O Presidente em Exercício do Partido da Renovação Social, Fernando Dias, anunciou para breve a convocação do Conselho Nacional do partido, órgão máximo entre congresso, para decidir o destino do PRS nos próximos tempos, na sequência da morte do Presidente do partido, Alberto N´bunhe Nambeia, para analisar o período adequado para a realização de um congresso antecipado.
A direção superior do PRS reuniu-se na passada quarta-feira, 26 de janeiro de 2023, em Bissau, após a morte do seu líder em Portugal, para preparar e organizar as cerimónias fúnebres.
Interpelado pela imprensa, antes do início da reunião, Fernando Dias explicou que a reunião visa preparar as cerimónias fúnebres do defunto presidente.
Embora admita que exerce agora as funções do Presidente interino, Dias afirmou que cabe ao conselho Nacional dos Renovadores analisar o período adequado para a realização de um congresso antecipado.
Alertou que está em curso um processo eleitoral e que se as eleições legislativas antecipadas vão ser realizadas a 4 de junho, vai ser impossível realizar o congresso, “mas essa decisão cabe ao conselho nacional”.
O ex- líder juvenil dos renovadores lamentou, com “muita tristeza”, a morte daquele que considera o “pai do PRS”, por ter estruturado o partido, quando exercia as funções de responsável de implantação das estruturas e de ter preparado, junto com Koumba Iala, homens capazes de substituí-los.
“De maneira que, pela estrutura que o PRS tem hoje, a ausência de um indivíduo não pode impedir o funcionamento da máquina” disse, quando questionado se a morte de Nambeia não faria o PRS fracassar na arena política.
Sobre a intenção de concorrer à liderança do partido, Fernando Dias respondeu: “A candidatura no PRS não depende de Dias. Sou uma simples figura a representar Nambeia. Cabe aos dirigentes decidirem quem vai ser o substituto. Como sabem o PRS tem uma estrutura rígida, só a ela compete indicar quem será o candidato à liderança. É normal que alguém tenha a intenção de se candidatar, mas a direção tem a obrigação de apresentar uma proposta de quem será candidato de entre os militantes do partido e não tenho a certeza se serei eu a ser indicado”.
Embora lamente a morte de Nambeia, Fernando Dias, de olhos postos nas próximas eleições legislativas, acredita na vitória dos renovadores, lembrando que o PRS é umpartido do poder.
“O PRS tem participado em sucessivos governos, a título de convite, desde que foi deposto em 2003, mas decidiu agora definir uma agenda, através da qual serão apresentados ao povo guineense novos planos, novos pensamentos e nova forma de estar e de fazer política para o desenvolvimento do país. É este o caminho que estamos a seguir, apelando ao povo para renovar a esperança no nosso partido para assumirmos a gestão do país. Temos constatado muitas irregularidades e compreendemos que só o PRS poderá ultrapassar essas situações. O PRS faz política para satisfazer a necessidade de todos e não o contrário” concluiu Fernando Dias.
Alberto Nambeia morreu em Portugal vítima de doença prolongada. Assumiu a liderança do PRS desde 2012, depois de ter sido declarado derrotado no congresso realizado em 2006. Foi, por várias vezes, deputado da nação, membro do conselho de Estado e segundo vice-presidente da ANP na IXª legislatura.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb.
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