sábado, 23 de março de 2024

LANÇADA A INICIATIVA “FRENTE POPULAR” PARA “O RESGATE E A DEFESA” DA REPÚBLICA

Um grupo de cidadãos nacionais lançou este sábado, 23 de março de 2024, uma iniciativa denominada “Frente Popular”, cujo objetivo visa essencialmente o “resgate” e a “defesa” da República, com o intuito de protagonizar em todo o território nacional e na diáspora guineense uma resistência popular.

A frente popular tem como um dos seus objetivos exigir a reposição plena do funcionamento das instituições democráticas, bem como combater com meios legítimos todas as formas de imposição e da implantação do regime absolutista na Guiné-Bissau.

O coordenador da Frente Popular, Armando Lona disse na sua declaração aos jornalistas que na verdade, a grande vítima do Estado de terror que se vive nos últimos quatro anos é o povo guineense, que segundo a sua explanação, “tornou-se cada vez mais empobrecido, mais dependente, vulnerável, num país em que viver com dignidade é um privilégio reservado a um punhado de indivíduos em que a maioria são corruptos”.

“O guineense agora está reduzido a um simples sujeito consumidor das propagandas do regime absolutista de Umaro Sissoco Embalo”, afirmou.

Assegurou, neste particular, que o regime totalitário no quadro de cumprimento da sua agenda sectária e extremista “não tem poupado esforços na materialização de prisões arbitrárias, raptos e espancamento, torturas e insultos a cidadãos nacionais”.

O jornalista e ativista social disse que a organização recém lançada vai levar a cabo uma “luta sem tréguas” pela afirmação da soberania popular na Guiné-Bissau assente no respeito pelo pluralismo, acrescentando que a luta visa exigir o funcionamento transparente e eficiente das instituições da República em especial o poder judicial.

“O país tem vivido nos últimos quatro anos episódios típicos de um Estado capturado por um regime autoritário absolutista e ditatorial e tem traduzido na flagrante confiscação da vontade popular, no aniquilamento dos alicerces das instituições republicanas, na usurpação de poderes, na instauração do medo e usando o terror como a forma de dominação”, criticou.

Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Conosaba/odemocratagb.

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