Roma – A Primeira Ministra italiana, Giorgia Meloni, pormenorizou as medidas dum novo plano de cooperação no âmbito da Cimeira Itália/África que decorreu em Roma.
Na cimeira Itália/África que encerra a 29 de Janeiro, a chefe do executivo italiano, Giorgia Meloni, anuniciou um investimento do seu governo com a valor de 5,5 mil milhões de euros para uma cooperação que ajude a economia africana e o controlo dos fluxos migratórios para Itália e para a Europa.
O objectivo do "Plano Mattei" (nome da estratégia em homenagem a Enrico Mattei, fundador do gigante estatal italiano da energia, que nos anos 50 defendeu uma relação de cooperação com os países africanos) é construir uma nova parceria entre a Itália e o continente africano. Esta nova forma de cooperação estendaria-se à UE, dando a Roma uma maior influência internacional, nomeadamente na zona do Mar Mediterrâneo, permitindo-lhe um maior controlo da imigração.
A proposta da Itália é "tornar-se um centro natural para o abastecimento energético de toda a Europa”, um “objectivo que, segundo Meloni, pode ser alcançado se a energia for utilizada “como uma chave para o desenvolvimento de todos".
"O interesse da Itália é ajudar as nações africanas interessadas em produzir energia suficiente para as suas necessidades e exportar o excedente para a Europa, combinando duas necessidades: a necessidade africana de explorar esta produção e gerar riqueza, e a necessidade europeia de garantir novas rotas de abastecimento energético" (Primeira Ministra italiana, Giorgia Meloni)
Um grande centro de formação profissional para as energias renováveis em Marrocos, projectos de educação na Tunísia e de acessibilidade sanitária na Costa do Marfim são exemplos de "alguns dos projectos-piloto" do "Plano Mattei".
A cimeira conta com a presença de 22 chefes de Estado e de governo africanos, líderes da União Africana, da União Europeia, e das principais organizações multilaterais. Constavam dos dirigentes presentes, o Primeiro Ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva. Á margem da cimeira, ele reagiu ao abandono recente do Burkina Faso, do Mali e do Níger da Comunidade Económica dos Estados da África ocidental (CEDEAO). Tratam-se de três países que conheceram golpes de Estado.
Cabo Verde ambiciona, projecta, que se possa encontrar soluções que normalizem essas tensões que são grandes. (Primeiro Ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva).
Por: Alexandra Vieira|Odair Santos
Conosaba/rfi.fr/pt/
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