Na Guiné-Bissau, o presidente interino do PRS, Fernando Dias, marcou um congresso extraordinário para 28 de Junho “para acabar com as exigências” de um grupo de militantes que o contestam. A direcção do partido pediu aos seus militantes para que não apoiem o Governo de iniciativa presidencial.
A posição marca a ruptura definitiva entre a actual direcção do PRS e o Presidente Sissoco Embaló. No passado, o PRS foi um dos principais aliados do Presidente Embaló, no âmbito da grande coligação de partidos e figuras políticas guineenses que apoiaram a sua eleição nas presidenciais de 2019. Agora, a posição do PRS vai ao encontro da assumida na semana passada pela Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (PU-PDGB), do ex-primeiro-ministro, Nuno Nabiam, que ordenou a saída do Governo dos seus membros. Na prática, esta tomada de posição significa que os dois partidos não vão apoiar uma eventual candidatura de Sissoco Embaló a um segundo mandato.
A reunião do Conselho Nacional do PRS, este sábado, determinou que o partido, profundamente dividido em duas alas, vai organizar um Congresso extraordinário na próxima sexta-feira, dia 28 de Junho, um dia antes daquela que foi marcada pela outra ala do partido que contesta a direcção.
O presidente interino do PRS, Fernando Dias, convocou o congresso extraordinário para 28 de Junho “para acabar com as exigências” do grupo de militantes que o contestam, “Os Inconformados”, que têm exigido a realização de um congresso extraordinário “para eleger um novo presidente” do PRS e que marcou para 29 de Junho a realização de um congresso extraordinário para a escolha do novo presidente do partido. “Os Inconformados” contam com vários dirigentes do PRS e são liderados pelo actual ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, que pretende manter o apoio político ao Presidente Sissoco Embaló.
Este sábado, na reunião do Conselho Nacional (órgão máximo entre congressos), a ala fiel a Fernando Dias disse ter juntado 450 dos 615 membros daquele órgão. A reunião teve como convidado de honra, o ex-primeiro-ministro guineense, Nuno Nabiam, presidente do APU- PDGN , também desavindo com Sissoco Embaló.
Por: Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt/
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