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A Guiné-Bissau e Espanha assinaram hoje um acordo de perdão da dívida, de cerca de 9,7 milhões de euros, com benefício para o projeto das cantinas escolares do Programa Alimentar Mundial (PAM), anunciou o Ministério das Finanças guineense.
Em comunicado, o Ministério das Finanças refere que a Guiné-Bissau beneficiou de quatro empréstimos de Espanha, no âmbito da ajuda ao desenvolvimento, mas que devido à falta de pagamento a dívida ascendeu a cerca de 12 milhões de dólares (9,7 milhões de euros).
Com o acordo assinado, Espanha perdoa à Guiné-Bissau cerca de cinco milhões de dólares (cerca de quatro milhões de euros), sendo o restante consignado ao PAM.
"O Governo da Guiné-Bissau passará assim a desembolsar num período de oito anos o montante remanescente a favor do PAM. Importa referir que o perdão total (da dívida) dependerá do cumprimento dos desembolsos que o Governo fará a favor" da agência das Nações Unidas, pode ler-se no comunicado.
O acordo foi assinado no âmbito da visita de trabalho da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros de Espanha, Cristina Gallach, à Guiné-Bissau, que termina hoje.
Para a secretária de Estado espanhola, a assinatura do acordo mostra o "aprofundamento" das relações entre os dois países, destacando o "processo de estabilização positiva" em curso no país.
"Creio que Espanha não podia encontrar um lugar melhor para passar este dia [Dia de África], marcando a importância de uma cooperação muito profunda, mas que tem muitas possibilidades de ampliar-se no setor económico e comercial, mas também em setores como a agricultura, pesca, turismo e energia", afirmou Cristina Gallach aos jornalistas.
A chefe da diplomacia da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, destacou que o acordo assinado tem um "impacto muito grande" na economia do país, devido à situação da pandemia do novo coronavírus.
A ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros guineense afirmou também que a visita da secretária de Estado demonstra a "vontade de Espanha de se aproximar do continente e a possibilidade de virem investidores espanhóis para a Guiné-Bissau".
Conosaba/Lusa
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