segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Presidente Sissoco: “FORÇAS ARMADAS TÊM QUE SER REPUBLICANAS, NÃO DESESTABILIZADORAS”

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, alertou as forças armadas guineenses que devem adotar uma postura republicana, não a de uma força desestabilizadora.

“Estamos em democracia, a conquista do poder é nas urnas. Nós conquistamos o poder com a expressão da maioria, portanto quem quer o poder tem que ir às urnas, não pegar em armas e atirar para matar. Temos que erradicar esse comportamento, para que as forças armadas sejam forças armadas republicanas, não umas forças desestabilizadoras”, advertiu.

O chefe de Estado guineense fez essa advertência esta segunda-feira, 05 de setembro de 2022, na sua declaração aos jornalistas, à margem da cerimónia da entrega de 25 viaturas para o ministério da defesa nacional.

As 25 viaturas entregues ao ministro da Defesa Nacional, pelo chefe de Estado, foram adquiridas pelo governo guineense, através do fundo do Tesouro Público. São no total trinta viaturas adquiridas e faltam chegar outras cinco, entre as quais: Toyotas Prado, Toyotas Hilux dupla cabine, Toyotas Land Cruise e uma Ambulância Médica LC.
As viaturas serão distribuídas pelos ministérios da Defesa Nacional e Estado-Maior General das Forças Armadas.

O Presidente da República disse aos jornalistas que as viaturas entregues vão reforçar a capacidade dos militares no seu trabalho de assegurar o país. Lembrou que no passado, foram entregues viaturas aos Ministérios da Saúde Pública e da Justiça, com o intuito de reforçar as suas capacidades de trabalho.

Sobre a mensagem endereçada às forças armadas para mostrar a outra face, explicou que o que se passou no 01 de fevereiro é “inaceitável”, porque “o país está num regime democrático”.

Assegurou que é preciso acabar com esse comportamento, alertando a classe castrense a ser uma força republicana, não uma força desestabilizadora, porque “as forças armadas fazem parte da sociedade e não é a sociedade que faz parte das forças armadas”.

Solicitado a pronunciar-se se a sua presença nas cerimónias fúnebres do Presidente José Eduardo dos Santos, significa a sua reaproximação da Angola e do Presidente João Lourenço, disse que nunca chegou de estar longe de Angola, “porque Angola é um país irmão”.

“O povo de Angola é um povo irmão. O Presidente João Lourenço é um irmão. Antes de sermos homólogos, somos irmãos. Há uma história entre a Guiné-Bissau e a Angola, portanto isso é inequívoco. Somos irmãos, temos concertado e falado sempre. Já nomeou um Embaixador para a Guiné Bissau, também nomeei um Embaixador em Angola, portanto está tudo a correr bem e não há nada”, explicou.

Por sua vez, o ministro da defesa nacional e dos combatentes da Liberdade da Pátria, Marciano Silva Barbeiro, disse que o chefe de Estado conhece muito bem a situação das forças armadas, por isso se engajou junto do governo para que sejam criadas as mínimas condições de trabalho aos militares para a defesa do território nacional.

“Dentro de uma ou duas semanas, vamos fazer a entrega de materiais às forças armadas de maior envergadura do que este que acabamos de fazer. É um apoio do governo da China Popular para a engenharia militar da Guiné-Bissau”, disse, afirmando que se tudo correr como o previsto, as forças armadas terão a maior empresa de construção de estradas na Guiné-Bissau.

Sobre as viaturas recebidas, informou que as mesmas serão entregues aos departamentos ou serviços destinados, como também alguns irão para os batalhões das regiões.

Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb

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