusto Olivais, são os três nomes na mesa - sendo este último defendido pelo partido de Simões Pereira, que venceu as eleições de 2014.

A atual situação política vigente no país é caraterizada pela incerteza e divergências quanto à fórmula ideal para desbloquear o impasse que perdura há mais de um ano. Tudo está literalmente parado no que concerne às negociações. Depois de os principais atores políticos envolvidos na crise rubricarem o Acordo de Conacri, na primeira quinzena de outubro, os guineenses ficaram ainda mais confusos quanto à verdadeira vontade política em solucionar o impasse.

Pressão política

Os principais parceiros internacionais do país, preocupados com a situação de radicalismo e extremar de posições, pediram esta semana uma rápida implementação do Acordo de Conacri que prevê a nomeação de um novo primeiro-ministro de consenso e de confiança política do Presidente, José Mário Vaz.

O representante da União Africana em Bissau, Ovídio Pequeno, nota que ainda há muito trabalho por fazer para retirar a Guiné-Bissau desta crise política. "Reafirmamos toda a nossa disponibilidade para ajudar o país a sair desta situação de momento o mais rapidamente possível. De momento nós reservamos porque temos algum trabalho por fazer”.

O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, classificou esta quinta-feira de "desapropriada" a auscultação do Presidente da República às forças políticas realizadas ao longo desta semana. Simões Pereira exigiu o fim da crise, com base no respeito pela Constituição guineense.

"O Presidente só é Presidente se respeitar a Constituição. Se não, veremos o que lhe vai acontecer", disse. "O Presidente da República deve garantir o normal funcionamento das instituições. Elas não funcionam. Esperávamos uma atitude diferente do Presidente, o que não encontramos", declarou.

Conflitos internos

Por seu turno, Braima Camará, ouvido em representação do "grupo dos 15" ( dissidentes do PAIGC), destacou que o acordo prevê que seja José Mário Vaz a escolher um nome e afirma que a crise só será resolvida se o grupo dos quinze deputados expulsos do PAIGC forem readmitidos no partido.

"Em primeiro lugar, devia-se pautar pela resolução de problemas no partido e depois dar passos seguintes. Levantamento de todas e quaisquer restrições impostas pela direção do partido aos dirigentes sancionados. Sem isso, estamos a brincar com o país”, disse Camará.

Segundo o primeiro-ministro Baciro Djá, o Acordo de Conacri não prevê três nomes para chefiar o Governo e não houve consenso sobre uma figura. Baciro Djá entende que devem ser criadas condições para fazer funcionar o Parlamento, permitindo-lhe apresentar e aprovar os dois principais instrumentos de governação por ser um Governo legalmente constituído.

"Somos um Governo legalmente constituído e temos uma maioria no Parlamento. Estamos disponíveis a abrir o Executivo para a entrada da oposição. É preciso que se faça uma interpretação correta do acordo".

Consenso pode estar longe

O PAIGC domina os órgãos parlamentares, recordou o vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Inácio Correia, que depois do encontro com o Presidente admitiu que a crise possa prolongar-se. Já para o presidente da União para a Mudança, Agnelo Regalla, se não houver nenhuma solução, talvez seja melhor que o país decida avançar para um processo de eleições antecipadas.

Das outras duas forças no Parlamento, Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática (PCD), defendeu que "a crise não pode continuar", enquanto Iaia Djaló, do Partido da Nova Democracia (PND), defende como necessárias as reformas legislativas previstas no Acordo de Conacri.

Enquanto isso, a maioria dos partidos políticos sem representação parlamentar pediu ao Chefe de Estado para dissolver a ANP, convocar novas eleições e formar um Governo de Unidade Nacional. Marciano Indi, do partido Assembleia do Povo Unido, disse que o Presidente lhes informou que não sabe o que fazer.

Presidente de mãos atadas?

"O Presidente disse-nos que se nomear um elemento do PAIGC para o cargo do primeiro-ministro, os quinze e o PRS vão bloquear o país; e se nomear um representante dos 15 o PAIGC continuará a bloquear o normal funcionamento das instituições do Estado".

Carmelita Pires, ex-ministra da Justiça e líder de PUSD, considera o Acordo de Conacri um atentado à soberania da Guiné-Bissau e que as atuais dinâmicas não têm pernas para andar.

"Consenso não é isto. Precisa-se de alguém que utilize esta guerra para definir um plano de emergência que tire o povo deste sofrimento. Este não é caminho certo para o país. O Acordo de Concri não vai resolver o problema".

Observadores notam que este impasse político que se arrasta há mais de um ano está nomeadamente a asfixiar a economia da Guiné-Bissau, para além descredibilizar o país junto da comunidade internacional.

Conosaba com dw


sábado, 29 de outubro de 2016

«CPLP» ORGANIZAÇÃO TEM "MUITO POTENCIAL E FUTURO" - GUINÉ-BISSAU


A Guiné-Bissau considera a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) um espaço "com muito potencial e futuro", disse o representante do país na organização.

A CPLP é "uma das grandes organizações mundiais" com "potencial em vários domínios", acrescentou Mbala Fernandes, representante guineense na comissão de concertação permanente da CPLP e encarregado de negócios da Guiné-Bissau em Portugal.

Se o espaço da CPLP for aproveitado na plenitude, poderá ajudar a mudar a vida dos cidadãos lusófonos, destacou, em declarações à Lusa a propósito da XI conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que se realiza na segunda e na terça-feira, em Brasília.

Lusa com Conosaba

PRESS RELEASE | LANÇAMENTO SINGLE | CREMILDA MEDINA - RAIO DE SOL


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

TIMOR-LESTE CONDECORA JORGE SAMPAIO E MÁRIO SOARES



Timor-Leste atribuiu hoje aos antigos Presidentes portugueses Mário Soares e Jorge Sampaio o Grande Colar da "Ordem de Timor-Leste", como "profundo reconhecimento" pela "solidariedade e apoio ativo" na luta pela independência, anunciou, em Lisboa, o Presidente timorense.

Taur Matan Ruak, manifestou "o profundo reconhecimento pelo humanismo, as inúmeras expressões de solidariedade e o apoio ativo com que [Soares e Sampaio], ao longo dos anos, alimentaram a luta pela liberdade, autodeterminação e independência de Timor-Leste".

"Ambos fizeram contribuições fundamentais para a existência de Timor-Leste livre e para a amizade fraternal entre timorenses e portugueses", destacou o chefe de Estado timorense, depois de entregar as insígnias ao antigo Presidente Jorge Sampaio e a João Soares, que representou o seu pai, o ex-chefe de Estado Mário Soares.

Taur Matan Ruak sublinhou o papel dos portugueses para a causa da independência timorense.

"A vossa solidariedade foi uma solidariedade genuína de um povo irmão. Muitos portugueses tomaram a luta do povo timorense como sua. Participaram ativamente em iniciativas da resistência, apoiaram os nossos refugiados e, em geral, os timorenses exilados. Em muitos casos, tiveram um papel importante na divulgação e promoção da causa timorense", disse.

O Presidente referiu-se também à eleição de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas, que disse ver "com muita satisfação".

"É uma vitória para todos os Estados-membros da ONU e da nossa civilização, mas em especial para o povo português, para nós, timorenses, e para a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] e de todos aqueles que lutam pela paz e pela justiça", salientou.

Por fim, Taur Matan Ruak agradeceu "a Portugal e aos portugueses a sua solidariedade no passado e também no presente".

"Esta é hoje constituída pela importante assistência que os portugueses dão ao esforço dos timorenses para a consolidação institucional e o desenvolvimento económico e social. O apoio de Portugal continua a ser valioso para nós", garantiu.

No mesmo sentido, Jorge Sampaio destacou o "relacionamento especial, particular, que une os dois países, correspondido pela sólida amizade e grande afeto que ligam portugueses e timorenses".

O antigo Presidente afirmou que, durante os seus mandatos em Belém (1996-2006), se bateu "intransigentemente pelo exercício livre e democrático do direito à autodeterminação de Timor-Leste".

"Fi-lo no cumprimento dos preceitos da Constituição portuguesa, do dever político que me cabia e de um compromisso solene em nome dos vínculos indestrutíveis que uniam Portugal aos timorenses, mas também pela solidariedade para com o povo timorense na sua resistência constante contra uma brutal opressão", acrescentou.

Sampaio sublinhou depois que "pelas suas lutas passadas, o povo timorense tem o irrecusável direito ao futuro, um futuro de paz, democracia, liberdade, justiça e progresso económico e social para toda a comunidade".

Estiveram presentes na cerimónia o prémio Nobel da Paz Ximenes Belo (1996) e o presidente da Assembleia da República de Portugal, Eduardo Ferro Rodrigues.

O Presidente timorense entregou também a medalha da "Ordem de Timor-Leste" a Pascoela Barreto dos Santos, ao major-general Arnaldo José Ribeiro da Cruz, a Arnold S. Kohen, a Carlos Eduardo de Medeiros Gaspar e Amílcar Rodrigues Dias, e distinguiu, a título póstumo, com a insígnia da "Ordem de Timor-Leste", Eugénio da Silva, Francisco Pinto Boavida e Maurício Pereira.

Lusa/Conosaba

Jorge Sampaio e Mário Soares 

BUBO NA TCHUTO, LIBERTADO DE UMA PRISÃO AMERICANA, PRETENDE REINTEGRAR NAS FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ-BISSAU


Bissau - O antigo chefe da Marinha bissau-guineense, Bubo Na Tchuto, libertado após ter cumprido uma pena de prisão nos Estados Unidos, por tráfico de droga, solicitou ao Presidente José Mário Vaz, a sua reitegração nas Forças armadas, noticiou a AFP.

O contra-almirante Na Tchuto, que regressou ao seu país a 22 de Outubro, fez essa solicitação durante uma audiência mantida com o presidente Vaz, soube-se esta sexta-feira de fontes concordantes.

"Regresso de uma viagem que me afastou do país durante três anos. É normal que no meu regresso tenha a oportunidade de ver o chefe supremo das forças armadas", declarou a imprensa.

"Discuti com o presidente a minha reintegração no exército. Agora, tudo depende do presidente. Sou um veterano de guerra de independência desse país, dei tudo por esse país", acrescentou o oficial.

Interrogado sobre a situação de Bubo Na Tchuto, o Primeiro-ministro Baciro Dja afirmou tratar-se de "um filho do país, um veterano de guerra de independência, tendo desejado-lhe as "boas-vindas ao seu país".

"Não conheço ainda as circunstâncias da sua libertação, por isso, não me posso pronunciar sobre o seu caso", acrescentou Dja.

Um novo chefe da Marinha, Carlos Alfredo Mandungal, foi nomeado em Julho, em substituição de Sanha Klucé, falecido em Maio.

Capturado pela polícia americana em Abril de 2013, por tráfico de droga e detido nos Estados Unidos desde então, Bubo Na Tchuto mostrou-se culpado durante o seu julgamento em Maio de 2014, da acusação de "conspiração por importar substâncias controladas".

Foi condenado a 04 de Outubro à quatro anos de prisão por um tribunal de Nova Iorque, o que, tendo em conta os cerca de três anos passados em detenção e a uma redução da pena em seis meses por boa conduta, culminou com a sua libertação, indicou quinta-feira a administração penitenciária americana.

A sua detenção, como a inculpação em 2013 do chefe do estado-maior, o general António Indjai, exonerado em Setembro de 2014 por Mário Vaz, ilustrou o aumento do tráfico de droga na África do Oeste, e o lugar da Guiné-Bissau nesse tráfico, com a presumível cumplicidade de altos responsáveis militares. 

O representante especial da ONU na África do Oeste Mohamed Ibn Chambas, saudou em Novembro de 2015, os progressos registados pela Guiné-Bissau na luta contra o narcotráfico desde a eleição presidencial de Vaz em 2014. 

Conosaba com angop 

OFTALMOLOGISTA ADVERTE SOBRE CONSEQUÊNCIAS DO USO DE ÓCULOS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA



Bissau,28 Out 16 (ANG) – O Chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital Nacional “Simão Mendes” apela aos guineenses para se abdicarem de uso de óculos de vista sem prescrição médica.

Em declarações à Agência de Notícias da Guiné, o médico Oftalmologista Meno Nabicassa, disse que é preciso deixar a prática de automedicação que se verifica no país, principalmente em relação ao uso de óculos graduados ou de correção de vista.

Meno Nabicassa avisou que o uso de óculos sem orientação médica, acarreta consequências imprevisíveis, nomeadamente fadiga, crescimento da catarrata nos olhos devido ao esforço para tornar a imagem mais nítida, e stress.

Por isso, aconselha que não basta ter dificuldades de visibilidade para comprar óculos, mas que se deve procurar um especialista da área para lhe indicar o que é preciso fazer e, se for necessário, que tipo de óculos usar.

Instado a falar sobre os sintomas de dores de olhos, o médico oftalmologista disse que se for conjuntivite a vista fica vermelha, com lágrimas a escorrerem na face. “Nesta altura, a pessoa fica com pálpebras inflamadas e dificuldades ou incomodo perante a claridade da luz solar.

“Há também dores de olhos que são provocadas pela alergia dos produtos de maquiagem, que podem penetrar nos olhos e provocar reações adversas”, informou, aconselhando as mulheres a deixarem de colocar as pestanas falsas nos olhos.

Em relação às pessoas que adquirirem ôculos nos países europeus e que a sua visibilidade as vezes normaliza, Meno Nabicassa exorta-as a se dirigirem para centros de saúde para que esses oculos sejam examinados por um técnico oftalmologista competente. 

ANG/LPG/ÂC/SG com Conosaba

GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU E NAÇÕES UNIDAS ENTREGAM CABAZES PARA REINSERÇÃO DE MULHERES


O Ministério da Saúde da Guiné-Bissau e o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) entregaram hoje cabazes a 26 mulheres tratadas a fístula obstétrica para promover a sua reinserção social.

Os cabazes incluem sacos de 50 quilos de açúcar, arroz e outros produtos domésticos.
"Pretende-se dar a estas mulheres a oportunidade de desenvolverem pequenos negócios e gerarem rendimentos para que possam contribuir para a economia familiar, permitindo-lhes retomar as suas vidas", referiu Kourtoum Nacro, representante do UNFPA na Guiné-Bissau, durante a cerimónia de distribuição.
A fístula obstétrica é uma perfuração causada em partos sem os cuidados necessários que provoca perdas de urina e fezes e afeta a vida reprodutiva das mulheres, levando por vezes à sua exclusão familiar e social.
As 26 mulheres que hoje receberam os cabazes sofriam do problema e foram operadas durante uma campanha realizada em abril no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau.
Os cabazes visam o passo seguinte: "contribuir para a sua participação [na sociedade] e melhorar a qualidade de vida com dignidade", concluem o Ministério da Saúde da Guiné-Bissau e o UNFPA.
Lusa/Conosaba

ACOBES E ONG ADPA LUTAM PELA CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE

A Associação dos Consumidores de Bens de Serviços (ACOBES) e a ONG Acção para Defesa e Promoção Ambiental (ADPA), rubricaram esta quinta-feira (27/10), em Bissau, um acordo de parceria que visa controlar a especulação de preços, produtos fora de prazo e preservar o ambiente
O acordo também tem como base no frequente aumento de evacuação de produtos fora de prazo em lugares inapropriados e a entrada de venda de sacos de plásticos entre outros em defesa e promoção do meio ambiente.
Na ocasião, o presidente da ACOBES, Fodé Carambá Sanhá, disse que esta parceria poderá colmatar, entre outros, os problemas de especulação de preços e a conservação do meio ambiente em defesa dos consumidores.
“Para formulamos um convénio uma aliança, para podermos ter uma responsabilidade de intervenção, vamos estar em dia com o plano e programa de acção, estamos disponível em interagir caso querem aproveitar alguma coisa da associação, e delegamos a ONG a confiança de assumir enquanto consumidor e velar para que o problema de ambiente e defesa dos consumidores”, reafirma Fodé Sanhá que disse que o convénio também permitirá controlar os contractos de luz nos bairros.    
Entretanto, a Vice-secretária da ONG Acção para Defesa e Promoção Ambiental, ADPA, Aissatu Baldé, afirma que a assinatura deste acordo visa essencialmente aumentar a intervenção das duas organizações com vista a minimizar certas práticas nefastas ao ambiente que pede ainda toda a camada social no sentido de colaborar mediante necessárias e ajudar a divulgar os factores que põem em causa o meio ambiente.   
Entretanto sobre o uso de sacos de plásticos embora a decisão do governo em suspender a sua comercialização, o director de Serviço Ambiente, Urbano e Controlo de Posição, Quecuto Indjai, disse que o ministério que representa pretende desencadear, no início do próximo mês, uma sensibilização nesta matéria.
Segundo ele o governo pretende desencadear uma sensibilização entre os dias 4 ou 6 do mês próximo, sobre a sensibilização o impacto de importação de sacos de plásticos, combustível e outras substâncias como gases e vão estruturar preços.
“Para isso deve haver uma boa politica porque já existe uma lei mas o que falta é uma boa política sendo que temos um país mineiro”, finaliza.      
Na Guiné-Bissau, desde 2 de Setembro de 2013, existe uma lei que proíbe a comercialização de sacos de plástico. Esta medida foi tomada como estratégia para conservar a natureza. E já estão disponíveis sacos bio degradáveis na Imprensa Nacional. Embora esta decisão ainda continuam a ser verificado aumento de uso de sacos de plástico que por vezes são abandonados nas ruas.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bibia Mariza Pereira com Conosaba