quarta-feira, 23 de agosto de 2023

GOVERNO SUBVENCIONA A VENDA DE ARROZ COM MAIS DE DOIS BILHÕES DE FCFA

O novo executivo vai investir mais de dois mil milhões de francos cfa para subvencionar a venda de mais de 30 mil toneladas de arroz que se encontra no mercado nacional.

Este investimento, de acordo com as informações apuradas pelo jornal O Democrata, visa cobrir as perdas dos comerciantes que pagaram todas as taxas de importação deste preciso produto, permitir a venda deste cereal a 17.500 FCFA por 50 quilogramas e 22.500 FCFA por 50 quilogramas, de acordo com a qualidade.

A decisão saiu da primeira reunião do Conselho de Ministros realizada na terça-feira, 22 de agosto de 2023, que visou entre outros assuntos, analisar a situação da crise social e económica e o agendamento do dia da reunião do Conselho de Ministros, que doravante passa a ser todas as quintas-feiras.

A redução do preço do arroz partidos assumida pelo executivo visa fazer face ao elevado custo dos produtos da primeira necessidade e a perda do poder de compra das populações, derivada do fracasso da campanha de comercialização da castanha de cajú.

O Democrata apurou, através de uma fonte do ministério da Economia e Finanças, que o governo assumiu subvencionar a venda do arroz, pagar a diferença do preço inicialmente praticado no mercado.

“O arroz cem por cento partido era vendido a 22.500 francos cfa e agora vai custar 17.500 francos cfa, tendo assim uma diferença de cinco mil francos cfa. Enquanto o arroz cinco por cento partido (nhelém purfumado) que custava 25000 passa a ser vendido a 22.500 francos cfa, com uma diferença de 2500 francos cfa”, esclareceu a fonte.

A medida do governo adotada no Conselho de Ministros, nesta primeira fase, vai contemplar apenas o arroz partido e não vai abranger outros tipos de arroz (arroz grosso), de acordo com a nossa fonte.

A fonte assegurou ao nosso semanário que o levantamento do stock do arroz partido no mercado nacional foi realizado por uma comissão criada pelo executivo, que integra o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seide, antigos diretores-gerais do comércio, Helder de Barros e Jaimentino Có e antigo sindicalista, Filomeno Cabral.

“As cinco empresas recenseadas nesta operação ou que detêm estas 30 mil toneladas, apresentaram este produto (arroz) como garantia junto dos bancos que as financiaram. Estas empresas vendem arroz para pagar os bancos. O governo assumiu o pagamento das referidas diferenças, as perdas que as empresas terão que suportar com a redução dos preços na base das medidas anunciadas”, narrou a nossa fonte, acrescentando que as cinco empresas são as maiores importadoras de arroz no país.

Explicou que estas empresas trabalham com os “grossistas”, que por sua vez, se encarregam da distribuição do arroz aos retalhistas.

“O governo vai seguir a cadeia desta forma de distribuição para saber cada grupo quanto perde com a redução do preço” assegurou, enfatizando que existe um princípio de acordo entre o governo e as referidas empresas que deve ser assinado em breve para a execução das medidas.

A fonte avançou que o executivo assumiu perder todo esse dinheiro estimado em biliões de francos cfa, porque “acredita que vai ter impacto direto nas vidas das populações”, contudo admitiu que “é uma medida popular para responder às demandas da campanha eleitoral”.

Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb

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