Gaza – Os dados diferem segundo as agências de notícia. A defesa civil da Faixa de Gaza, administrada pela organização islâmica Hamas, garante que pelo menos 90 pessoas morreram nos ataques israelitas deste sábado contra uma escola na Cidade de Gaza. Mais de cem pessoas morreram, avança a Reuters. O grupo Hamas denuncia uma “escalada perigosa” e a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os territórios palestinianos ocupados, acusa Israel de “genocídio dos palestinianos”.
Estes ataques, cujo balanço não pode ser feito por fontes independentes, estão entre os mais mortíferos desde o início da guerra na Faixa de Gaza. Os palestinianos em Gaza falam de um “massacre terrível” e a relatora especial da ONU, Francesca Albanese, acusa Israel de “genocídio dos palestinianos”.
A protecção civil do enclave avançou que um ataque israelita durante a noite de sexta-feira para sábado dirigido a uma escola em Gaza, que acolhia deslocados palestinianos, matou pelo menos 100 pessoas.
Segundo a defesa civil da Faixa de Gaza, organização controlada pelo Hamas, foram registados três ataques sucessivos contra uma escolar. Os ataques atingiram a “escola Al-Tabai'een, no sector Al-Sahaba, na cidade de Gaza”, avançou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, à agência de notícias francesa AFP. Os ataques provocaram um incêndio e a busca de possíveis sobreviventes nos escombros está em curso.
A escola al-Tabi'een é um dos abrigos no centro da cidade de Gaza, acolhe cerca de 250 pessoas deslocadas, mais de metade das quais são crianças e mulheres, segundo fontes do grupo do Hamas, no poder na Faixa de Gaza.
Em resposta, as forças de defesa de Israel defendem que a escola onde se abrigavam palestinianos deslocados servia de "covil para terroristas e comandantes do grupo islamita Hamas", afirmam ter “atacado com precisão os terroristas do Hamas que operavam dentro de um centro de comando e controlo do Hamas localizado na escola Al-Tabai'een”. Um centro que terá servido de “esconderijo para terroristas e comandantes do Hamas”, a partir do qual foram planeados e preparados vários ataques contra o exército israelita, alegam as autoridades israelitas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia afirmou que o ataque israelita a uma escola em Gaza chocou contra “todos os valores humanitários”, criticando “a ausência de uma posição internacional decisiva para travar a agressão israelita e obrigar o país a respeitar o direito internacional”, pondo fim “à agressão contra Gaza”.
Por: Lígia ANJOS
Conosaba/rfi.fr/pt
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