Fazer o balanço ou a avaliação do que foi o ano de 2021 para a Guine Bissau, é o exercício que todo o cidadão deve fazer para poder assim afastar-se daquilo que foi ruim e melhorar lo que de bom se verificou ao longo dos 365 dias.
Apesar de todas as guerrinhas politicas que são próprias de uma democracia, na sua fase de maturação, no geral, a Guiné-Bissau registou algum progresso e, em certos aspectos, como no capítulo dos direitos humanos, alguns comportamentos de rapto e espancamento e sequestro os autoridades continua impotentes face ao caso isolado.
Analisando separadamente os órgãos de soberania, chegamos a esta conclusão:
1.- Presidente da república
O Presidente da Republica que esta no seu terceiro ano de mandato com resultados invejável na sua magistratura de influencia.
Não obstante, o Presidente da Republica tem-se redobrado em esforços através de uma diplomacia Agressiva , para relançar a imagem da Guiné-Bissau no exterior, aposta que ganhou, pois a pátria de Cabral esta a ser agora vista de forma que orgulha a maior parte dos Guineenses, no pais e na diáspora.
Espera-se que o ano de 2023 seja aquele em que o Presidente da Republica vai trazer ainda mas resultados, pois esse cargo exige o resultados e isso que ele trás.
Compreende-se contudo que ele esteja no período do seu terceiro ano, ele adquire o “calo”, para melhor desempenhar o cargo.
2.- Assembleia Nacional Popular (Parlamento)
O Parlamento, apesar de esta dissolvida, mais esta tentar encontrar solução sobre a caducidade e vacatura da CNE.
Espera-se dos Novos players que em 2023 venha a ser mais exigente para com os deputados e usar os meios que o Regimento e outras leis lhe conferem para pôr as coisas em ordem, para, se necessário for, expulsar do hemiciclo qualquer deputado que enverede pelo caminho dos insultos e de outros comportamentos indignos de um Parlamento constituído em plena luta armada de libertação nacional, quando ainda alguma partilha da então Guine Portuguesa estava sob o controlo das forças de ocupação.
É bom que o deputado que insulta, tenha em mente de que aquele a quem o insulto é dirigido tem a família e responsabilidades na sociedade.
3.- Governo
O Governo da iniciativa presidencial liderado pelo PM Nuno Gomes Nabian tem feito algumas realizações mas pecou no aspecto social, pois virou as costas ao diálogo e as consequências foram aquilo que assistimos ao longo ano.
O Primeiro-ministro apesar dos esforços, esteve um pouco tímido no exercício do cargo porque devia ter travado as investidas do Presidente da Republica, de forma diplomática para que fosse considerado de facto um Primeiro-ministro e chefe de governo.
O Presidente da Republica quando era Primeiro-ministro e Chefe de Governo, no exercício do cargo assim se comportava, como verdadeiro Primeiro-ministro e Chefe de Governo, e por isso ele não tem razão nenhuma de colocar obstáculos a frente do Nuno Nabian. Ou o Nuno quis preservar o “tacho” simplesmente, ou não tinha a coragem de enfrentar a fera com todo o arsenal de que dispunha. Cobardia demais, ou servilismo?
Para que o Presidente da Republica seja visto como tal, apesar da sua posse ter sido da forma como foi, sem esperar que se esgotasse o processo no STJ (coisa que já pertence ao passado), bem como os deputados, para dignificarem o parlamento, apesar dessa maioria ter sido imposta, sem obediência ao previsto nas leis, devem mudar de paradigma.
O ano de 2023 deve ser o da reconciliação de todos os actores políticos, a começar pelo BA di Povo DSP, Baciro Dja, Fernando Dias os “GOLDEN BOYS” politicamente falando. O resto é acessório, pois esses Boys e que dividem o eleitorado Guineense e são fundamentais para que os Guineenses voltem a sonhar e se reconciliem.
Há-de aparecer Guineenses de boa vontade, despidos de todos os preconceitos, capazes de reconciliar politicamente estas duas personalidades políticas, porque afinal, aquilo que os une é de longe superior àquilo que os divide.
São irmãos, são arvores do mesmo tronco, dai a razão porque no próximo Congresso do PAIGC espera-se que sejam tomadas decisões que ponham tábua rasa as sanções e restabeleça os direitos aos que os perderam na sequencia das castigos que lhes foram estatutariamente infligidos, com vista a um novo começo.
Também se espera que essa “bagunçada”, de “girangonsada ou gringundadai, que não passa de decisão de tacho, sem nenhuma agenda precisa, termine pá uturs para bai di boleia, porque a
Governação é uma coisa seria e é incompatível com comunitarismos ou tabanquismos, roubalheiras, és cusas di ervas daninhas.
Exonerar esse PM seria um grande serviço que o PR estaria a prestar a este martirizado povo, pois a sua gestão a frente do Governo, no geral, foi catastrófica, apesar de algum avanço nalguns sectores.
Este é o ano em que os Guineenses devem ter a coragem, não de fazer guerra ou entrar em acções subversivas, mas sim, olharem-se olhos nos olhos, e dizer “papo recto”, a verdade nua e cria, na observância do princípio do respeito e da civilidade e na defesa do interesse colectivo.
Por isso, time Is Money, e temos que passar para a velocidade superior.
O médico deve ser indicado a frente do Ministério da Saúde, o Agrónomo a frente do ministério da agricultura, o jurista a frente do ministério da justiça.
Veja-se por exemplo o caso do tio Sandji Fati, tio soares sambu, Ilídio vieira té Quem e que vai questionar -se aquelas camisa não serve? E isso que se quer, uma governação que tenha em conta a área de formação. O mesmo se pode dizer em relação ao Viriato Cassama, a frente do Ministério do Ambiente, e do Fidélis forbs, a frente das obras públicas.
Há muitas formas de premiar ou recompensar o “bom serviço prestado”, outros ate sujos, mas não e através de nomeações a cargos que requerem tecnicidade para a melhor compreensão da complexidade do sector.
Deixemos de premiar a mediocridade, em detrimento da meritocracia, porque é o pais que perde e não o premiado ou o premiador.
Já que só faltam um ano para as próximas presidências, cada partido deve sair da sua zona de conforto para melhor se organizar e preparar se para os próximos pleitos eleitorais, porque o que assistimos na
Sequência do afastamento abusivo do qualquer candidato ou líder de uma formação política da governação não deve repetir-se, sob pena de estarmos a pôr em causa o jogo democrático.
4.- A Justiça
Esse é o sector que constitui o calcanhar de Aquiles da nossa democracia porque tem sido manipulado de todas as maneiras, e o serviço que tem prestado à sociedade se pode considerar de péssima, porquanto em várias ocasiões tem sido o centro de todos os problemas vividos ao nível politico, nos últimos anos.
Os sinceros votos de um Ano Novo que favoreça o aproximar dos corações dos Guineenses, que devem privilegiar a defesa do interessa colectivo!
HAPPY NEW YEAR!
BONNE ANNEE!
FELIZ ANO ANO!
Por: Yanicky Aerton
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