O Governo através da Direção-Geral da Cultura, anunciou a intenção de um ambicioso processo de recenseamento nacional de artistas, obras e espaços culturais, com o objetivo de criar uma base de dados sólida que permita melhor planificação e valorização do setor cultural no país.
A informação foi avançada nesta segunda-feira (25 de agosto) pela diretora-geral da Cultura, Cíntia Cassamá, durante a abertura de uma formação de capacitação para inquiridores, promovida em parceria com o Instituto Camões, no âmbito do programa Pró-Cultura.
“O setor cultural carece de dados concretos. Por isso, decidimos dar prioridade à elaboração de estatísticas culturais. Só com números reais poderemos organizar, planificar e apoiar verdadeiramente os nossos artistas e agentes culturais”, destacou Cassamá.
Questionada sobre a criação de uma infraestrutura de referência para o setor, a diretora revelou que o Ministério da Cultura está empenhado na concretização do Palácio da Cultura, um projeto ambicioso que pretende oferecer um espaço digno e multifuncional para a promoção das artes nacionais.
“Há toda a vontade política e técnica para tornar o Palácio da Cultura uma realidade. Já identificámos o espaço e estamos a trabalhar nesse sentido”, garantiu.
Cíntia Cassamá sublinhou ainda o papel fundamental dos artistas e agentes culturais na promoção da identidade guineense a nível nacional e internacional, mesmo diante da escassez de apoios institucionais.
“A cultura não pode morrer. Com ou sem apoio do Estado, os nossos atores culturais continuam a levar a Guiné-Bissau ao mais alto nível. Precisamos agora de organização para dar-lhes o suporte que merecem”, reforçou.
Durante a semana de formação, os participantes vão receber instruções sobre técnicas de inquérito, metodologias de recolha de dados e conteúdos sobre o património material e imaterial guineense, visando construir uma base estatística inédita para o setor cultural.
Por: Marcelino Iambi
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