terça-feira, 18 de julho de 2023

ONU desembolsou cerca de 43 milhões de euros em cooperação com a Guiné-Bissau

A ONU desembolsou cerca de 43 milhões de euros em cooperação com a Guiné-Bissau em 2022, disse hoje o coordenador residente do sistema das Nações Unidas no país, Anthony Ohemeng-Boamah.

"Relativamente ao financiamento em 2022, a ONU desembolsou mais de 48 milhões de dólares [cerca de 42,7 milhões de euros] ao abrigo da cooperação em várias intervenções de assistência técnica e programática em todo o país", afirmou Anthony Ohemeng-Boamah.

O coordenador residente do sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau falava na sessão de abertura da reunião do Comité da Direção Conjunta do Quadro de Cooperação da ONU para o Desenvolvimento na Guiné-Bissau.

O Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (UNSDCF) 2022-2026 foi assinado em agosto de 2011 e está alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento.

Anthony Ohemeng-Boamah considerou que é "preciso duplicar esforços" para atingir os objetivos estipulado no quadro de cooperação.

"Estamos a meio caminho da realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável, mas atrasados em relação ao ponto em que a Guiné-Bissau deveria estar", salientou.

O coordenador residente do sistema da ONU na Guiné-Bissau salientou também que em 2022 o trabalho foi feito num "contexto global e regional difícil", salientando que a atividade económica está a recuperar da pandemia, mas a "guerra na Ucrânia amplificou as pressões inflacionistas e prejudicou o crescimento".

Apesar do contexto global, a Guiné-Bissau assistiu à "melhoria do quadro institucional e das capacidades humanas dos intervenientes estatais e nacionais", a uma "melhoria das práticas agrícolas e a uma redução da vulnerabilidade de vida e de segurança alimentar" e uma melhoria das "competências e da colaboração com os parceiros locais".

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, destacou que o Governo está "determinado a realizar uma mudança socioeconómica significativa" no país e que o apoio ao quadro de cooperação com a ONU é "um dos caminhos" para atingir o objetivo.

Conosaba/Lusa

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