A Guiné-Bissau vai passar a ter ligações aéreas à Costa do Marfim a partir do início de junho, disse hoje Soares Cassamá, diretor-geral da empresa NAS Bissau, que gere e assiste o aeroporto internacional Osvaldo Vieira.
A Air Côte d'Ivoire vai passar a ligar Bissau e Abidjan, passando por Dacar, no Senegal, três vezes por semana, à terça, quinta-feira e domingo, adiantou Aliu Soares Cassamá.
O diretor-geral da NAS Bissau considerou que a presença da companhia marfinense na Guiné-Bissau é uma "alavanca para a economia" de toda a sub-região africana, destacando a pujança da Costa do Marfim.
"É uma mais-valia para o país, porque ter um voo direto entre Bissau e Abidjan, é uma grande vantagem, toda a gente sabe que a Costa do Marfim detém 35% da economia da nossa sub-região", frisou Soares Cassamá.
O responsável afirmou que a partir de agora os operadores económicos dos países terão a "vida facilitada" através das ligações aéreas e diretas, também impulsionadas pelos Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e da Costa do Marfim, Alassane Ouattara.
Em julho, segundo Aliu Soares Cassamá, começa a voar para Bissau a companhia aérea privada Bestfly, tendo sido já rubricado o contrato de assistência aeroportuária com a NAS Bissau.
Soares Cassamá observou que a operadora cabo-verdiana também irá ajudar a facilitar as trocas comerciais entre os dois países, nomeadamente pelo facto de os empresários não terem de viajar até Dacar quando querem chegar a Cabo Verde.
Atualmente, o único aeroporto internacional da Guiné-Bissau recebe regularmente os voos das companhias portuguesas TAP e EuroAtlantic, da multinacional africana Asky, da Air Senegal e da marroquina RAM (Royal Air Marroc).
A NAS, que está presente em 56 países do mundo, entre os quais 17 africanos, incluindo Guiné-Bissau e Moçambique, aguarda por uma auditoria da IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) em agosto.
Se o aeroporto for certificado pela IATA, em duas componentes de avaliação, passará a poder receber aeronaves de qualquer companhia aérea e ainda aviões cargueiros, notou Aliu Soares Cassamá.
Neste último aspeto, Soares Cassamá vaticinou ganhos para a economia, dando o exemplo de facilidade no escoamento do pescado fresco e castanha do caju, principal produto agrícola e de exportação do país.
"O peixe fresco poderá ser exportado no mesmo dia, a castanha de caju, que neste momento, em navios leva três a quatro meses para chegar à Índia, poderá ser exportada em algumas horas", defendeu Cassamá.
Conosaba/Lusa
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