« Nome », un film du réalisateur bissau-guinéen Sana Na N’Hada. © Spectre Productions
França – O filme de Sana Na N'Hada estreou em França a 13 de Março de 2024. A obra tinha tido estreia mundial na mostra ACID, à margem do Festival de cinema de Cannes em Maio de 2023. O realizador misturou os seus arquivos da luta de libertação com uma ficção cuja intriga decorre desde os finais dos anos 60 até aos primeiros anos da independência da Guiné-Bissau. A imprensa francesa é particularmente elogiosa falando numa "pérola rara" e numa "obra prima".
O conceiturado vespertino "Le Monde" diz da terceira longa metragem de Sana Na N'Hada que é um filme "revolucionário" e, mesmo, uma "obra prima".
O cultural "Les Inrockuptibles" fala em "obra prima" enfatizando que Sana Na N'Hada é um daqueles cineastas que contam a sério na sétima arte.
O filme estreou tanto em Paris, como nos subúrbios, e mesmo noutras cidades, caso de Pau, no sudoeste da França.
A longa metragem, de praticamente duas horas, esteve em cartaz no início do mês em Bissau no Centro cultural franco (bissau)-guineense.
"Nome", é assim que se chama, também, o protagonista do filme.
Ele acaba, em 1969, por se juntar ao PAIGC, Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde.
Dos ideais da luta contra o exército colonial português sucede-se a ganância do protagonista, nos primórdios da independência.
O filme tinha causado sensação no encerramento da mostra ACID, à margem do Festival de cinema de Cannes. Altura em que a RFI tinha entrevistado o realizador que se regozijava com o acolhimento da obra e com o interesse que esta suscitou junto dos espectadores.
Na altura Sana o cineasta afirmava que
O tema do filme é o que ganhámos, o que nos custou em suor e sangue a luta e o que é que fazemos da independência ?
Reveja aqui o vídeo da entrevista de Sana Na N'Hada a propósito da estreia mundial de "Nome".
https://www.youtube.com/watch?v=_NgPmrifbtg
Amílcar Cabral herói nacional, mas ausente dos manuais escolares
A estreia francesa do filme versando sobre a luta de libertação da Guiné-Bissau coincide com a inauguração nesta terça-feira de uma exposição na capital guineense consagrada ao maior vulto do movimento, Amílcar Cabral.
A exposição está patente ao público nas instalações do Instituto nacional de estudos e pesquisa, até Setembro.
No entanto até ao momento a obra e o legado do idealizador da independência continua ausente dos currículos escolares. Em declarações à agência Lusa o ministro da educação Herry Mané promete levar o assunto a Conselho de ministros para rever a situação.
Infelizmente não está no currículo escolar. Vamos é convencer o Conselho de Ministros trabalhando com o INEP, que tem todo o dossier, toda a história política e social de Amílcar Cabral, para que seja introduzida nas escolas a história da Amílcar Cabral e a história da própria Guiné-Bissau: a história da luta de libertação nacional.
Por:Miguel Martins
Vídeo por:Miguel Martins
Conosaba/rfi.fr/pt
Sem comentários:
Enviar um comentário