terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

A delegação interministerial composta pelos Ministérios do Ambiente e Biodiversidade, dos Recursos Naturais e do Interior deslocou-se hoje, terça-feira (28.02) para constatar "in-louco" da situação conflituosa da empresas BISTEINE AS e INERTES, SARL, que intervêm no processo de exploração de dolerites no setor Quebo, na tabanca de Cuntabane na zona do Rio Gunoba.

 










Passeata: Encontro entre: Líder do Madem-G15, Braima Camara, Presidente da República da Guiné-Bissau, General Umaro Sissoco Embalo e Deputado Hussain Faraht no Círculo Eleitoral 24, hoje em Bissau, 28/02/2023

Dirigentes e militantes do Madem-G15 do C.E.24, organizaram uma passeata hoje (28) o Coordenador Nacional do Madem-G15, Sr. Braima Camará e o Deputado da Nação Hussein Faraht, junto com o Ministro das Obras públicas e Urbanismo Fidelis Forbs também fizeram presentes para cumprimentar e trocar expressões com o eleitorado daquele círculo.


MADEM G-15/CACHEU-II


O Deputadao da Nação igualmente Lider da Bancada Parlamentar do Movimento Para Alternância Democrática MADEM G15, Dr. Abdu Mané, eleito no #Círculo_Eleitoral_19, efectuou uma visita àquela localidade Sector de Bigene concretamente tabanca de Bucaur.
MADEM G-15 I SOLUÇÃO PA GUINÉ BISSAU.






Reencontro entre: Braima Camara e Deputado Hussain Faraht no Círculo Eleitoral 24 em Bissau, 28/02/2023

Dirigentes e militantes do Madem-G15 do C.E.24, organizaram uma passeata hoje (28) o Coordenador Nacional do Madem-G15, Sr. Braima Camará e o Deputado da Nação Hussein Faraht, junto com o Ministro das Obras públicas e Urbanismo Fidelis Forbs também fizeram presentes para cumprimentar e trocar expressões com o eleitorado daquele círculo.









Notícia!

A Guiné-Bissau assinala 3 anos da Presidência do General Umaro Sissoco Embalo. Três anos marcados pela, logo no início, recusa dos resultados eleitorais e, ensombrada pela crise sanitária de covid-19. Ao meio percurso, foi a tentativa de golpe de estado de 1 fevereiro. Perante a crónica instabilidade do país que aliás ceifou a vida do Presidente Nino Vieira, a diplomacia falou mais alto para resgatar a imagem do país e lutar pela retoma da cooperação com os parceiros internacionais através do FMI que agora é uma realidade, apesar da crise mundial provocada pela Guerra na Ucrânia. Os desafios da estabilidade, combate a pobreza e a infraestruturação ainda continuam.

História na Democracia Guineense!

Hoje, faz três anos que, a efetividade de troca de faixa Presidencial entra em vigor em todo o País, entre o Ex Presidente da República Dr. José Mário Vaz e o General Úmaro Sissoco Embaló, atual Chefe de Estado da República da Guiné-Bissau.
Que Deus abençoe esta Naçãon
Que a Paz e Estabilidade reinam entre nós;
27 de Fevereiro 2023.



Em Bissau, após um longo périplo político! Fev. 27 de 2023

 

https://www.facebook.com/watch/live/?ref=watch_permalink&v=603010064529542

General di povo.

Venho aqui convidar muito respeitosamente ao nosso jovem General Presidente da República, Omar El Mokhtar Sissoco Embalo, para a partir desta data instruir todos os serviços competentes para recensearem, no pais e no estrangeiro, os bens ilicitamente adquiridos por ex ou atuais governantes, e imediatamente proceder a sua confiscação e devolução àquele a quem esses bens pertence, o POVO.
Quantos desses senhores, “petits senhores” que, depois da nomeação, em menos de dois anos no cargo, construíram mansões, pagaram bilhetes às suas namoradas para irem passar férias no estrangeiro, particularmente em Portugal, compraram apartamentos ou casas no Senegal, Gambia, Portugal, França, etc.?
O lugar desses “caras” devia ser na prisão, condenados com uma pesada pena, por roubarem o povo e prejudicarem o Estado de tal forma que vê os seus planos de desenvolvimento comprometidos.
Esses “caras” vêm agora com a “lata” de FRENTE COMUM, para poderem continuar a gatunice que tem sido o seu habito desde a abertura política até a
Data, aproveitando-se da situação de impunidade, devido ao não funcionamento da nossa justiça.
Mas não se deve atribuir a culpa a ninguém, mas sim ao Comandante Supremo das Forças Armadas, o jovem General Presidente, que em vez de se assumir como exclusivo Comandante do barco, decidiu confiar em colaboradores, muitos dos quais não estão minimamente preparados para o exercício dos cargos para que foram nomeados, i manga delis pensa cuma na brutascu ou cu ronca matchundadi é que vão conseguir desestabilizar Nhu General.
Não estou aqui a defender, de forma alguma, o Presidente da República, e nem concordo com muitas das decisões que toma, sobretudo a sua falta de atenção, o que permitiu a ocorrência das atrocidades que assistimos durante esse seu curto período no cargo.
Mas estou sim focado na defesa dos interesses deste povo que vem sendo roubado sistematicamente por supostos políticos que, em vez de passarem todo o tempo a espreitar por cargos públicos, deveriam canalizar as suas energias para outros sectores onde até poderiam ser mais uteis do que esperar por uma oportunidade para continuarem na gatunice.
Que o Presidente da República assuma as suas responsabilidades e crie as indispensáveis condições para que os órgãos de controlo, de investigação e de repressão possam iniciar já o trabalho de identificação dos bens adquiridos por esses gatunos, através de desvios com vista a confisca-los e devolver ao Estado/Povo.
A esse apelo, aconselho os partidos progressistas a não aderirem e, independentemente dos contenciosos, reais ou imaginários, para apoiarem o Presidente da República nessa cruzada.
Assim, não se falara mais de FRENTES COMUNS para melhor se organizar campanhas de gatunice/gatunagem.
ABAIXO A CORRUPÇAO E OS CORRUPTOS!
ABAIXO O CRIME ORGANIZADO!
ABAIXO O OPORTUNISMO!
ABAIXO MON MOLES!
MAS TAMBEM, BASTA DE NOMEAÇAO DE GOVERNANTES NAO PREPARADOS E MUITO MENOS ANALFABETOS!
TENHO DITO.
Por: Yanick Aerton

Literatura/ONG Tininguena e LGDH lançam livro sobre Administração Pública


Bissau, 28 Fev 23 (ANG) – A ONG Tininguena, em parceria com a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), procederam hoje ao lançamento de um livro que retrata os procedimentos que regem a Administração Pública na Guiné-Bissau, nomeadamente admissão do pessoal e o funcionamento das instituições públicas.

Na abertura do evento, o Director Executivo da ONG Tininguena e um dos orientadores da produção do referido livro, Miguel de Barros disse que prestar serviço a um cidadão não é um favor, mas sim uma obrigação que um Estado tem para com os seus concidadãos.

Segundo Barros, a produção do livro implicou a recolha de dados em quase todos os ministérios do país e nas instituições do Estado instalados as regiões do interior.

“Não foi uma tarefa fácil, a nossa equipa de trabalho tinha que enfrentar vários obstáculos no terreno, mas com a vontade e persistência demostrada, conseguiu efetuar um bom trabalho, de recolha dos dados e informações das pessoas, a respeito do funcionamento da Administração Pública na Guiné-Bissau”, disse Barros.

Disse que o estudo realizado no terreno demonstrou que a política e o nepotismo influênciam muito a Administração Pública da Guiné-Bissau.
“Ficou apurado que o procedimento legal da admissão dos funcionários públicos em diferentes ministérios do país não respeita a lei, e maioria dos funcionários é admitida por influência política, e outras razões ”, assegurou Miguel de Barros.

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) Augusto Mário da Silva disse que falar da Administração Pública é falar da satisfação das necessidades coletivas, e que é ao Estado que se incumbe dessas necessidades coletivas.

Augusto Mário acrescenta que a Administração Pública tem por objetivo, satisfazer as necessidades dos cidadãos de acordo com as políticas públicas concebidas pelo Estado.

“Dai que é importante a ação da Sociedade Civil, a fim de articular-se com o Estado, na fiscalização das atividades administrativa, porque toda a atividade administrativa é feita no interesse do cidadão”, disse o Presidente da LGDH.

“A nossa Administração Pública enfrenta vários problemas em diferentes setores, e é urgente reverter isso”, disse Rui Jorge Semedo, quem coordenou as atividades de recolha de dados para a confeção do livro.

A obra intitula-se “Administração Pública na Guiné-Bissau – Olhares e perceção sobre transparência e eficiência”, financiado pelo PNUD e contém 122 páginas.

Conopsaba/ANG/LLA/ÂC//SG

Novo modelo de vistos para imigrantes da CPLP entra em vigor na quarta-feira

O novo modelo que vai permitir a Portugal atribuir uma autorização de residência de forma automática aos imigrantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) entra em vigor na quarta-feira, segundo a portaria hoje publicada.

A portaria, publicada em Diário da República, determina o modelo de título administrativo de residência a ser emitido a cidadãos estrangeiros no âmbito do acordo sobre a mobilidade entre os Estados-membros da CPLP.

O documento, assinado pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, estabelece também uma taxa no valor de 15 euros pela emissão digital do certificado de autorização de residência.

O Governo justifica a atribuição de forma automática de uma autorização de residência aos cidadãos da CPLP, que inicialmente terá a duração de um ano, com o novo regime de entrada de imigrantes em Portugal, em vigor desde novembro de 2022 e que possibilita aos imigrantes da CPLP passarem a ter um regime de facilitação de emissão de vistos no país.

"A fim de dar cumprimento a esta disposição, revela-se, assim, necessário aprovar um modelo para o documento em referência, bem como definir as taxas devidas pelo respetivo procedimento de emissão", refere a portaria.

Segundo o ministro da Administração Interna, os imigrantes de países da CPLP vão beneficiar de um "estatuto de proteção até um ano", equivalente ao dos cidadãos que entraram no país para fugir à guerra da Ucrânia, em que o pedido de proteção temporária é feito através de uma plataforma `online`.

Para, José Luís Carneiro este modelo para os cidadãos de países da CPLP vai permitir que "possam beneficiar de um estatuto de proteção até um ano que permite acesso direto à segurança social, saúde e número fiscal".

Este processo vai permitir regularizar a situação dos milhares de imigrantes da CPLP, sobretudo brasileiros, que manifestaram interesse, entre 2021 e 2022, em obter uma autorização de residência em Portugal.

Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) disse à Lusa que em causa estão cerca de 150 mil imigrantes da CPLP, na maioria brasileiros, que entre 2021 e 2022 preencheram na plataforma eletrónica Sistema Automático de Pré-Agendamento (SAPA) as manifestações de interesse (pedido formalizado junto do SEF para obter uma autorização de residência).

Segundo o SEF, numa primeira fase do processo, os imigrantes vão ser contactados `online` e, após esta notificação, os cidadãos da CPLP serão legalizados ao abrigo deste novo regime de mobilidade, não sendo preciso uma deslocação presencial.

Os cidadãos da CPLP que a partir de quarta-feira pretendam vir para Portugal não necessitam de se estabelecer qualquer contacto com o SEF, tendo apenas que se deslocar às representações consulares portuguesas nos países de origem para obter o visto em Portugal com a duração de um ano.

O novo regime de entrada de imigrantes em Portugal indica que os cidadãos da CPLP podem obter um visto para procura de trabalho ou visto de residência CPLP, ficando dispensados da apresentação de seguro de viagem válido, comprovativo de meios de subsistência, cópia do título de transporte de regresso e apresentação presencial para requerer visto.

Além de Portugal, integram a CPLP Cabo Verde, Brasil, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.

Este processo acontece numa altura em que está a ser preparada pelo Governo a reestruturação do SEF, cujas funções administrativas em matéria de imigração vão passar para a Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMA).

No âmbito da reestruturação, que foi adiada até à criação da APMA, as competências policiais daquele organismo vão passar para a PSP, a GNR e a PJ, enquanto as atuais atribuições em matéria administrativa relativamente a cidadãos estrangeiros passam a ser exercidas pela APMA e pelo Instituto dos Registos e do Notariado.

A reestruturação do SEF foi decidida pelo anterior Governo e aprovada na Assembleia da República em novembro de 2021, tendo já sido adiada por duas vezes.

Dados do SEF dão conta de que a população estrangeira que reside legalmente em Portugal aumentou em 2022 pelo sétimo ano consecutivo, totalizando 757.252, e a comunidades brasileira foi a que mais cresceu, num total de total de 233.138.

Conosaba/Lusa

MAIS DE TRINTA MIL TONELADAS DE CASTANHAS DE CAJÚ CONTINUA AINDA NOS ARMAZÉNS DO PAÍS

O presidente de conselho de administração da confederação nacional de atores de fileiras de caju, aponta a má qualidade de castanhas de cajú como fator principal da não exportação de grande quantidade deste produto.

O responsável falava esta terça-feira em Bissau, durante a conferencia de imprensa realizada após a formalidade de assinatura de termo de posse de membros da Confederação Nacional de Atores da Fileiras di Cajú.

Agnelo Regala Lima Gomes, perante associados e membros de governo presentes no ato, aponta ainda a má qualidade de pomares de cajú como outo fator que condiciona a qualidade de castanhas de caju.

“Alé de má qualidade de pomares, também há uma outra situação que é a má conservação do produto pelos produtores”, disse.

O recém-nomeado, presidente de conselho de administração da organização, Agnelo Regala Lima Gomes, considera que o objetivo da sua organização e de melhoras o negócio de cajú.

“Objetivo principal desta confederação como eu disse, é de melhorar e proteger o negócio deste produto”, afirmou Lima Gomes, considerando que a produção de cajú deve ser melhorada para permitir o melhor escoamento.

A organização quer a maior aposta na produção de alta qualidade de cajú mediante mediante missões de divulgação e ensinamentos de boas práticas intensivas nas zonas rurais e garantir resultados mais satisfatória da qualidade de castanha.

Por: Ussumane Mané/radiosolmansi com Conosaba do Porto

Apenas 5% de mulheres jornalistas da Guiné-Bissau estão na direção dos órgãos

Apenas 5% de jornalistas do sexo feminino estão em lugares de direção de órgãos de comunicação social na Guiné-Bissau, o que demonstra o "um grave desequilíbrio" no setor, segundo um estudo hoje publicado em Bissau.

O estudo, “Segurança das Mulheres Jornalistas na Guiné-Bissau”, revela que das 12 rádios privadas em funcionamento no país apenas quatro têm mulheres jornalistas em lugares de direção, nomeadamente na Rádio Nossa (da igreja evangélica), Rádio Sol Mansi (igreja católica), jornal No Pintcha e Rádio Jovem.

Os fatores ligados à cultura guineense “que privilegia o homem” são apontados como elementos determinantes por esta situação, considera-se ainda no estudo.

No estudo salienta-se também que a fraca presença de mulheres nos lugares de direção potencia situações de assédio sexual das jornalistas, muitas vezes por parte dos colegas, dirigentes ou das fontes.

Num debate que se seguiu à apresentação do estudo na Casa dos Direitos, vários jornalistas relataram casos de assédio nas redações, situação que a presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Indira Correia Baldé, disse ser “repugnante e preocupante”.

“Temos de criar um mecanismo de denúncia de assédio nos nossos órgãos. Nada justifica assédio entre colegas de trabalho”, declarou.

No estudo também se apontou para situações de “agressões verbais e ameaças à integridade física” de mulheres jornalistas d, citando os casos da própria Indira Correia Baldé, da RTP-África, e Fátima Tchuma Camará, da RDP e da Rádio Nacional.

As duas jornalistas foram vítimas de agressões verbais nas redes sociais por parte de apoiantes de partidos políticos, que “não gostam da forma como aquelas abordam assuntos da atualidade” do país.

Os resultados obtidos levam-nos a concluir que é fundamental criar condições objetivas para promover a igualdade e equidade de género nas atividades jornalísticas, refere-se no estudo.

Todas estas situações, conclui-se, contribuem para uma fraca liberdade do exercício da profissão de jornalista na Guiné-Bissau sobretudo para as mulheres.

Conosaba/Lusa



Unicef alerta para fraude com bolsas de estudo na Guiné-Bissau em nome da agência

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na Guiné-Bissau alertou hoje para uma fraude na atribuição de bolsas de estudo que envolve a agência e pediu aos cidadãos "lesados" para apresentarem queixa junto das autoridades competentes.

“O Fundo das Nações Unidas para a Infância quer deixar bem claro a toda a população guineense, de forma particular aos pais e encarregados de educação, que não está a conceder bolsas de estudo”, refere a agência das Nações Unidas, numa nota à imprensa.

A Unicef justifica a divulgação da nota com as “sucessivas informações recebidas a respeito de alegadas cobranças” por parte da agência das Nações Unidas para a “concessão de bolsas de estudo, as quais são falsas”.

Fonte da agência das Nações Unidas explicou à Lusa que várias pessoas foram contactadas por telefone a serem informadas que para terem acesso a uma bolsa de estudo da Unicef tinham de fazer uma transferência monetária através de uma operadora de telemóveis.

A mesma fonte disse que houve pessoas que fizeram a transferência monetária e que depois “quando não viram o resultado” foram ao escritório da agência em Bissau dizer que ainda não estavam a receber a bolsa de estudo.

“A Unicef realça que não está a oferecer bolsa de estudo alguma e recomenda que todos os lesados por este esquema, ou todas as pessoas que tiverem informação útil a este respeito, se dirijam às entidades judiciárias competentes”, salienta na nota à imprensa.

Conosaba/Lusa 

ARÁBIA SAUDITA DOA 3000 CAIXAS DE CARCAÇAS DE CARNEIROS À COMUNIDADE ISLÂMICA GUINEENSE

A comunidade islâmica da Guiné-Bissau recebeu esta segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023, da delegação da Arábia Saudita três mil caixas de carcaças de carneiros para ajudar as populações mais carenciadas.

No ato da entrega pública, o responsável pela distribuição, Alonso Fati, agradeceu o gesto da Arábia Saudita e alertou que o donativo é destinado à população com menos possibilidades económicas, não para venda.

“Aconselhamos que ninguém venha isoladamente em nome de uma mesquita para receber as carcaças. A nossa delegação está orientada para proceder à distribuição. Nas regiões, os governadores e os imames centrais assinarão o respetivo termo, assim que receberem as carcaças”, disse.

Alonso Fati alertou que quem for apanhado a comercializar as carcaças será responsabilizado, apelando aos doadores que aumentem o número de carcaças, porque “recebíamos cinco mil caixas”.

Por sua vez, o chefe de gabinete do Ministro das Finanças, Santos Fernandes, assegurou que o governo criou as condições logísticas e financeiras para permitir a distribuição das carcaças em todo o território nacional.

Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
Conosaba/odemocratagb

Carnaval 2023: ESPECIALISTAS DEFENDEM A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CARNAVAL E PROFISSIONALIZAÇÃO DOS GRUPOS

Os especialistas guineenses na área cultural defenderam a institucionalização do carnaval e demais festividades bem como a profissionalização dos grupos culturais, de forma a elevar a performance do evento, permitindo que seja uma atração cultural para os países da sub-região, bem como a sua internacionalização.

Os especialistas foram convidados pelo semanário O Democrata para analisar a melhor forma de se manifestar o carnaval, contrariando o desvio da forma tradicional de se sair às ruas durante os festejos do carnaval e que se tornou objeto de crítica pela sociedade, bem como dos mecanismos necessários para a institucionalização daquele que é considerado o maior evento cultural da Guiné Bissau e defendem a sua internacionalização, particularmente para atrair a atenção dos países da sub-região.

Os peritos ouvidos são o antigo diretor-geral da Cultura, João Cornélio Gomes Correia, o arquiteto e pintor, Carlos Alberto Mendes Teixeira Barros e o coordenador do Grupo Cultural “Netos de Bandim”, Hector Diógenes Cassamá, defendem ainda um trabalho árduo para a profissionalização dos grupos culturais.

O Carnaval é uma festa popular tradicional realizada em diferentes locais do mundo. O termo “carnaval” deriva do latim “carnis levale”, que significa “retirar a carne” e suas origens remontam à Idade Média tem associação direta com o cristianismo.

“SETOR DA CULTURA VIVEU ANOS DE ANGÚSTIA NA GUINÉ-BISSAU” – JOÃO CORNÉLIO GOMES CORREIA
O especialista em assuntos culturais, João Cornélio Gomes Correia, afirmou que o setor da cultura viveu anos de angústia na Guiné-Bissau e que por isso o país não tem conseguido competir em pé de igualdade com outros países do mundo, por falta de legislação no domínio da cultura.

ʺTemos, desde de há muitos anos,documentos, projetos-lei e pacotes de leis engavetados. Até hoje não temos lei nacional sobre património cultural, e é por isso que as pessoas estão a destruir a cidade de Bissau velha, a fortaleza d’Amura, o Baluarte de Cacheu e estão a destruir tudo o que é bom para a geração vindouraʺ disse o antigo diretor geral da cultura.

João Cornélio defendeu que o governo olhe o carnaval como o expoente máximo da manifestação cultural do povo guineense, pois não se trata de manifestação de uma religião, lembrando que o carnaval da atualidade constitui um património de cada país que tem o hábito de manifestá-lo.

ʺPor exemplo, o carnaval de Brasil é o património cultural da humanidade. Nós temos que trabalhar na legislação e investigação para candidatarmo-nos. O nosso carnaval retrata a nossa vivência, hábitos, costumes, folclore e conjunto de valores humanos e culturais que merecem ser conhecidos mundialmenteʺ insistiu.

Neste particular, João Cornélio entende que asbarracas poderiam servir de meio para promover a gastronomia guineense, nomeadamente o caldo de mancara, caldo de chebeu, siga e poportada.

ʺMas hoje, as mulheres viram isto como uma fonte de rendimento e transformaram-nas numa economia criativa. É preciso que o governo tenha uma visão virada a promoção cultural e da nossa gastronomia. Não há um estatuto de carreira artística no país. Há muita coisa a fazer no setor da cultura. Não é que não sabem, os sucessivos governos não têm respondido aos apelos dos técnicos, por isso o setor está como está hojeʺ, afirmou.

João Cornélio defende que o governo avance com a regulamentação da lei de mecenato, que torne funcional o Instituto do carnaval e festividades, através da sua regulamentação, assim como criar o estatuto de careira artística no país.

ʺO trabalho que os Netos de Bandim fazem é altamente profissional, mas é preciso um estatuto. O Balet Nacional não tem um estatuto. É preciso que o governo pense num instrumento que balize o ingresso ao Balet porque, na minha opinião, deveriam ser os melhores de diferentes grupos culturais a ingressarem no Balet Nacionalʺ defendeu, para de seguida reconhecer que a dinâmica da sociedade e a mudança que se opera na sociedade implicam também intervenções e inovações nos domínios culturais.

Lembrou que, na época colonial, o carnaval tinha uma característica, além da sua espontaneidade que era linda. A forma rudimentar de construir máscaras, as pessoas iam ao mar para carregar lama, para a confeção das máscaras, Isso limitava a criatividade, porque era rosto da vaca (boca de baca – chamada Nturudu), e que as premiações eram atribuídas para incentivar a criatividade artística e não para dizer que uma cultura é superior a outra, ou seja, premiar para que as pessoas desenvolvam maior criatividade.

ʺO carnaval era uma manifestação cultural espontânea, não havia desfile, os grupos organizavam-se, tocavam e dançavam. Era uma forma de exteriorizar os sentimentos. Houve inovações na criatividade artística em domínios de arte plástica em 1980, com dragões, máscaras de grandes dimensões, de rosto de diferentes personalidades do país e do mundo, organização de desfiles, muita concorrência entre os bairros de Bissau. As regiões não vinham a Bissauʺ explicou, revelando que ʺsó a partir dos anos 97 e 98 é que se começou a organizar o carnaval a nível nacional com o intuito de promover a nossa diversidade cultural e trazer a luz a preservação do nosso rico património cultural e imaterial, isto quer dizer, as danças, os trajes, a música, as esculturas, máscaras naturais e todo o conjunto de valores e património cultural e imaterial da Guiné-Bissau, no sentido de salvaguardar esse património cultural e divulgá-lo para o mundoʺ.

Afirmou que entende as pessoas que dizem que o carnaval perdeu a sua essência. Mas, lembrou também que os momentos não são iguais.

GRUPO NETOS DE BANDIM: “É POSSÍVEL FAZER DA CULTURA UMA PORTA DE SAÍDA DA POBREZA”
Relativamente à iniciativa da internacionalização do Carnaval da Guiné-Bissau, o Coordenador do Grupo Cultural “Netos de Bandim”, Hector Diogenes Cassamá (Negado), disse que o país está no caminho certo sobre esta iniciativa, “porque o país já dispõe de uma carta da política nacional da Cultura e criou-se uma entidade estatal que se responsabiliza pela Cultura, que é a Secretaria de Estado da Cultura”.

“O que falta é traduzir todas essas teorias na prática, porque a carta por si só, é mais um documento que pode ser engavetado. Apesar de ser um documento que pode orientar-nos para o caminho a seguir para melhorar o setor da cultura, é preciso homens preparados e capazes para transformar toda essa teoria na prática” notou, para de seguida, afirmar que nos últimos anos tem-se registado uma degradação do setor cultural tanto do ponto de vista da criação, assim como em termos de espetáculos em grandes palcos, referindo-se a desorganização que se regista a nível de outros grupos culturais do país.

Lembrou que o grupo que dirige, iniciado em 2000, enfrentou e continua a deparar-se com várias dificuldades, particularmente de ordem financeira, mas nunca baixou os braços e que conseguiu demonstrar que o “dinheiro é importante, mas não é determinante”.

“Deslocamo-nos a várias localidades para estudo e recolha de diferentes estilos de danças dos vários grupos étnicos que constituem a sociedade guineense, de forma a enriquecer o nosso repertório. É por isso que o Grupo Netos de Bandim consegue sempre apresentar vários estilos de dança nos seus espetaculos e durante o desfile do carnaval”, referiu.

Negado afirmou que conseguiram incutir nos jovens que é possível fazer da cultura uma porta de saída da pobreza, “posso ter a fome na barriga, mas quando tocamos e dançamos é possível matar a fome”.

Questionado sobre como internacionalizar o carnaval e a profissionalização de grupos culturais, respondeu que primeriamente é da responsabilidade do governo da Guiné-Bissau trabalhar afincadamente e com seriedade para elevar a performance do carnaval e dos grupos.

“É preciso pensar seriamente na organização deste evento cultural. Se questionarmos o governo sobre o número de grupos culturais que existem, dos historiadores, escritores, artistas tradicionais, certamente não teremos respostas. Se não tem banco de dados é claro que não terá a noção das valências ou valores que o país tem num determinado setor” criticou, para de seguida defender que é preciso tornar, na prática, o trabalho de cartografia ou mapeamento da cultura, que, segundo a sua explicação, está também definida na carta nacional de cultura.

O ativista da cultura criticou a forma como é organizado o carnaval nacional, tendo explicado que a comissão encarregue de realizar o maior evento cultural guineense este ano tomou posse no início deste ano para realizar o carnaval em fevereiro. Acrescentou que o Carnaval da Guiné-Bissau ultrapassou a dimensão de uma comissão organizadora, tendo assegurado que é chegada a hora de institucionalizar o carnaval.

“O Carnaval da Guiné-Bissau deve ser institucionalizado e que haja um instituto nacional constituído por técnicos e responsáveis altamente competentes. O instituto deve ser munido de todas as condições para pensar estritamente na realização do carnaval durante doze meses, através das suas diferentes estruturas, desde a recolha de fundos, da identificação de diferentes patrocinadores, apoio aos gurpos nos locais. Feito todo este processo com profissionalismo, certamente no final teremos um carnaval com uma demonstração cultural mais rica e grupos altamente profissionais” notou, acrescentando que apenas a festa do carnaval pode revolucionar o turismo guineense e o setor cultural.

Cassamá disse que o seu grupo leva já quase 23 anos da existência, mas desde a sua criação, os Netos de Bandim não beneficiar de nenhum apoio ou incentivo do governo. Contudo sublinhou que este ano receberam um subsídio de 350 mil francos cfa como fundo de incentivo para preparação do carnaval.

“Agradecemos o executivo por este apoio, mas acho que o governo pode e está em condições de fazer muito mais que isso. Por tudo aquilo que o nosso grupo fez ao longo da sua existência, é triste termos de afirmar que nunca recebemos o reconhecimento ou apoio em um tambor, vindo do governo da Guiné-Bissau. Portanto se nós não recebemos este apoio, não podemos pensar que outro grupo possa ter recebido alguma coisa. Não vamos contar com o grupo Ballet Nacional que é a nossa seleção, mas também recebe uma migalha que não chega para nada”, criticou.

Em relação ao desfile dos grupos no carnaval este ano, criticou a apresentação por grupos, que no seu entender, faltou uma organização. Frisou que é uma vergonha para o país o rumo que o carnaval está a seguir agora, afirmando que os grupos estavam a dançar muito desorganizados e sem nenhuma criatividade.

“Falta a dinâmica ou a vida em termos de trajes, a essência da cultura guineense. É muito desencorajador aquilo que assistimos no desfile deste ano”, lamentou o ativista cultural, sublinhando a falta da sensibilização da população e a responsabilidade do governo na organização deste evento cultural, envolvendo as empresas das telecomunicações com o intuito de patrocinar o carnaval.

VETERANO DE MÁSCARAS AFIRMA QUE O CARNAVAL GUINEENSE PERDEU A ESPONTANEIDADE
O arquiteto e artista plástico, Carlos Alberto Teixeira de Barros, conhecido no mundo artístico por Carbar, disse que o carnaval tinha os seus interesses, mas que agora se perdeu com o passar dos anos.

“O carnaval era mais espontâneo e as máscaras não eram apresentadas apenas pelos grupos, mas havia também apresentação individual de marcaras dos tipos meio rosto, Cabeça de vaca” disse em entrevista, na qual afirmou que a espontaneidade do carnaval dava mais vantagens aos carnavalescos de brincar e apresentar diversos temas culturais sem regras.

“Hoje em dia tudo mudou, o carnaval perdeu as suas características onde a alegria, o humor, a apresentação com máscaras perderam a graça, tudo porque o governo não está interessado em ativar os atores culturais”, disse.

Explicou que há muitos anos, o governo tem demostrado o desinteresse nas atividades culturais, particularmente no carnaval, por não criar incentivos aos autores da cultura guineense.

“A cultura nasce e é alimentada através de atividades constantes, permitindo inovações de ideias, mas sem perder a essência. Eu, por exemplo, devido a algumas limitações causadas pela idade, agora só dou instruções e faço algumas rectificações na composição. Os mais novos é que tomam as iniciativas de acordo com o lema, criando inovações”, disse.

Carbar contou ao semanário que muito cedo participava com os irmãos na confeção de máscaras e dedicou a sua vida ao carnaval. E disse também ter trabalhado há muitos anos com o conceituado produtor de máscaras, Dodó das máscaras.

“Extraíamos barro aqui mesmo no bairro de Chão de Pepel Varela para o fabrico de máscaras e identificávamo-las com os lemas. Fazíamos tudo isso com grande entusiasmo e tudo era muito espontâneo”, lembrou.

Afirmou que o carnaval que se celebra nos tempos de hoje não é carnaval, porque as pessoas agora vestem-se só por vestir e que poucos grupos fazem a demostração dos cenários de acordo com o lema, através das máscaras. A Cultura do “N´turudo”, perdeu praticamente.

Contou que este ano, o Chão de papel celebra o carnaval com o lema “Devolvam-nos o nosso N´batonha”, e não participou no desfile nacional devido à não distribuição dos prémios no carnaval passado.

“O grupo optou apenas por desfilar no bairro e em algumas avenidas principais da capital nos dois últimos dias do carnaval. Produzimos mascaras, contando a história do N´Batonha e da sua bolanha baseadas nos documentários à nossa posse. Nós, de Chão Papel Varela, concluímos que o governo não está interessado na dinamização da cultura por isso optamos por organizar o nosso desfile a nível do bairro”, concluiu.

Aos mais novos atores da cultura, Carbar pediu mais criatividade e mais união de forma a alavancar os valores culturais guineenses.

Porː Epifânea Mendonça/Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

«Iniciativa de Jovens/Limpeza» Bairro de Banculém, em Bissau ficou "um brinco" (tudo a brilhar, limpinho e limpinho da Silva). Jovens estão de Parabéns!

https://www.youtube.com/watch?v=hk_qZxtuVb4

Um grupo de Jovens Naturais de Banculém e amigos moradores de Banculém na Diáspora, decidiram criar um Projeto Sazonal financiado para limpar e remover o lixo nas ruas do Bairro de Banculém no dia 25/02/2023.
O famoso Cantor guineense,  "Kilograma"


Sanacinho Quecuto Camara "Djurtu", o antigo Jogador de Sporting de Bissau

O meu Primo-Irmão. Aladje Canas

O meu colega, Ardilis José

Buba Dabó

Cantor Guineense, Mário "MM"