sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Trafico de Drogas: PGR DIZ QUE ACUSAÇÕES CONTRA ELE SÃO PARA TRAVAR PRISÕES DE MUITAS PESSOAS

O Procurador-geral da República (PGR) disse, hoje, que as acusações contra a sua pessoa pelo sindicato dos Magistrados do Ministério Público no processo do tão propalado caso de 600 kg de droga desviado no país, é a forma de antecipar a prisão de muitos envolvidos no desvio do erário público.

Durante a conferência de imprensa realizada, esta sexta-feira, no salão do Ministério Público, no Palácio da Justiça, para posicionar-se contra as acusações, a que foi alvo da parte do sindicato, Bacari Biai, denúncia a existência do trabalhismo no Ministério Público.

“Muitas acusações contra a minha pessoa, porque recusei ingressar às guerrilhas, há questão tribal aqui no Ministério Público”, acusa o PGR.

“Sabe porquê que inventaram a droga? Porque estou a ser pedra nos seus sapatos, eu enquanto aqui no ministério publico daqui a dois meses vai começar às prisões, quem apropria do dinheiro do Estado tem que ir à prisão. Por isso, que estão a antecipar com acusações do meu envolvimento no trafico de droga, eu vou vender a droga?”, questiona Bacari Biai para depois avançar que as “pessoas que me chamaram de traficante, convido a todos jornalistas e sociedade civil a criarem uma comissão para averiguar património de cada um”.

Contudo, o Bacari Biai afirma que enquanto continuar a desempenhar as suas funções na PGR, a lei tem que vigorar no país, doa a quem doer e, garante “vou aprovar a minha inocência no envolvimento do tráfico de droga e os que me acusaram têm que aprovar no tribunal”.

Refira-se que há semanas circulava nas redes sociais um áudio que indiciava a PGR e o ministro do Interior, como implicados no desvio de drogas. Perante este, o presidente do sindicato dos Magistrado do Ministério Público, alertam que enquanto Bacari Biai continuar a desempenhar a função da PGR, o assunto da droga nunca poderá ser esclarecido. Por isso, o sindicato assim como o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil pedem a sua demissão imediata, por forma a permitir que as autoridades judiciárias investiguem com maior transparência este caso de droga.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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