Bissau, 19 Out 22 (ANG) – O Presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), defendeu hoje que as eleições legislativas antecipadas deveriam ser realizadas a 18 de dezembro, por forma a que o país possa dispor, o mais depressa possível, de um Governo legitimo para trabalhar, afincadamente, na resolução de todas as dificuldades que nos últimos tempos têm afectado a sociedade guineense.
Aissato Forbs Djaló, que falava em entrevista exclusiva á Agência de Notícias da Guiné (ANG), disse que, a grande verdade é que o actual Governo de iniciativa presidencial nada fez para que as eleições legislativas agendadas para o dia 18 de dezembro, possam ter lugar.
“Se vejamos bem, o próprio órgão legitimo para a realização do processo eleitoral no país, neste caso, a Comissão Nacional de Eleições(CNE), está caduco, e até ao momento os seus orgãos não foram renovados, está claro que se não for renovado, não têm a competência de organizar as eleições na data prevista”, referiu Aissato Forbs.
Segundo a Presidente da CNJ, o país está a enfrentar várias situações que merecem uma atenção especial do Governo, e para fazer face a esses problemas, ela diz que é preciso que as eleições legislativas sejam feitas, pelo menos até janeiro ou fevereiro do próximo ano.
“Quero apelar ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, assim como o Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, a Sociedade Cívil e todas as entidades ligadas a esse processo, para trabalharem juntos, para que as próximas eleições legislativas decorram num curto prazo de tempo”, disse Forbs Djaló.
Para aquela responsável, o actual Governo mostrou claramente que não tem capacidades para resolver problemas que afetam a sociedade guineense.
Aissatu acrescenta que a situação da greve no sector de Educação e Saúde até então não está claramente resolvida pelo Governo.
Aponta que nos últimos tempos, a situação da criminalidade está ganhando força e que é necessário travá-la para garantir segurança aos cidadâos nacionais e estrangeiros na Guiné-Bissau.
Criticou a incapacidade do Governo de controlar o aumento da inflação que diz estar a ter efeitos nos preços de produtos de primeira necessidade, e consequente, a aumentar o custo de vida no país.
“No meu entender, tudo isso pode acabar a partir do momento em que as legislativas tenham lugar o mais rápido possivel país”, disse a Presidente de Conselho Nacional da Juventude.
O Presidente Umaro Sissoco Embaló, dissolveu a 16 de Maio o parlamento e marcou eleições legislativas para 18 de Dezembro, mas na semana passada o Governo admitiu adiar o escrutínio por ser "impraticável".
Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, até ao momento, ainda não começou.
A nova data proposta , 23 de Abril de 2023, para as legislativas antecipadas deverá ser submetida ao Presidente da República, Sissoco Embaló.
Conosaba/ANG/LLA/ÂC//SG
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