O Chefe de Estado Maior da Armada da Marinha Nacional, Hélder Nhanque, garantiu esta segunda-feira, 24 de julho de 2023, que as estruturas que fazem parte da Marinha Nacional estão empenhadas em trabalhar para defender tudo que tem a ver com ações no litoral da Guiné-Bissau.
Hélder Nhanque falava em Suru, setor de Prabis, região de Biombo, após um exercício de demonstração de desembarque dos Fuzileiros Navais na praia de Suru.
O militar guineense disse que Prabis foi escolhido para o exercício, porque “é uma zona onde se realizavam atividades do género no passado, mas que devido a muitas dificuldades foram suspensas”, esclareceu para de seguida, afirmar que o cenário realizado na praia de Suru contou com o apoio da Marinha portuguesa, no capítulo de treinamento e ensaios no quadro da cooperação em matéria da defesa para que os fuzileiros nacionais possam fazer algo diferente no seu trabalho do dia a dia.
“Quero dizer aos camaradas que é preciso esse tipo de sacrifício para que quando chegar o momento real de ação possamos enfrentar a realidade sem problemas. Devido às dificuldades que o país enfrenta, não temos conseguido realizar exercícios com frequência em diferentes partes da Guiné-Bissau. Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer à Marinha portuguesa pela colaboração e ensaios realizados para que os nosso homens possam estar aptos para combater a questão da droga e a pesca ilegal, sendo problemas comuns a nível mundial”, sublinhou.
O chefe de Estado Maior da Armada, informou que aquela unidade militar está com a esperança de que se a Guiné-Bissau se tranquilizar como está a dar sinais, o Estado adotará os meios necessários às forças armadas para estarem preparadas em termos de treinamento para enfrentar qualquer ação que possa por em causa a nação guineense.
Questionado sobre para quando vão melhorar a situação das instalações da Marinha Nacional que está bastante degradada, Hélder Nhanque disse que a situação da marinha não cabe ao chefe de Estado Maior da Armada, mas sim ao governo que criará as condições necessárias para que possa funcionar.
Por seu lado, o Comandante dos Fuzileiros Navais, Capitão de Mar e guerra, Quintino Nambunde, assegurou que enquanto militares, estão condenados a cumprir a missão de defender o país dos malfeitores, razão pela qual devem sacrificar-se para garantir segurança à população guineense.
Quintino Nambunde disse que o sacrifício realizado pelos fuzileiros navais durante o treinamento não será em vão.
“É conhecimento adquirido para sempre. Se acontecer algo real do género, estaremos prontos para neutralizar e desmantelar sem problemas. Quero pedir apoio do governo no sentido de criar os meios aos fuzileiros navais e outras estruturas militares do país para que possam cumprir a nossa missão de defender a bandeira e o território nacionais”, indicou.
De salientar que o exercício de desembarque das forças de fuzileiros navais iniciou na praia de Suru e terminou num acampamento militar nos arredores da praia, que serviu como espaço, onde residia o grupo criminoso que foi desmantelado durante exercício orientado por militares da marinha portuguesa na presença do chefe de Estado Maior da Armada.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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