O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que a contraofensiva do exército ucraniano, lançada em junho, não foi bem sucedida face à resistência das defesas russas no leste e no sul da Ucrânia.
"Todas as tentativas do inimigo para romper as nossas defesas (...), em particular através da utilização de reservas estratégicas, foram infrutíferas durante todo o período da ofensiva. O inimigo não teve sucesso", afirmou Putin.
Numa entrevista a um canal de televisão transmitida hoje, Putin descreveu a situação como "positiva" para as forças russas na frente.
"As nossas tropas estão a comportar-se de forma heroica. Inesperadamente para o inimigo, estão até a passar à ofensiva em certos setores e a capturar posições mais vantajosas", disse o líder russo.
Vladimir Putin acrescentou que os especialistas russos vão estudar o equipamento moderno capturado na Ucrânia para ver se "têm algo que possa ser utilizado" na produção nacional, sem deixar de enfatizar que o equipamento militar russo é "muito eficaz" e que o seu tanque T-90 é "o melhor do mundo".
Esta semana, o presidente russo salientou também que os tanques ocidentais ardem melhor do que os tanques do seu país e argumentou que, desde que a contraofensiva ucraniana começou, o exército russo destruiu centenas de tanques produzidos no Ocidente, incluindo os Leopard alemães.
Na sexta-feira, o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak, admitiu que a contraofensiva de Kyiv "não estava a progredir tão rapidamente", mas assegurou que os aliados ocidentais não estavam a pressionar Kyiv sobre esta questão.
Iniciada em junho com o apoio de armas pesadas fornecidas pelo Ocidente, a contraofensiva da Ucrânia está a progredir lentamente contra as tropas russas, que tiveram tempo para construir defesas sólidas, incluindo campos de minas, e que ainda têm poder de fogo para atacar as forças ucranianas.
No domingo, o Estado-Maior ucraniano declarou que as operações ofensivas em direção a Melitopol e Berdiansk, duas cidades ocupadas pela Rússia no sul da Ucrânia, estavam a prosseguir.
No início desta semana, na terça-feira, o Ministro da Defesa russo afirmou que as tropas russas tinham conseguido romper 1,5 km de profundidade numa secção da frente perto de Lyman, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Conosaba/Lusa
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