segunda-feira, 30 de maio de 2022

PR, SISSOCO PUI CURPO RISO!

 

Para nós, os crentes em Allah/Deus, o poder provém do único e exclusivo Dono. Esse exclusivo Dono é aquele que foi referido atrás, Allah/Deus.

Até aqueles que no Diabo acreditam, disso têm a plena consciência, razão pela qual se o poder for para uma pessoa, através de mecanismos que nós, homens mortais, criámos, como sejam os processos eleitorais, sobretudo nos regimes democráticos, devemo-nos conformar.
Nada adianta estarmos a armar armadilhas para conspirar contra alguém investido deste mundano e balizado poder no timing, contrariamente ao poder eterno do Criador.
Os homens (no sentido plural, homens e mulheres) dotados de inteligência sabem perfeitamente que se não fosse o Criador quem decide, o Presidente Sissoco não podia estar a frente deste país, no meio de alguns daqueles candidatos com um passado politico, académico e empresarial longe de serem comparáveis com os ele, nomeadamente o Jomav e o Cadogo?
Isto dito, pondo de lado todas as considerações de ordem político-jurídico e militar que têm alimentado as manchetes desde a chegada ao poder do Sissoco (legal, constitucional ou atipicamente, isso já pertence ao passado), uma coisa é certa, é desta vez que o Presidente da Republica está perante o seu maior desafio para provar e convencer sobre a sua capacidade de liderança.
O cenário politica que se nos apresenta neste momento exige do Presidente Sissoco a maior clarividência e tacto político. Se falhar neste grande teste de leadership, que arrume as suas bagagens e volte para o que costumava fazer antes de lhe ter sido dado aquele salto qualitativo que o propulsou para a ribalta, a sua nomeação ao cargo de Primeiro-ministro, depois demissão do líder do partido que ganhou as eleições legislativas em 2019 com uma maioria relativa de 47 assentos e a constituição de uma geringonça que não obedeceu a nenhuma norma legal.
Do que se sabe e nos foi ensinado, as coligações se fazem não individualmente com deputados dissidentes, mas sim com partidos políticos, a semelhança de Portugal na legislatura passada, mas com a justiça Guineense não funciona, essa situação atípica, ilegal e inconstitucional acabou por triunfar.
Depois da dissolução ao parlamento, o primeiro prato amargo que o Presidente Sissoco serviu aos Guineenses é a recondução do Primeiro-ministro, quando dele se esperava uma nomeação revolucionária, isto é, um jovem tecnocrata competente com experiência comprovada, capaz de operar mudanças indicativas de uma futura era mais risonha pós eleições legislativas, coadjuvado por um Vice-Primeiro Ministro, como o experiente de tio Soares Sambu, e com os demais membros do governo escolhidos à lupa, sem considerações de
Ordem político-partidária, uma vez que o governo não vai emanar dos partidos, mas sim da iniciativa do Presidente da Republica.
Não é preciso ser um “futcero” ou “pautero” para saber que o Presidente Sissoco deve estar perante uma tremenda pressão, mas o que ele deve fazer é resistir a essa pressão e pensar com a sua própria cabeça, pois ele conhece muito bem a maioria dos quadros, sobretudo os da sua geração.
Por estar a pensar num governo de Unidade Nacional, porquanto os partidos com assento parlamentar foram convidados a integrar o governo, o Presidente Sissoco não deve ceder a nenhuma chantagem, porque não estamos perante uma situação pós-eleições legislativas e os consequentes resultados.
Se é verdade que não estamos perante uma situação em que um partido ganhou as eleições, com ou sem maioria absoluta, não é menos verdade que, em nome da justiça e para corrigir o grosseiro erro que cometeu, ao afastar abusivamente o PAIGC do poder, o Presidente Sissoco deve ter em conta o peso dos partidos nas eleições passadas e, consequentemente, prócer às nomeações nessa base.
Os resultados das eleições de Março de 2019 foram os seguintes:
PÄIGC 47 deputados
MADEM 27 deputado
PRS 21 deputados
APU 5 deputados
PND 1 deputado
UM 1 deputado
Por isso, para ficar na história, o Presidente Sissoco deve fazer justiça, e deixar de lado o seu contencioso com o líder do PAIGC, pois o partido não pertence ao Domingos Simões Pereira, e nem ao Chefe de Estado a Guiné-Bissau pertence. Ambos foram eleitos por tempo determinado e cada um será julgado no Dia do Juízo Final, por aquilo que fizer neste mundo de mentira, de falsidade e de intrigas.
Somos todos mortais, e quem pensar que se vai eternizar neste mundo de mentira está a enganar-se a si mesmo.
Por isso, que a RAZAO fale mais alto, e não a EMOÇAO ou outros sentimentos similares. JUNTOS PELA GUINE BISSAU!
VIVA A GUINENDADI!
Por: Yanick Aerton

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