Subsídios ao jovem General Presidente da República, Umaro El Mokhtar Sissoco Embaló
Na ausência de conselheiros e assessores, venho aqui de forma mui humilde, preencher esse vazio, começando por manifestar a minha profunda satisfação pelos sinais positivos que nos vêm do fundo do túnel.
O decreto presidencial do Presidente da Republica que deu por finda a comissão de serviço dos seus conselheiros e assessores, é uma das primeiras medidas acertadas que o jovem General Presidente tomou, numa altura em que se reclama, e já, a cabeça do seu Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, pela incapacidade que demonstrou ao comprometer as eleições, com toda a latitude de tempo que lhe foi acordado (mais de 6 meses), e de toda a sua equipa, com a excepção de alguns membros;
As seguintes devem ser as medidas que se esperam do Chefe de Estado, e já:
a) Criar imediatamente as indispensáveis condições ao SIS, PJ e outros departamentos ou agencias vocacionadas para investigarem a proveniência dos dinheiros que muitos dos membros do governo, e não só, têm vindo a ostentar sem que uma única palha se mexa;
b) Essa investigação deve ter como objectivo trazer à luz os bens ilicitamente adquiridos, no país e no estrangeiro, bem como as origens dos dinheiros que alguns membros do governo em funções esbanjam por aí, na tentativa de angariar adeptos para os seus projectos políticos, sem norte, numa altura em que nem a ponta pé de saída foi ainda dado para
a pré-campanha eleitoral, a fortiori da campanha eleitoral propriamente dita;
c) Enquanto decorrem as investigações, interditar a saída do país de qualquer membro do governo cessante, eviando assim aquilo que no mundo do narcotráfico se chama de “queima de arquivo”, para que não tenham assim a possibilidade de obstruir as investigações lá fora;
d) Não repetir as nomeações, tipo pagamento de divida, pelos apoios obtidos na segunda volta das presidenciais de 2019, uma vez que mesmo existindo essa divida, ela já foi saldada, pois os adeptos dos tais “credores” ou líderes, passaram mais de dois anos a desempenhar cargos de responsabilidade e daí tirar o maior proveito;
e) Nomear um governo composto maioriamente por tecnocratas, rompendo assim com esse vício de manter no governo elementos que se consideram vitaliciamente ministeriáveis e que nunca se destacaram nos pelouros por onde passaram, senão mostrar a sua arrogância e oportunismo, escondendo o seu verdadeiro rosto de “fisrwallé” e de camaradas de circunstância;
f) Nomear mais mulheres, para pelo menos nos aproximarmos do Ruanda, país campeão mundial no aspecto da paridade, uma vez que existem tantas e bem formadas, e que a escolha não seja exclusivamente por considerações de ordem político-partidária;
g) Adiar a marcação da data das eleições, enquanto se observa o desempenho do novo governo que deverá ser, como mencionei no meu último artigo, um governo “fast track”, de combate. E em caso de desempenho satisfatório, fazer coincidir as eleições legislativas com as presidenciais, uma vez que as eleições nunca foram uma solução para o país, senão uma fonte de confusão, de contradições e de desilusão.
h) Nomear uma Primeira-ministra, de preferência uma economista ou jurista, que seja escolhida no pais ou da diáspora, e que tenha, passe a expressão, “co.....nes” para transformar isto radicalmente;
i) Baixar os salários dos titulares dos órgãos de soberania, as chefias das FDS, dos membros do governo, dos PCAs, e de todos aqueles que transformaram os cargos que desempaham, de fonte de enriquecimento ilícito, enquanto o povo vive na miséria, por forma a reduzir a massa salarial e outras despesas orçamentais;
j) Depois de dois anos de exercício, caso a experiência se revele satisfatória, voltar ao ponto de partida, isto é, requalificar as remunerações, retomando o status quo, uma vez que as finanças publicas terão conhecido melhorias substantivas;
k) Não mexer nas pensões em geral, pelo contrário, melhorá-los para que os nossos pensionistas possam levar uma vida decente, que recompense os anos que serviram a Republica;
l) Redimensionar os efectivos das FDS, de forma a especiá-los para se adaptarem aos desafios da actualidade, terrorismo, combate ao crime organizado, a pirataria matéria, às ameaças Jihadistas, etc..
Que o jovem General Presidente não se preocupe com um segundo ou quinto mandato, mas sim, deixar saudades após cumprir este seu primeiro mandato, permitindo que o país arranque definitivamente rumo ao desenvolvimento, promovendo desta feita o bem-estar às populações que têm vindo a ver adiado esse sonho.
Com este artigo, não viso ninguém em particular, mas de forma abstracta, e com base nas minhas constatações, entendi que devia contribuir para ajudar o jovem General Presidente a incorporar nos seus planos alguns dos itens aqui mencionados.
Deus abençoe o nosso jovem General Presidente!
Por: yanick Aerton
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