O diretor-geral do comércio e concorrência, Lassana Fati, recomendou uma aposta séria na produção local de produtos básicos, nomeadamente arroz, cebola e tomate, como uma das saídas às crises cíclicas de falta de produtos básicos no mercado interno decorrentes da pressão externa.
“Se o país continuar a não garantir produção destes produtos, terá sempre problemas de roturas. Não temos importadores com capacidade de importar, a cada seis meses ou um ano para abastecer o mercado nacional e, consequentemente, conservá-los”, alertou na quarta-feira, 25 de janeiro, Lassana Fati, para quem a falta de capacidade dos importadores nacionais sempre tem resultado na escassez desses produtos.
“Temos, repito, que apostar na produção local de alguns produtos, assim, mesmo que venha a haver choques externos o nosso mercado não estará afetado”, aconselhou.
Em entrevista ao jornal O Democrata para falar da escassez da cebola no mercado guineense, o diretor-geral do comércio e concorrência esclareceu que a rutura deste produto se derivou da greve dos transportadores no Senegal, país do qual a Guiné-Bissau é dependente em termos de fornecimento de produtos essenciais.
“A rutura tem a ver com a greve dos transportadores senegaleses, que estão a criticar a última decisão do governo que proíbe certas práticas nas estradas, em consequência de várias mortes, resultantes de acidentes de viação registados nos últimos tempos no Senegal“, frisou.
Lassana Fati disse ter recebido garantias dos importadores nacionais de que assim que a greve terminar a crise da cebola poderá ser ultrapassada, porque ” camiões carregados de cebolas estão estacionados em Ziguinchor a aguardar a decisão dos responsáveis sindicais”.
Segundo o diretor-geral do comércio e concorrência, não se trata de açambarcamento desse produto, mas sim de uma rutura, razão pela os inspetores do ministério do comércio estão no terreno para fazer ponto de situação para que o governo possa tomar medidas urgentes, por ser um produto determinante na gastronomia guineense.
Descreveu como “preocupante” a falta de cebola em todo o território nacional, porque ” quando um país se depara com a falta de produtos mais elementares como cebola e tomate e outros legumes, é extremamente preocupante”.
Neste sentido, assegurou que o executivo vai continuar a acompanhar a situação e acionar mecanismos e medidas que possam reduzir os impactos da falta de cebola no mercado.
Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb.
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