Um curto-circuito numa residência em Pilum, situada nas instalações dos Serviços da Proteção Civil e Bombeiros de Bissau, provocou a morte de três pessoas, incluindo uma mãe, o seu filho menor e uma idosa.
Segundo informações recolhidas, o incidente aconteceu na madrugada de sábado, 23 de agosto, enquanto todos dormiam. No interior da casa encontravam-se cinco pessoas.
De acordo com familiares, a idosa faleceu no local, enquanto a mãe e o filho não resistiram aos ferimentos e morreram dois dias depois no hospital. As outras duas vítimas continuam internadas, recebendo tratamento médico. Apesar das queimaduras graves, encontram-se fora de perigo, segundo as mesmas fontes.
O incêndio destruiu por completo um dos compartimentos da residência, sem que nenhum bem fosse recuperado. Após o ocorrido, os serviços competentes procederam à limpeza e recuperação do espaço.
Relatos indicam que o socorro chegou tardiamente, tanto por parte dos bombeiros como dos vizinhos, que só se aperceberam da situação quando já era demasiado tarde. As duas pessoas sobreviventes foram resgatadas com vida depois de os bombeiros arrombarem a porta e realizarem uma intervenção de emergência.
Os corpos das vítimas foram sepultados no setor de Calequisse, região de Cacheu, no norte da Guiné-Bissau.
A Rádio Sol Mansi tentou aceder à residência, mas sem sucesso. Também procurou ouvir a reação dos Serviços da Proteção Civil, que preferiram não se pronunciar sem autorização do ministro do Interior ou do secretário de Estado da Ordem Pública, ambos ausentes do país. Da mesma forma, não foi possível obter declarações da Empresa de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB).
Este trágico episódio reforça a urgência de uma intervenção mais séria e rigorosa das autoridades competentes no setor da eletrificação, sobretudo nas residências. Em várias habitações, mercados e empresas, tanto na capital como nas regiões do país, é frequente encontrar instalações elétricas precárias, que representam risco de vida para os moradores. Nas vias públicas, fios soltos e desprotegidos aumentam o perigo, inclusive para os transeuntes.
A situação torna-se ainda mais preocupante nesta época chuvosa, quando cabos de energia chegam a encostar-se a telhados de zinco e paredes de casas, sendo muitas vezes confundidos com varais de estender roupa, e estes são riscos iminentes para a população.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos Camará
radiosolmansi
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