segunda-feira, 24 de junho de 2024

Saúde e Educação iniciam quarta greve desde o início do ano na Guiné-Bissau

 

Fonte da Frente Social disse à Lusa que a greve de três dias começou às zero horas desta segunda-feira para decorrer até quarta-feira e visa "parar os trabalhos nas escolas, hospitais e centros de saúde".

As consequências da greve já se fazem sentir, tendo o presidente da associação de alunos do principal liceu da Guiné-Bissau, o Liceu Nacional Kwame Nkrumah, de Bissau, Filipe Nanque, notado que a paralisação acontece numa altura em que se vão iniciar as provas globais.

"Sabemos que na Guiné-Bissau os alunos aderem mais à greve do que os próprios professores", disse à Lusa, apelando ao Governo para "atender às reivindicações" da Frente Social, a qual também exortou "a ter piedade dos alunos".

No principal centro médico da Guiné-Bissau, Hospital Nacional Simão Mendes, o enfermeiro chefe dos serviços de Urgência, Avelino Manuel Pereira, salientou que "o primeiro balanço da greve é negativo, por ter causado um óbito".

O paciente faleceu quando aguardava para ser atendido no serviço de Urgência, explicou Avelino Pereira.

O responsável indicou que o hospital está com poucos técnicos por causa da greve e só atende doentes em "situação de muita gravidade" e manda para casa os doentes que não apresentem sinais de necessidade de "grandes cuidados".

"Normalmente temos quatro médicos de plantão, mas neste momento só temos um médico e três enfermeiros, quando normalmente costumamos ter 11", disse à Lusa.

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