A cidade de Bissau acolheu a 13ª Conferência de peritos dos ministérios encarregues do emprego e formação profissional de oito países que constituem a União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), com o intuito de debater a situação da política do emprego e da formação profissional a nível do espaço.
A conferência que reune dezenas de técnicos de diferentes países do espaço UEMOA e técnicos nacionais dos ministérios da administração pública e da educação decorre numa das unidades hoteleiras da capital Bissau nos dias 14 e 15 do mês em curso, sob o lema: “Emprego e formação profissional: caminhos e oportunidades de otimização e transformação social e económica no espaço UEMOA”.
Os desafios registados hoje sobre a situação do desemprego juvenil nos Estados membros da UEMOA obrigaram os governos a avançar com reformas nos sistemas da educação e da formação profissional, dado que são desafios sérios e globais que ameaçam o futuro dos jovens.
O Comissário da UEMOA para desenvolvimento humano, o guineense Mamadu Serifo Jaquite, revelou na sua comunicação que a UEMOA recebeu um financiamento da cooperação suíça estimado em 20 mil milhões de francos cfa, tendo assegurado que nos próximos dois anos e meio, os países precisam desenvolver ações no valor de quatro mil milhões de francos cfa.
“Temos 14 profissões identificadas e prevemos 24 formações profissionais específicas. Acredito que a Guiné-Bissau e o resto dos países membros aproveitarão essas oportunidades para empregar jovens com aptidões profissionais, dando-lhes uma profissão digna” disse, afirmando que essa iniciativa vai ajudar significativamente na redução do banditismo, do fluxo emigratório jovem e a criação do emprego na sub-região.
Garantiu que a UEMOA, em colaboração com os seus parceiros, está disponível para abraçar projetos dos países membros.
Para o ministro da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social, Cirilo Djaló, os desafios atuais do quadro de concertação são enormes, mas “reconhece-se que a sua criação, em 2010, foi uma iniciativa muito feliz, pois pelo caminho andado, apesar dos efeitos da pandemia da covid-19, que ceifou vidas das nossas populações e destruiu as nossas economias, o balanço das ações empreendidas neste domínio é encorajador”.
“Está em manga a instalação da plataforma de mutualização do programa regional para a formação profissional; a elaboração da lista mínima dos indicadores do emprego e da formação profissional; do fundo do emprego jovem; do observatório do emprego e da formação; da iniciativa de colégios comunitários entre outros” assegurou, acrescentando que os desafios do emprego e da formação profissional são enormes.
Enfatizou que é preciso estar ao serviço de uma melhor inserção de jovens no tecido económico e social o que, segundo o governante, requer maior aproximação entre a oferta e a demanda de formação, através de um redimensionamento da formação profissional para o emprego. Contudo, advertiu que é urgente articular o ensino e formação profissional com as realidades socioeconómicas locais e regionais, com base no conhecimento da natureza e necessidades do mercado de trabalho.
Reconheceu neste particular que os desafios do emprego e da formação profissional são de várias ordens, sobretudo política, económica e social. Acrescentou que é nesta perspetiva que se situa a 13ª conferência dos ministros responsáveis pelo emprego e formação profissional.
Djaló disse que o tema da conferência é objeto de reflexão e discussão técnica e científica capaz de conduzir os países membros na execução e definição de políticas e estratégias inovadoras para a transformação, bem como o lançamento do sistema de formação e inserção profissional no espaço da UEMOA, implicando todos os atores intervenientes, nomeadamente Estado, empresas, centros de formação profissional e associações afins.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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