quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

PAPES EXIGE A MARCAÇÃO DAS ELEIÇÕES ANTECIPADAS DENTRO DOS PRAZOS PREVISTOS NA LEI



O Partido Africano para a Paz e Estabilidade Social (PAPES) exige do presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a convocação das eleições antecipadas, com máxima urgência, dentro das condições existentes, segundo a Constituição da Guiné-Bissau para que o país possa sair da informalidade.

“Se o Parlamento foi dissolvido fora do quadro normal,era preciso corrigir os erros através de convocação das eleições no prazo de noventa dias, a partir da data da dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP)”, defendeu esta quarta-feira, 03 de janeiro de 2024.

A exigência foi tornada pública pelo presidente do PAPES, Malam Cissé, em conferência de imprensa, na qual o partido falou da atual situação socioeconómica e Política, da próxima campanha de comercialização da Castanha de Cajú da safra 2024, porque “a crise instalada na Guiné-Bissau pode dificultar os investidores a virem ao país”.

“A próxima campanha de comercialização da castanha de cajú corre risco de ficar comprometida, porque as pessoas que geriram a campanha anterior são as mesmas que podem gerir novamente a presente campanha”, alertou.

Malam Cissé criticou a situação do ensino guineense, a saúde e a subida dos preços de produtos de primeira necessidade. Em relação à educação, destacou a nomeação dos diretores a partir da indicação partidária sem que tenham formação na área de educação, tendo exortado, por outro lado, o ministério da saúde pública a rever o sistema de inspeção das farmácias.

Disse que o país está a viver num círculo de informalidade cíclica, tendo alertado que não se pode continuar nessa informalidade.

O político assegurou que enquanto líder de um partido político está preocupado com a atual crise instalada na Guiné-Bissau e defendeu que o partido vencedor das eleições de 04 de junho de 2023 deveria governar o país.

“O país está em constante conflito por conta de interesses pessoais”, lembrando que a dissolução do Parlamento está fora de legalidade e que é inconstitucional. O Parlamento pode sim ser dissolvido, havendo uma grave crise, mas há limites constitucionais”, insistiu e disse que não se pode gerir um Estado e colocar de lado as Leis que regulam o seu funcionamento.

“Quem pode gerir um país tendo todos os órgãos de Estado a funcionarem na informalidade, incluindo a ANP, exceto a Presidência da República, único órgão formal?”, indicou e disse que desde a constituição do Parlamento da XIª legislatura, o PAPES tinha alertado que havia uma ostentação de ódio e de divisão nas bancadas parlamentares que faziam apenas debates de baixo nível que acabaria por criar espaço para a crise que se vive no país.

Por: Carolina Djemé
Conosaba/odemocratagb

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