O ministro da Saúde Pública, Dionísio Cumba, admitiu na quarta-feira, 14 de setembro de 2022, que o governo tem consciência que os técnicos de saúde do novo ingresso são importantes para o sistema nacional de saúde, mas justificou que a medida visa “corrigir o vício do mal que afeta o sistema nacional de saúde”.
“Por isso estão a ser criados mecanismos para organizar melhor os processos dos técnicos para dignificá-los”, disse. Dionísio Cumba fez essa observação na inauguração da fábrica de oxigénio médico do Hospital Nacional Simão Mendes, adquirida pelo governo no valor 247 milhões de francos cfa.
O governante enfatizou que o governo está focado na melhoria do sistema nacional de saúde, bem como na criação de oportunidades para a qualificação dos técnicos e na melhoria de condições das infraestruturas sanitárias.
A fábrica foi adquirida à uma empresa portuguesa com quem o governo tem um contrato de adjudicação de cinco anos celebrado desde 2021.
A fábrica, que deveria ter sido montada em 2021, tem capacidade para produzir diariamente 106 garrafas de oxigénio, bem como fornecer diretamente o oxigénio às enfermarias.
Atualmente a Guiné-Bissau conta com quatro centros de produção de oxigénio, nomeadamente no hospital de Cumura, no Hospitalar Pediátrico de Bôr, na clínica Madrugada e a mais recente instalada no hospital nacional Simão Mendes, com maior capacidade.
Por seu lado, o Secretário de Estado do Tesouro, Mamadu Baldé, disse a fábrica foi adquirida com o dinheiro dos contribuintes, por isso espera que consiga satisfazer as necessidades da população em oxigénio.
O diretor do Hospital Nacional Simão Mendes, Sílvio Caetano Coelho, lembrou que por falta de oxigénio, o país assistiu a mortes, frisando que ” é um alívio poder reduzir a procura do produto no estrangeiro”.
Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb
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