O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que a demissão de todos os seus conselheiros e assessores visa regulamentar a admissão daqueles profissionais nos órgãos de soberania, mas é também uma exigência do Fundo Monetário Internacional.
"Esta exoneração regulamenta os assessores e conselheiros dos órgãos de soberania, mas também tem a ver com exigências do Fundo Monetário Internacional", disse Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente guineense falava à imprensa no final de uma declaração conjunta com o seu homólogo cabo-verdiano que iniciou hoje uma visita oficial de três dias a Bissau, quando questionado sobre o decreto que demite todos os seus conselheiros e assessores.
"Só na Guiné-Bissau é que os conselheiros do primeiro-ministro, do Presidente da República, do presidente da Assembleia e do Supremo Tribunal de Justiça são equiparados a ministros, recebem o mesmo salário", disse o Presidente.
"O FMI entendeu que nós temos cinco governos. Temos o próprio Governo, depois outro na Presidência, outro na prematura (gabinete do primeiro-ministro), outro na assembleia e outro no supremo e o FMI tem regras", disse, salientando que o número de assessores e conselheiros que se pode ter está regulamentado.
Umaro Sissoco Embaló afirmou também que um excesso de conselheiros e assessores era uma tradição de muitos chefes de Estado, mas "que não é possível, porque há exigências que têm de ser cumpridas".
"É preciso regulamentar de uma vez. Tomei hoje a decisão e tinha de começar por mim próprio. Vou recrutar novos conselheiros que sejam úteis para o trabalho do dia-a-dia do Presidente da República", afirmou.
Conosaba/Lusa
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