terça-feira, 2 de agosto de 2022

INSTITUTO MARÍTIMO PORTUÁRIO SEM CONDIÇÕES DE RESPOSTA AOS NAUFRÁGIOS



O Colectivo dos funcionários do Instituto Marítimo Portuário denunciou que a Guiné-Bissau não reúne condições para responder a qualquer naufrágio que poderá acontecer nas águas territoriais.

A denúncia do colectivo é tornada pública hoje durante conferência de imprensa cujo objectivo é manifestar as suas insatisfações em relação ao não pagamento de oito (8) meses de salários e a melhoria de condições de trabalho.

Walter Gomes em nome do colectivo pediu a intervenção do presidente da República o mais rápido possível para ultrapassar essa situação uma vez que tentaram várias vezes com o executivo, mas até ao momento, não surtiu efeito.

“ A maioria dos produtos da primeira necessidade entram pela via marítima e essa área ocupa cerca de 66% do território ao nível nacional e controlado pelo instituto, mas neste momento, não reuniu as condições nem sequer possui uma lancha para a fiscalização”, diz acrescentando que “ se houver naufrágio, não terá a capacidade de dar a resposta”.

Por outro lado, explicou que alguns funcionários já estão a ser despejados das suas casas porque não têm condições de pagar o aluguer devido o não pagamento de salário por parte do Instituto Marítimo Portuário.

“Já se passaram oito meses sem se receber nosso salário. Temos alguns colegas internados nos hospitais em situações muito críticos e sem dinheiro para custear o tratamento”, diz.

Diante destas acusações, o presidente do Instituto Marítimo Portuário, Siga Batista, diz que as dívidas que estão a reclamar não têm nada a ver com a sua direção e isso não passa de uma má-fé.

“Isso não passa da má-fé, ao longo desses anos esses problemas existiam, mas ninguém falava, hoje, querem colocar a culpa nesta direção porque não há lanchas. Sobre os descontos para segurança social, também sou vítima e efectivamente esses descontos não chegam ao Instituto de Segurança Social”, esclareceu.

O Colectivo dos funcionários do Instituto Marítimo portuário diz que já entrou com um processo-crime no Ministério Público em relação a esse assunto há cerca de um mês e estão aguardar a decisão final.

Por: Diana Bacurim/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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