O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Rui Duarte de Barros, instou hoje a população a ser vigilante contra os que devastam as florestas, para permitir que haja água no país.
Duarte de Barros falava à população da cidade de Bissorã, a 75 quilómetros de Bissau, palco central das comemorações do Dia Mundial de Água, na Guiné-Bissau.
Este ano celebrado sob o lema "Água para a paz", o primeiro-ministro guineense aproveitou a ocasião para lançar um apelo à população no sentido de reforçar a vigilância contra os madeireiros.
"Peço à população para estar atenta e denunciar à administração (do Estado) sobre quem tentar cortar as árvores da nossa floresta (...) cortar árvores traz a seca, não teremos chuva e não teremos água" disse Rui de Barros.
O primeiro-ministro guineense notou que "muita gente, até estrangeiros" estão a operar na indústria madeira no país, "alguns sem licença", mas abatem árvores nas florestas guineenses.
Duarte de Barros enalteceu os apoios que a Guiné-Bissau tem recebido dos parceiros de desenvolvimento, com ênfase para a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em matéria de, entre outras, saneamento e água para a população.
O chefe do Governo anunciou que nos próximos tempos o executivo vai disponibilizar mais infraestruturas de água e energia aos guineenses, mas também pediu que haja paz no país para que aqueles investimentos possam ser realizados.
O ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambú, destacou a importância do Dia Mundial da Água e apelou à reflexão, sobretudo, num momento em que cerca de 2,2 milhões de pessoas no mundo vivem "sem água segura", disse.
"Os grandes desafios do futuro estarão relacionados com a necessidade de delinear estratégias integradas de gestão e cooperação no domínio da água", enfatizou Sambu.
O ministro reiterou que o país "é bastante vulnerável" aos efeitos das alterações climáticas e "propenso à elevação do nível médio do mar devido à sua baixa altitude".
Baseando-se no último MICS (Relatório dos Inquéritos dos Indicadores Múltiplos), publicado em 2020, elaborado pelo Governo guineense e pela UNICEF, Malam Sambu assinalou terem sido registadas algumas melhorias nos setores do saneamento e construção de infraestruturas de fornecimento de àgua à população.
Sambu disse ainda que estão em curso vários projetos em Bissau e no interior do país para o fornecimento de água potável à população guineense.
Conosaba/Lusa
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