quarta-feira, 5 de junho de 2024

Retirada de confiança política: INCONFORMADOS DO PRS CONSIDERAM DE “NULA E SEM EFEITO” DECISÕES DA COMISSÃO POLÍTICA

Os dirigentes inconformados do Partido da Renovação Social (PRS) consideraram esta terça-feira, 04 de junho de 2024, de “nula e sem efeito” a decisão da retirada de confiança política aos 16 membros daquele grupo, decisão tomada na reunião da Comissão Política realizada na segunda-feira, pela direção liderada por Fernando Dias.

O grupo justifica a sua posição de considerar nula e sem efeito a decisão da Comissão Política, tendo em conta que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), já tinha declarado o “Fernando Dias da Costa de ilegal no exercício da sua função, porque caducou há tempos”.

A posição dos chamados dirigentes inconformados contra a postura de Fernando Dias da Costa, consta no comunicado lido na voz de um dos seus representantes, Uffe Vieira, que igualmente é membro da Comissão Política, durante uma conferência de imprensa realizada na residência do Ibraima Sory Djaló, designado pelos inconformados de presidente da Comissão de Gestão daquela formação política até a realização do congresso.

Vieira disse que a convocação da dita reunião da comissão política não reúne o suporte legal, porque o Fernando Dias da Costa, não pode representar o partido tanto dentro como fora do país e consequentemente todos os acordos celebrados anteriormente, são nulos e sem efeitos.

“A infeliz acusação do Fernando Dias da Costa, contra a pessoa do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló e do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N’Tan, representa uma grave ameaça, pondo em causa a estabilidade no atual contexto sociopolítico”, afirmou, adiantando que a dita reunião na presença de alguns membros do partido foi altamente suportada por militantes de outras formações politicas, nomeadamente, MADEM G-15, APU-PDGB, e a Coligação PAI TERRA-RANKA.

Os inconformados acusam o Coordenador Nacional do MADEM G-15, Braima Camará, de deparar com avultadas somas em dívidas com algumas instituições do Estado. Assim, deve preocupar-se e solidarizar com ele mesmo. Acrescentaram, neste particular, que o povo guineense espera impacientemente a resposta do Braima Camará, sobre as acusações de que foi alvo pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló e pelo antigo ministro da defesa nacional, Sandji Fati, que dão conta que é um dos principais promotores do golpe de estado de 01 de fevereiro de 2022, onde perderam a vida 11 cidadãos guineenses inocentes.

Os inconformados apelam ao Supremo Tribunal de Justiça que respeite o seu despacho no sentido de ser cumprido escrupulosamente, como também apelou ao Ministério do Interior a colaborar no cumprimento do despacho da corte suprema. Sublinhou que a decisão do presidente da Comissão Transitória, tomada na ultima reunião, aquando do ato da sua investidura, mantém-se irrevogável e deve ser cumprida ao nível de todas as estruturas do partido tanto no espaço nacional como na diáspora.

Por seu lado, o presidente da Comissão ad-hoc para a Gestão Transitória do Partido da Renovação Social (PRS), Ibraima Sory Djaló, disse que de acordo com o Supremo Tribunal de Justiça, Fernando Dias da Costa não é nada no partido ou seja é simples militante do PRS. Assim os acordos assinados no passado são nulos e sem efeitos. Acrescentou que foi ele, Ibraima Sory que assinou documento da legalização do partido de milho e arroz de maneira que não pode brincar com aquela formação política e em nenhum momento permitiráque alguém estrague o partido, sobretudo neste momento que está a dirigir o partido transitoriamente.

Questionado sobre envio da carta ao Ministério do Interior para invadir a sede do partido, Ibraima Sory Djaló confirmou que foi ele mesmo que enviou a carta para o Ministério do Interior, anexando o despacho do Supremo Tribunal de Justiça para proibir a realização da reunião da Comissão Política, porque Fernando Dias não é nada do partido para convocar aquela reunião.

Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb

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