quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Crise no MADEM: BRAIMA CAMARÁ ALERTOU QUE NÃO HAVERÁ CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO SEM CONSELHO NACIONAL


O Coordenador Nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Braima Camará, alertou esta terça-feira que não há outra alternativa política interna que leve à realização congresso extraordinário sem passar pelo órgão competente, o Conselho Nacional, e afirmou que Sandji Fati “perdeu a legitimidade”, porque “é um dirigente suspenso e não devia falar em nome do partido”.

Braima Camará acusou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, de ser o único responsável pelo abuso de poder e a violência que o Ministério do Interior e da Ordem Pública está a perpetrar contra os militantes do MADEM-G15 e os cidadãos em geral.

Lembrou que a Coligação Aliança Inclusiva PAI-Terra-Ranka nunca lhe retirou segurança, muito menos mandou apreender viaturas.

“O atual regime que eu e a minha equipa ajudamos a chegar à governação e à presidência é que está a comportar-se dessa forma”.

O líder do MADEM G-15 afirmou que os “dirigentes inconformados” criaram uma crise artificial e falsa que não existe no Movimento para a Alternância Democrática, porque “algumas pessoas querem inverter o sistema democrático vigente no país”.

Segundo Braima Camará, o artigo 18° dos estatutos dessa formação política prevê a realização de um congresso extraordinário, por iniciativa do Coordenador Nacional ou por via de uma subscrição de mil militantes, que depois é levada à direcção superior do partido e o presidente convoca o conselho nacional, único órgão deliberativo máximo entre congressos, com a competência exclusiva de convocar e marcar a realização de um congresso extraordinário.

“Estranha-me ouvir alegações que escutei todo esse tempo. Não sei porque é que as pessoas querem criar problemas onde não existem”, questionou.

Camará, que falava na sede principal do partido, depois do seu regresso ao país, proveniente de Portugal, disse que não há outra alternativa que leve à realização do congresso extraordinário sem passar pelo órgão competentqueo o Conselho Nacional.

“Convoquei os órgãos do partido para a realização do conselho nacional no dia 14 do mês em curso para se pronunciar sobre o assunto. Sandji Fati perdeu a legitimidade, porque é um dirigente suspenso e não devia falar em nome do partido”, afirmou.

Camará disse que depois de quatro meses ausente do país por imperativos políticos e responsabilidade enquanto coordenador do MADEM G-15, veio juntar-se aos militantes para refletirem em conjunto no sentido de poder ultrapassar o “grande desafio” que assola aquela formação política.

“Foram quatro meses de profunda reflexão, ouvir muitas sugestões, calúnias e difamações, mas também foi um tempo suficiente de consolidação e da maturidade política, enquanto representante número um do MADEM G-15”, frisou.

O dirigente político informou que cada momento em que é colocado em causa o desígnio da paz, da liberdade e da democracia “consentimo-nos sacrifício para que o povo possa descansar e viver em paz”, porque” o atual momento que o mundo atravessa requer liberdade e a aceitação da diferença, não provocação de atos de perseguição contra os adversários políticos”.

Braima Camará disse aos militantes do partido que foram feitas várias acusações contra a sua pessoa e que enquanto coordenador escolhido no segundo congresso ordinário, tem a responsabilidade de fazer da sua vida um livro aberto para que a juventude possa saber quem realmente ele é.

Camará negou todas as acusações e disse que não correspondem à verdade, porquanto são falsas e caluniosas.

Lembrou que antes de começar a política tomou decisões importantes na sua vida, abandonou a gestão da sua empresa e a cada ano pede quitação que mostra que não tem dívida com o Estado guineense.

“Não há nada neste mundo que me possa tirar do país ou abandonar os militantes do Movimento para Alternância Democrática. Se for preciso, darei a minha última gota de sangue para libertar os militantes e o povo da Guiné-Bissau em geral”, assegurou.

“Não quero chamar os nomes das pessoas que falam mal de mim, porque é um número reduzido. Compreendo que estão a fazer isso em troca de favores, são agraciados com viaturas dupla-cabine por Umaro Sissoco Embaló. Quero informar que o meu problema com Sissoco Embaló é política, porque o povo guineense aceitou o pedido que lhe fiz para votar nele. Não sabia se era dessa forma que poderíamos ter terminado. Não há justiça, liberdade nem democracia”, afirmou.

O Coordenador Nacional do MADEM-G15 pediu desculpas publicamente ao povo da Guiné-Bissau pela situação que estão a enfrentar neste momento com atual regime no poder.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
Conosaba/odemocratagb

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