Com as saídas do governo dos membros da APU-PDGB e eventualmente dos outros partidos que viraram as costas ao Presidente Umaro, apresenta-se a Guiné-Bissau uma soberana oportunidade de se operar uma revolução que extirpe todas as maldiçoes que se vinham abatendo sobre este povo pacifico e trabalhador, mas que da independência até ao momento em que escrevo estas duas linhas, vê o seu sonho de desenvolvimento e do bem-estar completamente adiado.
O Presidente Umaro, ao dissolver o Parlamento tinha a oportunidade de escolher dentre os melhores quadros técnicos, independentemente da idade, quadros com mãos limpas, que no passado deram provas de dedicação e competência técnico-profissional, para formar o seu governo de iniciativa presidencial, porque se presumia que ele ja tivesse pago todas as dividas, caso existissem, àqueles partidos que o apoiaram na segunda volta para vencer as eleições presidenciais de 2019.
Hoje, não se estaria a falar de alianças, ruturas, corrupções, narcotráfico e de todos os outros males que estão a manchar o nome do país, ao ponto de, em relação à droga, estar quase a ser considerado um narco-Estado, ainda que seja apenas um país de trânsito e não de consumo.
O presidente Umaro nao tem nada que pedir aos partidos políticos os nomes dos candidatos para nomeações, porque muitas vezes os critérios que esses partidos utilizam não são necessariamente baseados em know how, dai a razão por que nos aparecem membros de governo que nunca exerceram um cargo de relevo na Administração Pública, além de terem um nível literário que pouco dignifica o exercício do cargo.
O lugar de muitos que hoje desempenham altos cargos na Guiné-Bissau devia ser na prisão, porque do nada, sem terem herdado absolutamente uma pataca, hoje dispoe de um ativo impressionantes, super casas de luxo, tanto no pais quanto no estrangeiro, sem que nenhuma investigação seja feita para se descobrir a proveniência desses bens, com as consequenciais judiciais que dai poderiam advir.
A Guiné-Bissau caracteriza-se pela existência de uma classe de políticos que pouco têm para dar a este povo, senão emboscar por lugares no Estado para se enriquecerem na absoluta impunidade, aproveitando-se do ambiente de impunidade existente, quando deveriam ser severamente reprimidos por essas práticas criminosas que deveriam culminar com a sua prisão e a confiscação dos bens adquiridos provenientes de desvio de dinheiros públicos.
O presidente Umaru, perante esta realidade, deve capitalizar este momentum politico, apresentando aos Guineenses uma equipa governamental despida de “’eternos ministros”, membros sem nível académico e que tinham sido indicados “pabia anós i di mesmu mandjuandadi”, “nota faci ba affer djinto”.
A derrapagem deste país, em termos de govenaçao de qualidade começou com a nomeaçao de pessoas iletradas e sem nenhuma noçao da administraçao publica, e outros que pelo facto de serem bons mininus di recaadu, foran sendo recompensados com nomeaçoes sem que estejam a altura do desempenho do cargo.
Faz pena, mas é verdade! Tudo isso, em detrimento de excelentes quadros disponiveis que poderiam realizar o tao desejado sonho do Guineense, através de uma boa governaçao e nao de folklorismos politicos.
Exorto o Presidente Umaro, para ouvir o grito da juventude que o apoia, no geral, que reclama pelo fim de job for the boys, ou para os eternos e bem conhecidos bajuladores.
Senhor Presidente, é só executando essa politica de formar uma selecçao nacional que integre apenas “os galacticos”, é que podera contar com o apoio total e incondicional da “Juventude Consciente”.
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Dakar- Maristes 26-06-24
Yanick Aerton
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