Bissau, 30 Mai 22 (ANG) – O Presidente da República prometeu a abertura de um Consulado, em Malabo (Guiné Equatorial) para facilitar a aquisição de documentos aos emigrantes guineenses daquele país.
A promessa foi feita por Umaro Sissoco Embalo, durante um encontro com a comunidade guineense em Malabo, à margem da Cimeira extraordinário da União Africana, e em resposta ao pedido dos cidadãos nacionais que vivem naquele país.
Nesse encontro, o Chefe de Estado pediu aos guineenses à se diligenciarem para ter toda a documentação necessária para evitar eventuais problemas com as autoridades de Malabo, apesar de terem Estatuto especial, no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Sissoco Embaló entregou, na ocasião, à 68 emigrantes, os seus respectivos passaportes.
O Chefe de Estado recomendou a comunidade guineense ali residente para adoptarem uma conduta exemplar ou seja para não se envolverem em maus actos que possam pôr em causa a imagem dos emigrantes e consequentemente do país.
Para sustentar o seu pedido, Sissoco Embaló, lembrou-lhes que, há 10 anos, enquanto conselheiro do ex Presidente Burquinabe, Blaise Campaoré visitou à Guiné-Equatorial. Disse que nessa visita o Presidente Teodoro Nguema Obiang manifestou a sua satisfação relativamente ao bom comportamento dos burquinabés, por isso deseja que o mesmo aconteça em relação a comunidade guineense.
O Presidente da República disse que vai dar instruções para seja acelerada a implementação dos acordos já assinados entre os dois países.
Relativamente a outros problemas apresentados pelos emigrantes, o Presidente disse que os dois médicos guineenses emigrantes em Malabo serão, em principio, os respresentantes das autoridades da Guiné-Bissau naquele país, e com competência para resolver os problemas com que se deparam os guineenses junto das autoridades locais, até a nomeação de um novo consul honorário na Guiné-Equatorial.
Garantiu ainda que vai continuar com a sua luta de combate à corrupção e promoção de uma gestão transparente da coisa pública, “porque ninguém tem o direito de se apropriar do que nos pertence a todos”.
“Nem eu tenho direito de tomar o que não me pertence, mas cada pessoa pertence há um país e deve ter orgulho deste país, ou seja um bom filho da terra não fala mal do seu país. Posso não ser boa pessoa e governo também, mas a terra não. Infelizmente, há guineenses que falam mal do seu próprio país”, referiu.
O Presidente da República pediu a colaboração dos imigrantes para a construção do país.
Por sua vez, o porta voz da comunidade guineense em Malabo, Ciro Embaló agradeceu a ministra de Negócios Estrangeiros pela emissão e entrega dos passaportes.
Dciro Embaló ainda agradeceu ao Governo e Presidente da Republica pela intervenção que fizeram junto das autoridades locais para permitir a libertação dos guineenses que estavam detidos por falta de documentação.
A comunidade guineense em Malabo pediu a instalação de uma representação consular com capacidade de emitir documentos guineenses.
Segundo Ciro Embaló todos os cidadãos nacionais que vivem em Malabo circulam com documentos da Republica de São Tomé e Príncipe.
Em nome dos emigrantes guineense na Guiné Equatorial, disse que não só condenaram a tentativa de golpe de Estado de 01 de Fevereiro, como também exigem que os seus actores sejam julgados, “porque até então,nenhum dos supostos envolvidos no caso foi levado à justiça.
Conosaba/ANG/LPG/ÂC//SG
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