Bissau,26 Mai 21(ANG) – O Presidente da República garantiu que não haverá nenhuma outra maioria na Assembleia Nacional Popular para além do actual que suporta o governo de Nuno Gomes Nabiam.
Umaro Sissoco Embaló que falava na terça-feira numa entrevista concedida à Televisão da Guiné-Bissau, Agência de Notícias da Guiné, Jornal Nô Pintcha, Rádio Difusão Nacional e a Rádio África FM, no âmbito da celebração do Dia de Àfrica, disse que os decretos presidenciais são assinados por ele, tendo qualificado a sua pessoa de “muito estável”.
“Mesmo se o eventual nova maioria surgir com 102 deputados, congregando os deputados de PAIGC, Madem G15, APU-PDGB, PND, UM e outros me confrontaram com a dita maioria, sou eu quem vai fazer a avaliação final e para o efeito, vou ponderar entre a dissolução do parlamento ou ter a nova maioria”, explicou, frisando que, por isso, não haverá nenhuma outra maioria.
Questionado sobre se eventualmente viria a surgir uma outra maioria parlamentar durante a sessão da ANP iniciada terça-feira, Umaro Sissoco Embaló respondeu que já tem em cima da mesa o decreto para dissolução do parlamento, se isso justificar.
“Sou o Presidente da República e estou ciente dos impactos da crise política. A gestão de qualquer crise pertence ao Presidente da República como regulador e não aos deputados. Garanto-vos que nunca haverá uma maioria artificial no parlamento enquanto sou Presidente da República”, salientou.
Instado a falar sobre a recente remodelação governamental no executivo liderado por Nuno Gomes Nabiam e que provocou uma certa inquietude no Movimento para Alternância Democrática(MADEM-15), o chefe de Estado disse que não lhe compete fazer mudanças no governo sem receber propostas do primeiro-ministro.
“Na altura em que o Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam me propôs a alteração no seu elenco governamental, equacionei as melhores fórmulas para a estabilidade governamental e do país”, frisou o Presidente da República.
Disse que é muito normal para que o MADEM G15 se sinta penalizado com a remodelação governamental, acrescentando que outras formações políticas que sustentam o executivo podiam igualmente estar nessa situação, reafirmando que limitou-se a avaliar as propostas do chefe do executivo para concretizar as mudanças e proceder a posse dos governantes nomeados.
O Presidente da República reiterou que elegeu como prioridade do seu mandato, o combate a corrupção, a par da ofensiva diplomática para o relançamento do imagem do país no mundo.
“Reafirmo durante o empossamento do Presidente e Vice Presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial de que, comigo na Presidência
da República, para os corruptos não existem imunidades e nem outros privilégios, a começar pela minha própria pessoa”, avisou.
Umaro Sissoco Embaló disse que no dia em que foi apanhado nas malhas de corrupção que seja levado para a justiça, para o julgamento no Supremo Tribunal de Justiça, tendo afirmado que duvida se isso irá acontecer com ele mesmo no final do mandato.
Conosaba/ANG/ÂC//SG
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