No estado americano do Alabama, um homem de 58 anos, foi executado, esta quinta-feira, com recurso a gás nitrogénio. Este método, utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos da América, está a ser muito contestado a nível internacional, principalmente por organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos.
Kenneth Smith foi executado, esta quinta-feira, com recurso a uma nova técnica de asfixia por azoto, método nunca antes testado e considerado cruel, por parte das organições de defesa dos direitos humanos. Smith morreu após ter estado durante vários minutos a inalar gás nitrogénio, através de uma máscara.
O homem, de 58 anos, foi condenado à morte por ter assassinado uma mulher em 1988. As autoridades já o tinham tentado executar no ano passado através de injeção letal, mas não conseguiram encontrar uma veia que pudesse servir como via intravenosa. Depois disso, as autoridades do Alabama comprometeram-se a não voltar a tentar usar este método e optaram pela asfixia com azoto, uma técnica que vinha sendo defendida há vários anos por este Estado americano.
Smith chegou mesmo a tentar travar uma batalha legal para tentar impedir a execução, alegando que estava a ser usado como "cobaia". As organizações de direitos humanos também se manifestaram contra esta forma de aplicar a pena capital. A Amnistia Internacional, por exemplo, defendeu tratar-se de um método que pode ser "extremamente doloroso". As Nações Unidas também salientam que que este método pode ser considerado tortura.
O Alabama é o primeiro estado americano a recorrer a uma alternativa às injeções letais. Nos últimos anos, as farmacêuticas tem vindo a recusar-se, cada vez com mais frequência, a fornecer medicamentos para este fim.
Por: RFI
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