O primeiro-ministro cabo-verdiano disse hoje esperar que o Governo que vier a ser formado após as eleições de domingo, em Portugal, adote medidas para garantir uma "boa integração" dos imigrantes na vida do país.
Ulisses Correia e Silva tem a expetativa de que o próximo executivo português "tenha uma ideia muito clara relativamente à problemática das migrações" e adote "políticas assertivas" para garantir uma "boa integração", proteção e "boa participação" dos imigrantes na economia e na sociedade portuguesa, referiu, ao ser questionado por jornalistas, na cidade da Praia.
Cabo Verde tem a terceira maior comunidade imigrante em Portugal (cerca de 37 mil) e o país é um dos principais parceiros de desenvolvimento do arquipélago africano.
Ulisses Correia e Silva disse que felicitou hoje o presidente do PSD, Luís Montenegro, que encabeça a Aliança Democrática (AD), pela vitória nas eleições legislativas antecipadas de domingo.
O primeiro-ministro reforçou a ideia de que as relações entre Portugal e Cabo Verde são estruturantes e não estão sujeitas a conjunturas eleitorais nos dois países.
"Portanto, estamos confiantes que iremos continuar a ter uma boa parceria", perspetivou.
A AD venceu as eleições legislativas de domingo com 29,49% dos votos e 79 deputados, contra os 28,66% e 77 deputados alcançados pelo PS, quando ainda faltam atribuir os quatro mandatos do círculo da emigração.
O Chega quadruplicou o número de deputados para 48, com 18,06% dos votos.
Instado a comentar o crescimento do partido liderado por André Ventura, o primeiro-ministro cabo-verdiano reconheceu que o crescimento da extrema-direita é um "fenómeno" que está a acontecer em Portugal e em vários outros países da Europa.
Conosaba/Lusa
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