A Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) responsabiliza o presidente da República Umaro Sissoco Embaló pela degradação geral do estado social e democrático do país caso resista a não marcação de eleições presidenciais para novembro de 2024.
A posição do APU consta numa declaração política consultada pela Rádio Sol Mansi, na qual, a formação política liderada pelo antigo primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, lembra ao presidente da república que o seu mandato terminará em fevereiro de 2025, data na qual o novo presidente eleito entrará em funções.
A Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) que recentemente assinou uma aliança política com o Partido da Renovação Social (PRS), Movimento para Alternância Democrático (MADEM-G15), Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) exige do Presidente da República a marcação das eleições presidenciais antes do término do seu mandato em 2025.
Na declaração política datada de (15 de junho de 2024) o quinto partido mais votado nas últimas embates eleitorais que ditou a vitória da coligação liderada pelo PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde), alerta para a gravidade das interferências do presidente da república nos assuntos internos dos partidos políticos, desencadeando divisão, indisciplina, desordem e anarquia através de corrupção e aliciamento político.
Neste caso, APU exortou ao chefe do estado a adotar a postura “equidistante e neutra” nos assuntos internos dos partidos políticos sob pena de uma mobilização popular sem precedentes na história do povo guineense.
Refira-se que esta formação política tem participado em todos os governos nomeados pelo Umaro Sissoco Embaló, e o caso recente é a sua participação no governo da iniciativa presidencial que não resultou das eleições e que foi muitas das vezes considerada por um governo “inconstitucional”.
No entanto, perante este fato, a Assembleia do Povo Unido ordenou este sábado a demissão de todos os seus militantes e dirigentes do governo liderado por Rui Duarte Barros.
Já relativamente à situação dos acusados da suposta tentativa de golpe de estado do passado dia 1 de fevereiro de 2022 que ainda se encontram detidos numa das unidades militares de base aérea de Bissau, o partido exige a celeridade da justiça sobre o caso dos militares e civis mantidos em detenção.
A declaração política do APU-PDGB alerta igualmente para a gravidade do aumento galopante da circulação da “droga” envolvendo os agentes do estado aliando pelos atos “criminosos” cometidos pelas milícias palacianas do Presidente Embaló contra os cidadãos indefesos nas manifestações e demais “abusos” das autoridades.
Esta formação política surgiu horas depois do Tribunal Regional de Bissau ter decidido sobre as disputas internas no seio do Partido da Renovação Social (PRS), indeferindo a providência cautelar intentada pela comissão de gestão transitória dos renovadores até o congresso extraordinário, à revelia da direção superior do partido liderado por Fernando Dias.
Por: Ussumane Mané/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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