Bissau - (17.08.2024) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denuncia interferências generalizadas pelo Chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, em todos os órgãos de soberania, com destaque ao Legislativo, Executivo, Judicial, Comunicação Social e Partidos Políticos inclusivos.
No Comunicado à Imprensa tornado público este sábado, 17 de agosto, os libertadores entendem que as interferências denunciadas visam “uma concentração abusiva de poderes sem precedentes”, e acusam ainda Umaro Sissoco Embaló de ser “alérgico às Liberdades Fundamentais” dos cidadãos.
Os libertadores reagiam desta forma àquilo que consideram sequestro ao ativista do MADEM-G15, Queba Sane [ R Kelly] pela força de ordem no passado 13 de agosto , durante a concentração de militantes do Movimento para Alternância Democrática no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira para receber o seu Coordenador Nacional, Braima Camara que chegava de Lisboa.
“Enquanto defensor da democracia, dos direitos cívicos e de respeito pela Constituição e demais leis da República da Guiné-Bissau, o PAIGC denuncia e repudia vivamente mais esta atuação abusiva e brutal do regime de Umaro Sissoco Embaló”, lê-se.
O PAIGC responsabiliza o Ministério do Interior das consequências que poderão advir deste ato que chama “de tirania” que, para o partido liderado por Domingos Simões Pereira, “consubstancia a implantação da ditadura na Guiné-Bissau”.
No Comunicado, o PAIGC disse congratular-se com a Declaração Política Conjunta, assinada no passado dia 12 de Agosto do ano em curso pela Coligação PAI-Terra Ranka e pelo Fórum para a Salvação da Democracia (Aliança Kumba Lanta e MADEM-G15), tendo convidado, no entanto , “todas as forças vivas da nação, amantes da democracia, paz, liberdade e estabilidade a se associarem ao repto de uma Frente Comum, para o combate político sem tréguas, ao regime predador de direitos e liberdades e, consequentemente obstrutivo do processo de desenvolvimento do país, visando a Restauração da Democracia".
Por: CFM
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