O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, condenou hoje "com maior severidade" o golpe de Estado no Níger, onde militares anunciaram terem destituído Mohamed Bazoum, eleito democraticamente líder daquele país, em 2021.
Numa mensagem na rede social X, Sisssoco Embaló, atualmente a participar na cimeira Rússia/África, apelou à reposição da ordem constitucional no Níger e ainda a manutenção da segurança do "Presidente Bazoum e da sua família".
"Golpes nunca são solução e conduzem sempre ao declínio democrático, económico e social", concluiu o presidente da Guiné-Bissau, que terminou recentemente a presidência rotativa da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO).
A presidência rotativa de Embaló diante da conferência de chefes de Estado da CEDEAO ficou marcada por diligências pessoais para que fosse criada e instalada uma força militar anti-golpe na organização oeste-africana constituída por 15 países.
A situação ainda não é totalmente clara em Niamey, capital do Níger, onde, na quarta-feira, um grupo de militares anunciou, na televisão pública, ter tomado o poder e destituído os órgãos eleitos para instalar um Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).
O grupo, constituído maioritariamente por militares da Guarda Presidencial em ruptura com o Presidente Bazoum, anunciou ainda o encerramento de todas as fronteiras do Níger com outros países.
Parte do exército, leal ao Presidente eleito, lançou um ultimato aos golpistas no sentido de libertarem Mohamed Bazoum e sua família sob ameaça de um ataque às suas posições em caso de recusa.
Em várias cidades do Níger realizaram-se hoje diversas manifestações de apoio aos militares revoltosos e outras a favor de Bazoum.
Conosaba/Lusa
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