domingo, 27 de agosto de 2023

CPLP: Portugal apoia presidência da Guiné-Bissau, que admite avançar

𝐀𝐧𝐭ó𝐧𝐢𝐨 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐢𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐡𝐨𝐦ó𝐥𝐨𝐠𝐨 𝐆𝐞𝐫𝐚𝐥𝐝𝐨 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐢𝐧𝐬

𝐑𝐞𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨 𝐝𝐨 𝐯í𝐝𝐞𝐨:
𝐀𝐧𝐭ó𝐧𝐢𝐨 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐢𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐡𝐨𝐦ó𝐥𝐨𝐠𝐨 𝐆𝐞𝐫𝐚𝐥𝐝𝐨 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐢𝐧𝐬, 𝐝𝐮𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐚𝐥𝐚 𝐭é𝐜𝐧𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨-𝐦𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐏𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐚𝐥, 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚 𝐧𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞𝐬 𝐝𝐨 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐞 𝐝𝐞 𝐠𝐨𝐯𝐞𝐫𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐂𝐏𝐋𝐏 𝐞𝐦 𝐒ã𝐨 𝐓𝐨𝐦é 𝐞 𝐏𝐫í𝐧𝐜𝐢𝐩𝐞.

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, expressou hoje o apoio de Lisboa à presidência da Guiné-Bissau da CPLP, admitida pelo homólogo guineense, Geraldo Martins.

O chefe do executivo português fez uma escala técnica em Bissau, para cumprimentar o novo primeiro-ministro guineense, na viagem entre Lisboa e São Tomé e Príncipe, onde participa na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), agendada para domingo.

A questão da próxima presidência tem estado em discussão devido à ausência de um posicionamento definitivo da Guiné-Bissau, que devia assumir a próxima, de acordo com o sistema rotativo por ordem alfabética dos países que compõem a organização e com a manifestação de interesse dos mesmos.

Na véspera da cimeira, as autoridades guineenses ainda não clarificaram a questão levantada pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que disse recentemente que o país podia abdicar.

Entretanto, a Guiné Equatorial anunciou que quer presidir à organização, mas o país que vai suceder a São Tomé e Príncipe na presidência da CPLP só será aprovado no domingo pelos chefes de Estado e de Governo dos países-membros.

No encontro de hoje com o homólogo português, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, admitiu que o país pode ocupar o lugar, “se os membros da organização entenderem que a Guiné-Bissau pode efetivamente assumir esse papel”.

“Em função de como as coisas correrem veremos, mas a Guiné-Bissau é um país que está sempre interessado em assumir a sua posição de participação plena nestas organizações”, afirmou, à margem do encontro com o homólogo português.

António Costa indicou que transmitiu à Guiné-Bissau que, se o país avançar, “contará com o apoio de Portugal”.

Para Costa, “seria um excelente sinal” a CPLP ser agora liderada por um país que acabou de presidir à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

“A Guiné-Bissau acaba de desempenhar a presidência da CEDEAO, demonstrou excelentes capacidades, tem todas as condições para assumir a presidência da CPLP”, considerou.

O chefe do executivo português salientou que reforçaria até “o sinal de algo que é muito importante, é que a CPLP não é só um conjunto de países que estão unidos pela língua”.

“É um conjunto de países que estão unidos pela língua e que acrescentam cada um deles a diversidade de estarem inseridos em outros espaços regionais e essa diversidade ajuda a que a CPLP seja um ponto de contacto de várias regiões à escala global”, referiu.

Ao contrário do homólogo português, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau não participa na cimeira da CPLP, organização que integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A Guiné-Bissau é representada na cimeira pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló.

A CPLP realiza a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo, em São Tomé e Príncipe, no domingo, sob o lema “Juventude e Sustentabilidade”.

Conosaba/Lusa 

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