Dia de reflexão, este sábado, 23 de Março, no Senegal. Ontem, os candidatos à presidência do país reuniram multidões nos últimos comícios antes da votação de amanhã, 24 de Março. A campanha eleitoral foi curta e intensa, mas pacífica em comparação com os meses de tensão que antecederam as presidenciais.
Mais de sete milhões de senegaleses são chamados a eleger o seu quinto presidente no domingo, numa eleição totalmente indecisa - na opinião de vários analistas políticos, é uma das mais abertas eleições da história do Senegal independente.
Pela primeira vez, o actual presidente, no poder há 12 anos e largamente reeleito em 2019, não se apresenta à reeleição.
Os senegaleses inicialmente deveriam votar a 25 de Fevereiro, mas um adiamento de última hora, decidido pelo chefe de Estado, acabou por causar tumultos e várias semanas de confusão que testaram a democracia do país.
Dezoito homens e uma mulher, dos quais dois anunciaram sua retirada nos últimos dias, passaram a curta campanha eleitoral mergulhados na multidão, debaixo de um sol intenso e sem beber ou comer devido ao mês de jejum muçulmano.
A publicação de sondagens é proibida. Uma segunda volta, cuja data não está definida, parece ser o cenário mais provável.
Mais de 1.000 observadores da sociedade civil foram mobilizados para monitorar as eleições presidenciais deste domingo. O colectivo de organizações da sociedade civil para o sufrágio está activo em 14 regiões do país, onde vai verificar o bom funcionamento da votação.
Quaisquer incidentes serão imediatamente relatados para o quartel-general da organização, baseada em Dacar, desde a abertura pontual das assembleias de voto, à presença ou não de representantes dos candidatos durante a contagem dos votos.
Um dos receios é o de contestações pós-eleitorais se os resultados forem apertados entre os diferentes candidatos.
Os resultados provisórios devem ser conhecidos já na noite de domingo.
Por: Cristiana Soares com AFP
Conosaba/rfi.fr/pt/
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