sábado, 2 de agosto de 2025

Trump anuncia envio de submarinos nucleares, em resposta a "provocações" da Rússia

Presidente norte-americano Donald Trump, na Casa Branca, em Washington.

Presidente norte-americano Donald Trump, na Casa Branca, em Washington. REUTERS - Jonathan Ernst

O presidente norte-americano Donald Trump afirmou, esta sexta-feira, ter ordenado a mobilização de dois submarinos nucleares em regiões "específicas", em resposta às declarações "altamente provocadoras" do ex-presidente russo Dmittri Medvedev. Tensões estas que surgem à volta do prazo de dez dias que Donald Trump deu à Rússia para por fim à guerra.

"O ex-presidente da Rússia proferiu ameaças. Falou de nuclear e quando se fala de nuclear, temos que nos preparar e proteger os nossos cidadãos", escreveu Donald Trump nas redes sociais, antes de anunciar o envio de dois submarinos nucleares, sem especificar o local, nem o tipo de embarcação. Não se sabe se se trata de submarinos de propulsão nuclear ou de embarcações portadoras de ogivas atómicas.

Este anúncio de Donald trump surge na sequência de uma publicação nas redes sociais do ex-Presidente russo. Dimitri Medvedev escreveu na quarta-feira que "cada ultimato de Donald Trump é uma ameaça e um passo para a guerra".

Medvedev foi presidente da Rússia entre 2008 e 2012, entre os dois mandatos de Vladimir Putin, e era então considerado pelos países ocidentais como um chefe de estado reformista e moderado. Hoje, o ex-governante ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho de segurança da Rússia.

Em Junho, Washington tinha dado um prazo de cinquenta dias ao seu homólogo russo para por fim à guerra na Ucrânia, sob pena de aplicar sanções à Rússia, antes de reduzir o prazo para dez dias, ou seja até esta sexta-feira dia 8 de Agosto.

Por seu lado, Vladimir Putin procurou acalmar as tensões, afirmando que prosseguem as negociações com a Ucrânia:

"Para abordar a questão do fim da guerra de forma pacífica, é necessário levar a cabo um diálogo aprofundado, que não seja público. E isto deve se realizar calmamente, num processo de negociação."

Donald Trump disse estar a prever sanções "secundárias" contra Moscovo, isto é, infligidas aos países que compram nomeadamente petróleo russo, com o objectivo de esgotar esta fonte de receitas essenciais para a máquina de guerra russa.

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