Na Guiné-Bissau, não param de chegar as reações à detenção do deputado Bamba Bandjai durante algumas horas por ordens do Ministerio do Interior.
A detenção do deputado Bamba Bandjai deu-se no âmbito de uma queixa que lhe foi movida pelo ex-ministro da Defesa.
O general Sandji Fati queixou-se do deputado Bamba Bandjai que o tinha acusado de ser o responsável por várias mortes de responsáveis políticos e militares ocorridas na Guiné-Bissau nos últimos anos.
Bamba Bandjai e Sandji Fati são ambos deputados do partido Madem G-15, mas estão de candeias às avessas nos últimos tempos, como aliás, estão vários militantes e dirigentes desse partido fundado em 2018 por dissidentes do PAIGC.
As divisões entre os militantes do Madem advém de desentendimentos entre o coordenador do partido, o também deputado Braima Camará e o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, um dos fundadores do Madem.
O general Sandji Fati está do lado de Umaro Sissoco Embaló e Bamba Bandjai, do lado de Braima Camará.
A detenção do deputado Bamba Bandjai, durante algumas horas, na segunda-feira passada, mereceu a condenação da Liga Guineense dos Direitos Humanos, da direção do partido Madem e do parlamento guineense.
Todas estas entidades lembram o facto de a lei guineense proibir a detenção de um deputado que não esteja apanhado a cometer crime em flagrante.
O Madem diz ser um abuso do poder por parte do Ministério do Interior, o parlamento considera ser mais um ato de ilegalidade por parte do Governo de iniciativa presidencial e a Liga dos Direitos Humanos diz ser o desrespeito pelas leis da República.
Por:Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt
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